50 - Redmond Scarlet

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Red Diamond apenas retornou horas depois. Pearl havia decidido limpar a casa de cima a baixo para se ocupar, já que aparentemente ninguém fazia uma faxina no lugar há um bom tempo. Ela estava limpando o quarto vago – não entrara no outro por respeito – quando ouviu barulhos vindo do andar de baixo e a voz da diamante.

R.D.: Agora vamos ver se achamos algum rato. — Pearl ouviu a diamante enquanto descia as escadas. Parou na metade ao ver várias telas aglomeradas na parede da sala onde anteriormente estava um sofá. Cada tela mostrava um ambiente diferente e algumas ainda se dividiam em telas menores com vistas diferentes do mesmo lugar.

PEARL: O que é tudo isso? — Perguntou enquanto terminava de descer as escadas.

R.D.: Aí está você. — Disse com entusiasmo ao ver a pérola. — Eu instalei câmeras nos lugares onde os nossos ratos tem família ou amigos. Antigos endereços e lugares que eles costumavam frequentar.

PEARL: Acha que algum deles irá aparecer nesses lugares?

R.D.: Já te disseram alguma vez que o melhor esconderijo é à plena vista? — Perguntou a diamante e a pérola apenas meneou a cabeça dizendo que não. — Esses caras não são criminosos conhecidos. Eles tinham família e empregos. As atividades como terroristas eram mais um hobbie ou fanatismo, algo do tipo. Talvez eles não apareçam em suas próprias casas, mas se eles trocassem de endereço entre si, quem ia notar? São mais de cinquenta caras que escaparam. As pessoas não vão se dar conta se o parceiro de crime do seu antigo vizinho é o novo vizinho. Eles podem andar por ai sem problemas em bairros distintos e ninguém vai perceber, mas se eles passarem por esses locais vamos achá-los.

PEARL: Pretende ficar o tempo todo olhando essas telas tentando identificar o rosto de cada um?

R.D.: Não, claro que não. Eu peguei um sistema de reconhecimento facial muito bom, melhor do que o dos federais, e a maioria dos caras são brancos, o que aumenta a chance de acerto.

PEARL: Onde conseguiu tudo isso?

A pergunta pareceu drenar um pouco do entusiasmo da diamante.

R.D.: Eu roubei? — Respondeu como se fosse uma pergunta, incerta sobre qual seria a reação da pérola.

PEARL: Roubou!? De quem?

R.D.: O sistema de vigilância peguei do pentágono, mas o reconhecimento facial eu surrupiei de uns crackers.

PEARL: Crackers?

R.D.: Pessoas que conhecem muito de computadores e redes, só que usam esse conhecimento para roubar dados e informações para benefício próprio ou para vender por dinheiro.

PEARL: Então, o que fazemos agora?

R.D.: O que você estava fazendo? — Perguntou notando pela primeira vez o pano na mão da outra.

PEARL: Faxina?

R.D.: Pearl, não precisava fazer isso.

PEARL: Eu precisava fazer alguma coisa depois que terminei com o painel.

R.D.: Certo. Me desculpe por sair daquele jeito. Eu tive essa ideia e achei que poderia pegar tudo e fazer as instalações em pouco tempo, mas acabei demorando muito.

PEARL: Não se preocupe tanto com isso. Eu me diverti tanto quanto você. — Disse indicando as telas com o olhar enquanto sorria levemente, o que fez Red Diamond se sentir menos culpada. — Então, qual o próximo passo?

R.D.: Eu pensei em ir ver um traficante de armas que conheço, como Redmond, mas acho melhor você não ir.

PEARL: Por que não?

Red Diamond 2: O RetornoOnde histórias criam vida. Descubra agora