Jersey

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Chegou o dia da minha viagem para a casa dos meus pais.  A situação não está nada agradável com essa história de contrato de namoro. Minha família foi contra e eu entendo, mas não tive escolha.
Resolvi me despedir da minha brasileira antes de ir e ao chegar na cerca do fundo da casa, me deparei com uma cena que causou certas sensações no meu corpo: ela está sentada no sofá da área, vestida com uma calça de moletom justa que realça suas curvas brasileiras, um top de academia, seu cabelo preso em um pequeno rabo de cavalo e um óculos de grau que a deixou sexy demais.

Quando ela percebeu nossa presença, abriu um sorriso de tirar o fôlego.

- Hey meninos, vocês já estão indo?

Kal que não é besta, correu em direção a ela para ganhar afagos. Eu fui andando lentamente ainda vidrado com a imagem dela tão sexy trabalhando em casa.

- Sim, nós já estamos indo e decidimos vir dar tchau.

Ela deu um sorriso e entreabriu a boca como se quisesse falar algo, mas desistiu. Eu a olhei como se desse a ela coragem de falar com que queria. Ela então disse que ficaria preocupada em saber se eu cheguei bem e pediu que eu avisasse.

- Bom, preciso do seu número para te avisar que cheguei. Dei meu telefone e ela gravou o número. Prometo que assim que chegar te aviso. Preciso ir. Dei um beijo em sua testa e saí.

Assim que cheguei a casa dos meus pais, o conselho estava todo reunido. Apesar da pandemia, fazíamos exames regularmente para saber se não adquirimos o vírus. E isso eu o fiz antes mesmo de vir a Jersey para não colocar ninguém em perigo. Quando cheguei, vi os carros dos meus irmãos, eu sabia que toda a família estava a minha espera para uma bronca daquelas.

Assim que cheguei, minha mãe me recebeu com o abraço que tanto senti falta. Cumprimentei cada membro da família e pedi um tempo só para organizar tudo e que nós conversaríamos.

Quando cheguei no quarto peguei meu celular e avisei a minha brasileira:

Linda, acabamos de chegar. O Kal já está afoito por aí com meus sobrinhos e estou com toda minha família aqui reunida. Estamos bem e espero que você também esteja.
Com carinho, HC.

Logo em seguida ela respondeu

Agora fico mais tranquila. Aproveite sua família. Beijos, bonitão.

Depois de levar uma bronca daquelas da família toda por não concordarem com o contrato, mas entendido o porque, nós estávamos mais tranquilos. Minha mãe disse que eu estava diferente. Sorrindo mais e com um olhar bobo e .... Apaixonado? Não, não estou apaixonado, só a conheço tem 3 dias. Apesar dela mexer, inegavelmente, comigo, eu não podia já estar apaixonado. Ainda era muito cedo pra falar dela a minha família, ainda mais pra minha mãe, mas resolvi fazer uma pergunta hipotética:

- Mãe, o que eu devo fazer se eu me apaixonar por alguém enquanto tem esse contrato? Ela me olhou e mexeu nos meus cachos e disse que eu deveria ser sincero comigo mesmo e com essa pessoa. Explicar a situação e torcer para que ela entenda o que está acontecendo e , ainda sim, queira ficar ao meu lado.

- Há algo que queria me contar Henry Willian? Minha mãe logo perguntou e percebeu que eu estava escondendo algo. Eu neguei com a cabeça e ela deu um sorrisinho.

Sim, tinha algo que queria contar, mas não agora. Não antes de conversar e explicar tudo a Rebeca.

...

Logo pela manhã eu estava de volta a Kensington, estava em casa. Ao chegar, percebi que a casa da Rebeca sem movimentação. Ela não devia estar em casa. Ao perceber isso, meu coração sentiu... Falta dela? Isso está indo rápido demais. Demais. Mas eu não consigo negar que gosto da presença dela, do sorriso dela, do jeito dela, do corpo dela. Gosto dela.

O dia passou e então eu resolvi brincar com o Kal pelo jardim e foi aí que eu a vi: ela estava treinando na mini academia. Um short curto e um top, mostrando seu corpo cheio de curvas. Porque vamos ser sinceros: a mulher brasileira tem um corpo escultural. Coxas grossas, seios na medida certa, bumbum grande. E ao vê-la naquela roupa, uma parte do meu corpo respondeu bem animadinha àquela imagem.

Confesso que precisei de um banho bem frio para me acalmar. Depois do banho, eu comecei a pensar numa desculpa para ir até ela. Eu precisava ouvir a voz dela, eu precisava sentir o cheiro dela, eu precisava estar perto dela. Há muito tempo não me sinto assim perto de uma mulher.

Resolvi então só ir até ela. Chegando na porta dela, toquei a campanha e um cara me recebeu? Droga, ela tem namorado? Puta merda. Tava bom demais pra ser verdade. O cara estava com a cara assustada ao me ver. Então logo a Rebeca surgiu atrás questionando quem era e ao me ver abriu um sorriso confuso. Acho que ela percebeu que eu estava confuso também.

- Vem Henry, entra. Este aqui é o Enzo, meu irmão mais velho. Ele mora aqui em Londres e foi ele quem conseguiu esta casa para que eu comprasse.

Eu soltei o ar dos meus pulmões que eu nem sabia que estava segurando e minha expressão deve ter mudado de confusa e irritada para uma mais suave. Eu o cumprimentei e ele ainda estava sem falar nada e com cara de assustado.

- Não liga não, ele é fã do Geralt of rivia e ainda está processando que você está aqui.. nós rimos e então ele conseguiu dar um oi.

Nós 3 conversamos um pouco até o que irmão dela decidiu ir e eu dei graças a deus porque realmente precisava conversar com a Rebeca sobre meu "namoro". Assim que ele saiu, ela me ofereceu uma cerveja. Eu aceitei e ela começou a me perguntar sobre como tinha sido na casa dos meus pais. Disse que havia sido melhor do que eu imaginava, mas que queria conversar com ela agora.

Espero que escolha ficarOnde histórias criam vida. Descubra agora