Solo Amigos!?│Vondy

❣️49 ➼ Sentença (Final)

EU. NÃO. TENHO. CÂNCER!! A doutora Paula acabou de me dar essa maravilhosa notícia. De acordo com a ressonância magnética, ela garantiu que não existe tumor algum no meu cérebro! Se isso for um sonho eu não quero mais acordar. Parece que eu nasci de novo! Claramente, houve um engano lá na Inglaterra. Só consigo pensar que os exames foram trocados com os de outro paciente ou os equipamentos estavam com defeito.

É claro que terei que ir a Londres pra descobrir o que aconteceu. Dependendo da alegação dos médicos e da clínica, vou decidir se irei abrir um processo contra eles ou não. Já estou pensando em pedir uma indenização para doar aos hospitais de câncer. Embora o erro não tenha me causado danos, o mesmo foi grave e acho que não deve passar impune.

― Está tudo em ordem com você, Dulce. {A médica sorri} ― Bem, pelo menos na parte neurológica.

Dulce ― Doutora, eu não vou morrer! {Exclamo com empolgação, me sentindo mais viva do que nunca} ― Acha que estou preocupada com uma anemia e com o meu fígado judiado? {Digo em tom divertido e rio ao mesmo tempo que choro}

― Tem razão em se sentir aliviada. O câncer é um dos piores diagnósticos que uma pessoa pode receber. As chances de cura são mínimas, principalmente a metástase.

― Mas isso não significa que deve parar de se cuidar, Dulce. A anemia pode se agravar e a deficiência hepática também. {O doutor Jensen complementa, me alertando}

― Lembre-se de que está grávida! O seu autocuidado deve ser redobrado. {A doutora diz}

D ― Vou ter o meu bebê, sem precisar me sacrificar pra isso. Nem acredito. {Sussurro a última frase e sorrio, tocando o meu ventre. Minha visão embaça com as novas lágrimas que se formam}

― Admiro a sua coragem. {O médico sorri} ― Pouquíssimas mulheres no seu lugar tomariam a atitude que você ia tomar.

D ― Posso falar com os meus pais? {Estou ansiosa para lhes contar tudo. Valeu a pena ter omitido a verdade para poupá-los, pois agora eles não vão receber uma notícia ruim}

― Vou chamá-los. {O doutor se prontifica}

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Blanca ― Então, era isso que você estava escondendo de nós esse tempo todo? {Sua voz sai fanha e ela funga o nariz enquanto limpa a região usando um lenço de papel}

D ― Sinto muito. Eu só não quis vê-los sofrer. Acho que isso me deixaria ainda mais arrasada. {Abaixo o olhar, me mostrando arrependida}

Fernando ― Se dependesse de você, íamos descobrir só quando já estivesse dentro de um caixão, não é? {Ralha}

B ― Fernando! {O repreende}

D ― Ele tem razão, mãe. Eu devia ter contado. {Meu pai expressa um misto de sentimentos. Está aliviado, indignado e atordoado}