Espero que escolha ficar

GRAVIDEZ

Eu comprei daqueles testes que dão quantas semanas de gravidez. Eu estava com 6 semanas. E muito assustada. Não pelo fato de estar grávida, até porque eu ajudei com meus sobrinhos. Mas assustada porque eu e o Henry, a cada 3 ligações, 2 eram discussões. Meu enjoos estavam mais fortes e eu ainda não havia procurado um médico. Não até o último desmaio.

...

Estou voltando das gravações com um buquê de rosas brancas, sei o quanto a minha becca ama. A essa altura, eu já tenho a cópia da chave da casa dela. Então entrei e percebi que a casa estava escura. O que era estranho. Ou ela sempre estava na sala ou na cozinha. Então comecei a chamar

- Baby, eu cheguei. Kal correu pelo corredor em direção ao quarto dela e logo voltou agitado e latindo. Eu corri e chegando lá a imagem que eu tive foi desesperadora: a Becca estava deitada no chão com uma caixa com um lindo embrulho em mãos, próxima a cama com a cabeça sangrando. Ela, provavelmente, bateu a cabeça no criado-mudo da cama.

- Por Deus meu amor, fala comigo. Acorda, por favor.

- Henry... eu, eu estava... aí minha cabeça. Pega a caixinha, por favor. É pra você. Pega.

- Não temos tempo pra isso baby.

- Só pega.

Eu só consegui a pegar nos braços e a caixinha que ela não queria largar, colocar no carro e dirigir pro hospital mais próximo. Nessa hora eu não ligava pra mais nada. Só pra ela.

Quando chegamos ao hospital, eu dei entrada em todos os documentos e conversei diretamente com o diretor do hospital que era meu amigo e pedi total discrição. A Rebeca foi levada para uma sala de tomografia e depois para o quarto, foi quando eu consegui vê-la.

Quando ela chegou no quarto, estava sob efeito de medicação para dormir. Conversei com o médico e ele disse que ela estava bem, a pancada não foi tão forte e o desmaio não foi causado por ela. Mas que eu conversasse com ela porque eu deveria saber o motivo do desmaio.

Enquanto ela descansava, eu liguei pra minha mãe e contei o que aconteceu. Desde as nossas discussões até o desmaio da Becca. Minha mãe me deu uma bronca e eu me senti tão culpado por não perceber que ela estava mal. Então depois de desligar, olhei pra a cadeira ao lado e vi a caixinha. Ela disse que era pra mim, então a peguei e abri. Chorei quando vi o que tinha dentro: Na parte de cima tinham roupinhas de neném todas brancas e um fundo falso. Quando tirei esse fundo, uma roupinha do Superman.

Eu comecei a chorar, sem acreditar. Os desmaios, a falta de apetite, os enjoos... Ela estava grávida e eu apenas só me concentrava no meu ciúme desnecessário.

Eu chorei e me aproximei da cama e comecei a falar baixinho com meu filho. Eu não conseguia acreditar que eu seria pai. Finalmente eu estava construindo minha família. E logo depois me lembrei que eu teria que esconde-la ainda mais por conta da gravidez. Mesmo não querendo isso. Queria contar pra todos que meu sonho estava se realizando: encontrei a mulher da minha vida e estava formando minha família. Mas o receio de contar e ter que explicar aos meus fãs sobre o contrato de namoro vinha a mente e o medo da reação deles era muito grande.

...

Então a becca acordou e ela viu que eu estava sentado na poltrona com a caixa nas mãos. Só a ouvi me chamar:

- Bae... Henry. Hey, o que aconteceu? Por que estou no hospital?

- Eu cheguei em casa e te encontrei desmaiada e com uma pancada na cabeça no quarto. Eu só consegui pensar em te trazer o mais rápido possível. Você acordou lentamente e só conseguia falar da caixinha. Baby, é verdade? Estamos grávidos? Vou ser pai?

- Eu entendo se você não quiser assumir ok? Eu sei que estamos juntos há pouco tempo, você tem sua carreira, suas gravações. Eu sei, eu...

- Você não está cogitando que eu vou te deixar, né? É nosso filho, é meu filho. Você não sabe o quanto eu estou feliz. O quanto tenho que me segurar e não sair gritando pra todos que vou ser pai.

- Eu sei que você deve tá pensando as piores coisas. Eu fui totalmente negligente, ciumento, possessivo e insensível com você. Eu só conseguia chorar e pensar o quanto eu a magoei.

- Henry, eu te perdoo. Só por favor, não me trata mais daquela forma. Eu nunca fiz nada para que você me tratasse daquele jeito. Só não faz isso, ok? Ele assentiu e perguntou se poderia colocar a mão na minha barriga.

- Sabe de quanto tempo?

- Sim, 6 semanas quase 7. Acho que não lembramos de tomar cuidado em todas vezes. Eu sorri e ele sorriu triunfante. Estava orgulhoso porque seria pai.

- Eu amei a caixa e quase não acreditei quando vi as roupinhas. Eu só consegui me sentir mais culpado por ter te tratado tão mal e você grávida. Agora teremos um mini Cavill.

Henry começou a me beijar e a falar eu te amo em português. Aquilo me deixou em êxtase. Mas sabia que agora teríamos que tomar cuidado em dobro. O médico me levou para a primeira ultrassom e nem preciso dizer que eu e o Henry choramos de felicidade.

- Só precisamos agora conversar melhor sobre como vamos esconder ainda mais nosso relacionamento. Não podemos de forma alguma arriscar alguém descobrir, ainda mais se me virem grávida.

- Pensamos nisso depois. Agora vocês vão descansar porque quero logo te levar pra casa e mimar vocês.

O Henry ficou comigo por dois dias no hospital. O Charlie acabou ficando com o Kal. O Henry não entrou em detalhes e nem contou sobre a gravidez. Decidimos que faríamos uma surpresa.