A família de Scarlett Johansson é uma das mais ricas e respeitadas da elite de Manhattan, ainda mais agora que está noiva do também renomado, Colin Jost. Scarlett tem tudo o que deseja em sua vida, menos, o que mais anseia: amor conjugal. E em uma n...
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Irritada e desapontada, foi exatamente dessa maneira que deixei a reunião da assessoria. Primeiro irritada com Colin por não levar em conta minhas opiniões e escolhas, descartando-as com tanta facilidade. Segundo desapontada comigo por ter colocado alguma expectativa em Steve, o falso bom samaritano.
No fim acabei por descontar a irritação em duas coisas: no acelerador do carro e no piso da sede da empresa. Ambos foram devidamente notados, posso afirmar.
— Estou com medo de entrar e você soltar fogo pela boca. Ouvi seus saltos maltratando o chão lá do terceiro andar e alguém na minha sala comentou ver você chegando de carro na empresa como se estivesse competindo para fórmula um. O que aconteceu dessa vez? — Downey, que mal me deu a chance de chegar, se jogou no sofá da minha sala.
— As pessoas falam demais e sabem de menos, isso me irrita.
Ele assobia com minha resposta.
— Não acho que isso tenha sido pra alguém aqui da empresa.
— Não, não foi — solto os ar dos meus pulmões e me sento na cadeira mais próxima ao sofá. Robert definitivamente não é merecedor do meu mau humor —, é só que planejar um casamento pode na verdade ser o maior teste da vida de um casal. Alguma dica de amigo experiente?
— Demita ele. — Downey dá de ombros, como se os problemas da vida fossem realmente tão fáceis de serem resolvidos.
— Quem? O assessor?
— Não, o noivo.
Levo minhas mãos à cabeça e massageio minha têmporas, me rendendo ao meu mais novo estresse.
— Por que todo mundo continua dizendo essas coisas?
— Talvez porque seja verdade. Colin é meu colega, mas, é evidente que vocês dois não estão mais na mesma página.
— Você, alguma vez, já se sentiu preso a alguém? — pergunto, mais nostálgica do que gostaria — Quando Colin era apaixonado por mim eu o amava, mas, quando isso acabou eu comecei a sentir uma necessidade de mantê-lo perto, de resgatá-lo, de mostrar a ele que eu ainda estava ali e que faria de tudo para sermos felizes porque a ideia de perdê-lo doía demais... e hoje eu não sei mais o que eu sinto, eu acho que só me acostumei com tê-lo e ao mesmo tempo não ter.
Pisco rapidamente para evitar que alguma lágrima caia. Meu amigo me encara atentamente e dou um tempo para que ele absorva todas minhas palavras.
— Me parece que você já o perdeu de qualquer maneira e, no processo, se perdeu também. Por que você não tenta resgatar você?
— Uau. Ensaiou isso para me falar? — ele solta uma risadinha e quando se levanta para ir embora faz questão de bagunçar meu cabelo, como se eu fosse uma criança.
