A estrada já estava repleta pela neve quando saíram. Era madrugada, e os raios solares iluminaram aos poucos o caminho, que se fizera silencioso, não fosse o ronco do motor do veículo, que se dessem sorte, cruzaria a cidade em pouquíssimas horas.
Natasha quem decidira partir antes do amanhecer. E não se despediu de Hilda, ou de Natália. Convencera a si mesma de que seria mais fácil se fosse assim, puxou Yelena consigo e acelerou o máximo que pôde para longe do lugar. Maria lhe chamara de volta, dizendo que as informações que tinha, eram suficientes para derrubarem a KGB. Haviam endereços, mapas, vídeos e a SHIELD tinha jurisdição internacional, o que lhes dava certos direitos, mesmo que a organização rival estivesse a serviço do governo Russo.
Algo entretanto lhe mantinha presa há alguns quilômetros de distância e não era a voz irritante de Yelena dizendo que não era boa idéia deixarem o país tão rapidamente, não era a sensação de que algo ruim estava para acontecer, ela sentia que lhe faltava algo, como... Okay, não fazia a menor idéia de como explicar.
— Olha, admito que estou surpresa. — Hill as olhou de cima a baixo. — Conseguiu lidar com essa missão sem se envolver em encrenca.
— Se mate, Maria. — Disse a ruiva sem muito humor. — Se quer saber, o que eu quero mesmo é férias. Você e o Fury podem engolir esse pendrive e a KGB juntos.
Passou sem dizer mais nenhuma palavra, deixando a vice diretora parada com um meio sorriso e o pendrive de unicórnio nas mãos.
— Ela teve um dia ruim. — Explicou Yelena.
— Imagino.
A operação estava encerrada, lhes dissera o diretor da SHIELD, enquanto revisava o relatório de campo escrito por Romanoff. Aparentemente nada estava errado. Natália iria para um abrigo fora do país, Yelena simplesmente desapareceria, tendo todo e qualquer registro criminal ou da Sala Vermelha apagados, uma vez que a organização teria problemas maiores para lidar quando a ONU e todo o restante do mundo tomasse conhecimento de suas atrozes atividades.
Ela deveria passar algum tempo na Califórnia, esfriando a cabeça antes de voltar a ação. Clint ligou após o almoço para contar sobre o término com Bárbara, uma bióloga que além de trabalhar para a SHIELD estava namorando o Gavião Arqueiro há algum tempo, mas geralmente seu relacionamento terminava e então voltavam, era uma bagunça. Por essas e outras, havia prometido a si mesma nunca se apaixonar.
— Eu vejo você na semana que vem então. — Avisou Barton, notando que Natasha estava silenciosa. —, Natasha?
Ela repousava os olhos no horizonte, sentada de frente para a janela do apartamento, ainda no prédio em que estava vigiando Natália e o tal tio que mataram.
— Certo... A gente se vê.
Desligou sem que seu amigo tivesse tempo para responder. O que estava errado?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Operação Volgogrado | Natasha Romanoff
Fanfic#Fanfic sem fins comerciais baseada nos filmes e HQs do universo Marvel Natasha tinha lá seus problemas com autoridade, visto isso, adaptar-se a vida como agente da SHIELD, não seria nada fácil como pensou de início. "Fury lhe disse então em sua últ...