Capítulo 13 - Fim de um ciclo

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Scarlett Johansson

Eu não estava falando com Colin, aliás, não estou falando com ele e já até perdi a conta de quantos dias se passaram

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Eu não estava falando com Colin, aliás, não estou falando com ele e já até perdi a conta de quantos dias se passaram. Não fiz na intenção de dar um "gelo", como da última vez. Fiz isso por mim e pela minha saúde mental. Eu precisava de um tempo, de um acalento, de paz... e de certa forma eu encontrei isso.

Encontrei paz de nossas brigas, de suas palavras vagas ou mesmo rígidas, encontrei paz de me prender a sua rotina e de me virar ao avesso para fazê-lo feliz enquanto eu ficava cada vez mais infeliz.

No entanto as coisas no meu coração não estão exatamente pacíficas, não ainda. E não vão ficar enquanto eu não tomar uma decisão e realmente colocá-la em prática.

Em resumo, eu adiei, por vários dias, pensar em um problema ao invés de tentar cortá-lo pela raiz. Essa foi a solução de emergência que encontrei, depois de pateticamente chorar em uma sala qualquer da minha empresa enquanto Jost pouco se importava sobre como suas palavras e atitudes me atingiam.

Eu fiz o que achei correto e empurraria essa pendência por muito mais tempo, preenchendo um vazio sentimental com trabalho e mais trabalho, se não fosse por Steve Rogers. Ele decidiu que era o momento de eu encarar meus demônios, querendo ou não.

Steve não tinha obrigação nenhuma de estar ao meu lado de uma forma que não fosse simplesmente profissional, mas, eu me acostumei com sua presença, com sua amizade e com seu companheirismo. De alguma maneira, ele se tornou a pessoa mais capaz de me entender sem que eu diga uma palavra sequer.

Nos vimos com certa frequência porque meu pai decidiu "adotá-lo" como o novo amigo próximo da família, sendo assim, os almoços de fim de semana e partidas de basquete da NBA em casa foram comuns nesses dias. Eu não reclamei, esse vínculo que criamos foi o que me ajudou a ignorar a existência de Colin e pude ter, por um breve momento, a leveza que há muito tempo não desfrutava.

Mas como diz Steve "essa é a vida real" e eu preciso colocá-la de volta nos trilhos. Completamente e de uma vez por todas.

— Ei, capitão, o que você está fazendo aqui? — me surpreendo, ao sair do saguão do prédio, com Rogers encostado em uma moto preta, segurando o capacete como um bad boy e usando roupas de um verdadeiro motoqueiro — E o que significa isso? — aponto para o conjunto completo.

— Gostou? Não é minha, é de uma amiga, é uma Benelli. Eu e você vamos dar uma voltinha.

Não consigo conter uma risada e ele me acompanha, apenas para me provocar.

— Eu não vou andar nisso. — dou as costas, pronta para buscar meu carro.

— Pensei que fosse dizer isso. — Steve segura minha mão, me fazendo voltar atrás.

Respiro fundo. Ele é insistente, eu sei disso.

— Ainda assim, decidiu vir até aqui apenas para ouvir um não.

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