55. M.A.C.

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Julie's POV
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Duas semanas depois...

Depois de nos formarmos, passamos essas duas semanas planejando tudo para Nova York e também aproveitando os últimos dias no verão de Los Angeles.

Hoje é um grande dia para mim. Eu, Carrie e Flynn estamos indo para Nova York!
Você deve estar se perguntando: por que estamos indo para lá tão cedo se ainda é julho e as aulas começam em agosto?

Isso eu respondo com: Amigo, NYC é um caos, principalmente para os recém-chegados. Assim, estamos indo mais cedo para acostumarmos com o campus e com a cidade.

Hoje estamos todos no aeroporto. Meu pai veio chorando o caminho inteiro enquanto Carlos não parava de falar em ficar com meu quarto.

Nosso voo já havia sido chamado. Estávamos na frente do portão de embarque, dizendo adeus. Enquanto eu ia falar com minha família, as meninas faziam o mesmo com as suas.

- Sentirei muito sua falta, papi!

- Eu também, miha! Estou muito orgulhoso da mulher que você se tornou e daquela que irá se tornar! - Ele disse num abraço apertado. - Vai, siga seus sonhos, filha. - Me afastei dando um beijo estalado em sua bochecha e me dirigi ao meu irmão.

- Ei, pivete! Pode ficar com meu quarto! - Eu chamei sua atenção - Mas vê se não deixa tuas meias embaixo da cama! - Me surpreendi com um abraço do pequeno.

- Te amo mana! Vou sentir muito sua falta!

- Eu também, maninho. - Nos separamos e eu fui em direção aos meus amigos.

- Ei, tropa! Posso ter um último abraço? - Fui recebida com um abraço coletivo por Alex, Reggie e Willie - Eu amo muito todos vocês! - Me separei um pouco para poder olhá-los - Se vocês não forem nos visitar em Nova York eu dropo todo mundo! - Rimos

"Vôo número 7014 com direção a JFK, embarque imediato!"

- Estranho. Por que ele ainda não chegou? - Perguntei a Alex e Reggie.

- Ele disse que estava ocupado, mas não saiu do quarto! - O moreno respondeu.

- Se ele abandonar a Julie depois de tudo isso eu desisto de NYC só pra quebrar a cara desse guitarrista! - Flynn disse.

- Loira, acalma a Flynn antes que ela cometa um crime de ódio! - Alex brincou, aliviando a tensão.

- Gente, não é ele ali? - Carrie apontou para o portal que dava acesso à área que nós estávamos - Por que ele está com uma mala?

- JULIE! - Ele gritou enquanto corria pelo largo corredor desviando das pessoas - JULIE!

- O que você tá fazendo? Por que demorou tanto? - Corri até ele, abraçando-o - Pensei que iria embora sem te ver!

- Era para eu ter sido mais rápido, queria fazer uma surpresa, mas demorei demais!

- Eu ainda estou aqui, Luke! - Me soltei do abraço, segurando sua cabeça com as mãos. - O que aconteceu?

- Eu vou pra Nova York! - Luke disse com um sorriso no rosto.

- Como assim? - Perguntei.

- Eu não quero te deixar, Julie! Eu não vou poder ficar muito tempo, mas quero aproveitar esse tempo que a gente ainda tem antes das suas aulas da universidade começarem.

- Luke, passagens são caríssimas! Eu falei que não tinha problema.

- Eu sei, mas não se preocupa, tive uma ajudinha! - Ele deu uma piscada para a direção de meu pai e eu me virei, encarando Ray Molina com seu clássico sorriso de "tcharam".

- Então você sabia!

- Sou um ótimo sogro, podemos concordar! - Ele disse e nós rimos.

- Não quero atrapalhar o casal, mas se não embarcarmos agora, a gente não embarca mais! - Flynn disse e assim nós atravessamos o portão de embarque.

Eu que achava que iria até NYC ao lado de um completo estranho, estava enganada. Luke e eu passamos o vôo inteiro trocando carícias e conversando sobre o futuro. Não sei como tocamos no assunto, mas chegamos a conclusão que um livro perfeito de nossas adolescências chamaria-se "Memórias de uma adolescente em crise". Ou M.A.C. para os mais fans.

Você leitor agora deve estar se perguntando: Tudo isso vai ser para sempre? Bem, nem eu sei disso, mas como Olivia Rodrigo uma vez disse, "Eu sei que não somos perfeitos, mas nunca me senti assim com ninguém". Uma frase que, ao longo dessa história, foi usada muitas vezes para descrever sentimentos.

( N/A: Sim, sou cadelinha da Olivia, me julguem. )

Aqui, me despeço de você, que acompanhou a caótica jornada... (por que eu usei essa palavra?) essa caótica aventura pelos hormônios de uma adolescente de 17 anos.

Agora, querido leitor, você pode criar seu próprio final para esta situação, mas também pensar: Qual seria o final se essa situação fosse minha?

Uma coisa que essa autora louca me fez pensar é que o futuro é incerto e inseguro, mas cheio de possibilidades. Vá! Siga seu sonho! Seja quem você é com orgulho e, mais importante, VIVA, não sobreviva. A vida é curta, então aproveite as suas memórias como um adolescente em crise.

Lembre-se, o fim, é apenas o começo...

- Peraí, aquele ali é o Nick? - Perguntei a Luke ao me virar no assento do avião. Luke levantou a cabeça para conseguir enxergar alguns bancos à frente.

- É! Parece que você vai ter que aguentar ele em Nova York também...

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Oi nenês, to chorando enquanto escrevo isso aqui🤧

Memórias de uma adolescente em crise | JUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora