Capítulo 16- The Girl

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Perrie apareceu na minha porta às três horas em ponto, vestindo uma calça jeans colada, uma blusa branca simples apreciada e uma jaqueta de couro preta. Estava também com os seus famosos óculos estilo Aviador, que me deixava secretamente de calcinha molhada.

Agora, estávamos andando em alta velocidade com a sua moto, pelas ruas de Los Angeles. A costa do mar da Califórnia estava ao nosso lado esquerdo, enquanto nos afastávamos cada vez mais do centro. Não sabia para onde estávamos indo – Perrie não quis me contar, mesmo com a promessa de um boquete no lugar onde ela escolhesse (sim, eu apelei dessa forma) –, mas eu confiava plenamente naquela maluca que pilotava como uma verdadeira louca, procurando pela morte.

Deixamos à costa para trás e entramos em uma parte mais suburbana da cidade. Havia casas e mais casas de classe média por onde passávamos, e eu estava começando a me perguntar aonde realmente iríamos, até que ela parou em frente a uma enorme casa, toda pintada com tons rosa e azul-bebê. Acima da porta de entrada, tinha um letreiro todo dourado, onde lia-se “House of Happy Children”. (N.A: Casa da Criança Feliz).

Assim que ela estacionou a moto, saí e tirei o capacete, olhando tudo em volta. A casa era protegida por uma pequena cerca branca, que tinha um portãozinho – também branco – de madeira, que nos levava direto para a porta de entrada. A grama verde cobria todo espaço e terminava antes na cerca branca, deixando apenas um caminho de pedras no meio, onde ficava o portão.

— Perrie... Que lugar é esse? — perguntei, entregando o capacete para ela, sem ao menos desviar os olhos daquele lugar tão... Acolhedor.

— É o lugar onde o seu sorriso se multiplicar por mil. — ela disse simplesmente, colocando o capacete dentro do compartimento da moto e pegando minha mão. — Vamos, vou te apresentar o lugar que mais me faz feliz no mundo inteiro.

Ela abriu o portãozinho branco e deixou que eu entrasse primeiro, antes de me seguir. Pegando em minha mão, passamos pelo caminho de pedras e subimos dois degraus, até estarmos na porta de entrada. Pensei que ela bateria, ou apertaria alguma campainha, mas, para a minha surpresa, ela apenas girou a maçaneta e entrou, me levando junto consigo.

Levou apenas alguns minutos para que quase dez crianças saíssem por uma porta e corressem até ela a abraçando.

— Tia Per, que bom que você veio nos ver!

— A gente ficou com saudade.

— Eu disse que para vocês que ela jamais abandonaria a gente!

— Pensei que não fosse aparecer nunca, caraca, tia Per.

Eram tantos falando e sorrindo ao mesmo tempo, que a única coisa que eu pude fazer – além de ficar incrivelmente maravilhada – foi sorrir. Havia meninos e meninas e mais um grupo apareceu alguns minutos depois. Perrie sorriu, abraçou e beijou cada um deles. Seus olhos brilhavam quando olharam de volta para mim.

— Pessoal, acalmem-se. Tenho que apresentar uma pessoa muito especial para vocês. — ela disse, pegando em minha mão. — Digam oi para tia Jade.

— Oi, tia Jade! — eles disseram em uníssono.

— Oi, meus amores. — falei, sorrindo abertamente para eles.

— Jade, essas pessoinhas aqui... — ela sorriu e piscou, recebendo vários sorrisos infantis como resposta. — São minha família. A parte mais importante de mim e de quem sou.

— Ah, tia Per... — uma menina pequenininha, que não deveria ter mais de cinco anos. Era ruivinha e tinha uma expressão encantadora ao se aproximar de Perrie.

Ela só precisou estender os bracinhos para ela apenas uma vez e logo estava em seu colo. Olhou com curiosidade para mim.

— Ela é tão bonita. — ela murmurou para Perrie. — Você é namorada da tia Per?

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