10:43 AM Sábado
Acordei querendo que tudo fosse apenas um pesadelo.
E realmente era, mas eu não iria poder acordar nos braços dele com ele dizendo que estava tudo bem e que era apenas um sonho,
não agora. Não mais.Sai do transe assim que escuto a voz dele dentro do banheiro, estava no telefone com alguém e seu tom era melancólico e como se quisesse acabar com aquela conversa o mais rápido possível e bem, só por isso eu pude descobrir quem era... pelo menos ele está cumprindo com a promessa. Sorri com isso, nem que fosse um sorriso triste, mas sorri, por ser ele.
Então, sem mais nem menos, me levantei rapidamente ajeitando as roupas em meu corpo e a procura da minha mala, esta que estava guardada debaixo da cama de casal, a arrastei para fora do espaço escuro e abri percebendo que quase tudo estava ali, menos as roupas do cesto [estas que eu nem ligo mais] e as que estão no meu corpo, respirei fundo ouvindo a porta ser aberta por ele.
— Bom dia... — Fui o primeiro a falar por conta do silêncio entre nós dois, ele apenas acenou com a cabeça e saiu do quarto.
Me peguei olhando para a parede do quarto dele me imaginando em diversos mundos paralelos onde isso não acontecia e nós não estaríamos sofrendo. Engoli em seco e peguei uma roupa qualquer para tomar um banho rápido, assim podendo ir embora o mais rápido possível, ao olhar pela janela o tempo frio e nevando aos poucos, percebi que precisava está agasalhado, pois se aqui está nevando, em Gimpo estará muito mais frio. Soltei um suspiro cansado e pegou o primeiro moletom que viu na frente o vestindo.
Respirei fundo e sai do quarto puxando a minha mala e com a mochila nas costas, escuto um soluço alto vindo da sala e tive que respirar bem fundo para não começar a chorar no corredor ali mesmo, mas continuei o caminho e parei em frente a porta após o ouvir meu nome.
— Você ia embora sem se despedir, assim mesmo? — Passei a mão por meus cabelos e me virei para o olhar, ele já estava [exatamente] na minha frente, e não me contive em ficar surpreso, assim tirando uma risada, pelo menos um pouco, dele — Você não faria isso comigo, né Jisung?
— Desculpa, eu... eu não sabia o que te dizer e eu só queria acabar com isso logo, como tirar um band-aid, Minho — Ele franziu o cenho e depois revirou os olhos
— Não é assim que se resolve as coisas, Jisung, você não pode simplesmente fingir que nada está acontecendo
— Mas é o que eu estou tentando fazer, e você não deixa ser fácil para nós dois...
— Indo embora como se não tivesse acontecido nada entre a gente? — Ele se aproxima e eu dou um passo atrás relutante, assim o fazendo suspirar e passar a mão pelo cabelo derrotado — Me deixa pelo menos te levar até Seungmin, por favor, é o que eu peço, a última coisa...
— Não é uma boa ideia, Min-
— Por favor, só isso, e nunca mais você vai me ver...
Assenti concordando com ideia de cabeça baixa e o vejo voltar para a sala em busca de suas chaves, eu tive respirar fundo diversas vezes só nessa manhã para não debulhar em lágrimas, não quero mostrar isso a ele, porque sei que ele vai sentir a mesma coisa e não quero o fazer sofrer, mais do que eu estou fazendo... é o mínimo.
Ele voltou ao meu lado, porém agora agasalhado e com as chaves do carro na mão. Eu me senti mais aliviado por ele ter colocado um casaco por causa do frio lá fora. Saímos do apartamento e seguimos até o elevador, este que por um milagre não demorou nem um minuto para chegar no andar, nós dois entramos e era possível ouvir as nossas respirações de tão aceleradas e descompassadas estão. Eu me sinto nervoso com ele do meu lado e apenas nós dois em um cubículo, esse que me tinha lembranças nada favoráveis para a situação atual. Sentia o seu olhar em mim e assim que olhei para o espelho em minha frente eu podia o ver por completo me olhando com um olhar apático, a única solução pensada por mim foi desviar e esperar a porta se abrir para levantar a cabeça, algo que não demorou muito tempo.
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O namorado da minha mãe | min + sung
Teen FictionNão achava que uma festa boba de faculdade iria mexer com a minha cabeça e vida desse jeito... Tudo por causa dele, Lee Minho. min + sung história fictícia +18