LI(v)E • { hyunlix }

TERCEIRO CAPÍTULO

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TERCEIRO CAPÍTULO

Alguma vez já acordou sentindo que todos os seus músculos decidiram entrar em greve logo pela manhã bem cedinho? Porque é exatamente assim que estou me sentindo.

Ao me mover pelo edredom, sentia meu pescoço tensionar e todo o meu corpo doer. Dormir com o garoto de sardinhas foi uma experiência muito distinta de tudo que eu já havia passado e acordar dessa maneira poderia já ser esperada, porém, difícil de encarar. O que acaba por aliviar todos os meus sintomas é ver que ele já está acordado e está bem, então sinto que valeu a pena acordar me sentindo assim, pelo simples fato de presenciar seu rosto iluminado e até um pouco inchado de sono ㅡ o que não o torna menos belo.

ㅡ Bom dia, Hyunjin, você quer tomar café conosco? ㅡ Fecha com cautela a porta do seu quarto, atrás de si. ㅡ O Changbin chegou hoje bem cedo e está no quarto dele arrumando o que pode e perguntou como estávamos, então eu disse que estamos bem... Como você se sente?

ㅡ Que bom que ele já chegou ㅡ levanto-me dobrando todos os cobertores e o edredom, os colocando sobre a cômoda do menor. ㅡ Obrigado, pequeno, mas eu tomo café da manhã junto com os outros cuidadores... E eu me sinto bem ㅡ minto. ㅡ Então preciso ir.

ㅡ Mas já? ㅡ Seu humor logo declina.

ㅡ Sim, eu tenho que resolver algumas coisas hoje, tudo bem se nos vermos mais tarde?

Felix concorda, cruzando seus braços sobre o peito, me observando juntar todos os meus pertences. Desde o que aconteceu com os nossos amigos ou até mesmo a partir de nossa conversa, o Lee ficou calado e talvez isso esteja fazendo tumulto em sua cabeça. Será que devo agendar uma consulta com a doutora Jisoo para ele? Ou devo fazê-lo falar?

ㅡ E você, pequeno, como se sente hoje? ㅡ Paro por instantes o observando melhor.

ㅡ Estou bem... ㅡ Afago meu pescoço por reflexo, seus olhos felinos logo percebem meus gestos. ㅡ Melhor que você... Vem, vou fazer uma massagem em você ㅡ tento negar e dizer que não precisa, pois estou bem ou que vou me recuperar logo, mas ele apenas calça suas luvas e pede para que eu me deite sobre sua cama.

Vencido, acabei atendendo ao seu pedido, voltando a deixar minha bolsa na poltrona ao lado de sua escrivaninha e deitando-me de bruços sobre o colchão, espero que algo aconteça e é exatamente o que decorre em seguida. Felix também sobe para cima da cama, descansando seus joelhos nas laterais de minhas coxas.

Suas mãos caminham levemente pela base da minha coluna, levando-as até meus ombros, onde aperta levemente. Mesmo com o tecido da minha roupa impedindo que nosso contato seja intenso, consigo sentir o algodão de suas luvas dobrarem o tamanho de suas mãos, causando uma forte sensação de maciez em contraste com a minha própria camisa.

Com poucos movimentos, aquela estava sendo uma das melhores massagens já recebidas por mim e eu não poderia negar o quanto aquilo estava me inebriando. Arrepios percorrem por todo o meu corpo, como correntes elétricas, sons me escapam pelos lábios a cada ação que seus dedos fazem em formato de pinça, por todo o meu pescoço.

Depois de alguns minutos, a movimentação sobre o colchão intensifica quando sinto Felix novamente arrumar sua postura em cima do meu corpo. Seus fios caem sobre a minha bochecha e suas mãos deslizam de modo firme para as laterais de minha cintura.

Felix deitou seu torso sobre mim.

ㅡ Eu gostaria de poder senti-lo... ㅡ É o que diz ao apertar-me num abraço, trazendo seus braços para o meu peito. ㅡ Sem o machucar.