Bianca e desenhos

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 Bianca de Angelo. 

 Para os amigos dela, um anjo.

 Para a Namorada, Zoe, uma deusa. 

 Para Hazel, um exemplo a seguir.

 Para os meus amigos, um ser celestial.

 Para mim? Um ser metediço, uma talarica songa-monga que não se consegue meter nos seus assuntos e passa a vida a chafurdar com o nariz nos meus. 

 Para vocês, leitores, que não a devem conhecer, a primeira impressão que vão ter dela vai ser de uma rapariga com cara angelical, cabelos e olhos negros como a noite e uma pessoa querida e preocupada. Mas não se enganem. Aquela cria de anticristo só se vai meter nos vossos assuntos. Nem vale a pena.

 Posso dar-vos um exemplo, claro. 

 Eu tinha (e tenho- mas isto fica só entre nós, entenderam suas antas quadradas?) um crush em Will Solace, o presidente do conselho estudantil, o solzinho particular da escola, o aluno mais brilhante do décimo primeiro ano, o- sabem que mais? Acabou. Eu vou parar de enrolar e de ser um "boiola". (Foi o Jason que me ensinou esta palavra. Eu não sei o que significa.- eles dizem que eu pareço um velho de 68 anos preso no corpo de um jovem de 17- talaricos)

 Pois bem que numa tarde a Dona Senhora Bianca decidiu que deixar-me em paz a ver The Promissed Neverland pela quinta vez não era bom. Não. Ela foi meter o nariz no meu caderno de desenhos.

 Sim, eu tenho um caderno de desenhos. E agora vocês vão esfregar na minha cara que eu sou o "antissocial emo gótico que desenha e fica no seu cantinho". E já agora quero trair a minha vila e matar um certo alguém. Não me confundam com o projeto de emo revoltado, seus doidos. 

 Mas adiante.

 Aquela megera decidiu que andar a ver o meu caderno de desenhos era bom. Mas por azar ela abriu logo na página de um dos meus trabalhos de artes. Aquele em que era justamente desenhar o parceiro do lado. Que era, adivinhem.... Exatamente. 

E aquela doida varrida mandou foto para os meus primos, que apareceram quase segundos depois (sério, aqueles dois têm um timing impecável) para me chatear a cabeça.

 Por sorte consegui expulsa-los. A lição que aprendi? Fechar os meus cadernos a sete chaves. 

As aventuras (está mais para desventuras) de Nico di AngeloOnde histórias criam vida. Descubra agora