Capítulo 4- Newest Hired

861 60 21
                                    

Point Of View Jade Thirlwall

"Oh meu Deus! Sim, sim, Perrie, me fode... Mais forte, Oh... Eu vou gozar!"

Isso é o que eu estou ouvindo há quase uma hora. Jesy estava com os olhos grudados na tela do meu notebook, enquanto a tal Perrie transava com uma ruiva que estava alucinada.

Eu estaria mentindo se falasse que aquilo não era excitante. É claro que é, Perrie tem uma... Aura intensa. Ela realmente não permite que sua parceria olhe um centímetro longe de seus olhos e ela sussurra tudo tão baixinho, que às vezes era preciso fazer leitura de lábios para entender o que ela estava falando.

Sim, eu estava excitada. Sim, ela realmente é linda. Mas não, eu não consigo me enxergar no lugar daquela mulher, transando com uma estranha na frente de tantas pessoas.

— Podemos parar agora, por favor? — perguntei, olhando para Jesy.

— Ah, Jeed, vai me dizer que você não a achou foda? — ela sorriu de lado e olhou para mim, enquanto cruzava os braços.

— Ok, Jesy, ela é muito boa no que faz e isso é ótimo para ela. Ela está cada vez mais rica por causa disso, mas eu não tenho nada a ver com isso! Entende? Eu não sirvo para ser uma atriz pornô!

Ela abriu a boca para dizer mais alguma coisa, mas o som da campainha ressoou por todo o meu apartamento. Ela deu pausa no vídeo e eu me levantei no sofá, me perguntando por que diabos o porteiro não havia avisado pelo interfone, que alguém queria subir.

Abri a porta e uma negra muito bonita sorriu para mim, me parecendo vagamente familiar. Sem nenhum pudor ou pedido de licença, ela entrou em meu apartamento e se virou para mim, me olhando de cima a baixo.

— Posso saber quem é você?

— Eu sou Leigh-Anne, querida, a mulher você, tão gentilmente, desligou o telefone na cara. — ela sorriu e se virou par Jesy — Hum... Jesy, não é mesmo?

— Sim. O que faz aqui? — Jesy perguntou, se levantando e parando do meu lado.

— Eu vim conversar com a minha mais nova contratada. — ela arqueou uma sobrancelha muito bem delineada, me observando com atenção e ironia. — A não ser que você, Jade, tenha cem mil dólares para me pagar pela quebra do contrato.

Ela ia direto ao ponto e me observava com tanta atenção, que, por um momento, eu me senti intimidada pela presença dela. Mas, pelo amor de Deus, ela estava no meu apartamento e eu que tinha que ditar as ordens aqui! Fechei a porta em um estrondo e fui em direção ao sofá, apontando para a poltrona a minha frente. Ela se sentou, ao mesmo tempo em que Jesy se acomodava ao meu lado.

— É muito simples, Leigh-Anne. Eu realmente não tenho cem mil dólares para te dar, nem ao menos sei onde tiraria tanto dinheiro, então, acho que podemos conversar sobre...

— Sobre sua cena? Quando fará os exames de DST ou sobre quando irá me provar sobre seu controle de natalidade? — ela perguntou, me interrompendo.

Fechei meus olhos e suspirei, pedindo paciência aos Céus.

— Não, Leigh-Anne. Conversar sobre a possibilidade de você me dispensar de todo esse circo. Eu não quero ser atriz pornô. Eu nem ao menos tenho capacidade para isso! Não que seja preciso ter tanta capacidade assim para fingir orgasmos e gemer feito uma cadela no cio. — sorri com sarcasmo para ela.

Ela me deu um sorriso genuíno, nem um pouco abalada com o meu comentário.

— Querida, não nos subestime assim. Realmente, ser uma atriz pornô não é para qualquer uma. Por isso eu quero você. Você é linda, Jade. Tem um corpo maravilhoso, olhos e boca perfeita. Sem comentar o tamanho da bunda, que é totalmente natural — piscou, olhando para meu colo — Você e Perrie formaria uma dupla e tanto... — ela sorriu de lado e olhou para o notebook que estava em cima da mesa, a tela virada para ela. — E pelo visto, percebo que já está pesquisando sobre minha garota.

Soltei um grunhido de frustração e fechei o notebook, fazendo-a dar um pulinho em cima da poltrona.

— A sua garota pode ser linda e uma ótima estrela, mas eu não sou! Eu só quero me livrar de toda essa merda, Leigh-Anne! — falei, me controlando para não gritar.

— Ótimo, querida. Então, é só combinarmos tudo direitinho, você gravará a cena e pronto. Estará liberada de tudo isso. — ela suspirou — É só uma cena, Jade e então, você nunca mais vai precisar olhar na minha cara, ou na cara de qualquer um que trabalhe para mim.

— Ah, pelo amor de Deus! E em algumas semanas, eu estarei em uma tela de computador, sendo fodida por Perrie Edwards! — revirei os olhos enjoada. — Isso não é para mim!

— Bem, se é ou não é para você, não cabe a você decidir mais, Jade. Você decidiu tudo por si só quando assinou aquele contrato, então, sejamos rápidas e objetivas — ela se levantou e jogou o cabelo para trás, antes de me encarar. — Eu quero você no meu escritório, quarta-feira, às duas horas da tarde, com todos os seus exames em mãos. Certo? — ela me olhou e esperou, ao receber meu silêncio como resposta, ela revirou os olhos. — Certo, Jade? Eu odeio me repetir e você já está me dando problemas demais.

— Então é só rasgar o contrato e eu sumo da sua vida!

— Jade, docinho, não dificulte as coisas. Você ainda não respondeu a minha pergunta.

— Ela estará lá. — Jesy disse, se levantando. — Fique tranquila, Leigh-Anne, eu a levo nem que seja arrastada pelos cabelos.

— Pelo menos sua amiga é sensata. — ela sorriu e soprou um beijinho para mim. — Até mais querida, à propósito... Mande o prédio mudar seu porteiro, ok? Ele se rende fácil demais a belos pares de seio, se é que me entende... — ela piscou e virou, saindo do meu apartamento no segundo seguinte.

Jesy se virou para mim e cruzou os braços. Sua expressão divertida estava me dando nos nervos.

— Bem... Você não tem cem mil dólares para pagar a ela, Jade, então eu acho melhor se contentar e fazer logo essa cena. Como ela mesmo disse, é uma única cena e depois você pode sumir! E filmes pornô são novidade quando são lançados,  meia hora depois, outro é lançado e o anterior é simplesmente esquecido. Você terá apenas 15 minutos de fama, se tiver. — deu de ombros. — Pronto para contracenar com Perrie Edwards? — perguntou, subitamente animada.

Apenas a ignorei e me sentei passando as mãos pelos meus cabelos, me perguntando por que diabos eu decidir ir beber na noite de ontem e por que eu estava metida nessa porra toda.

Pornstar Onde histórias criam vida. Descubra agora