E lá vamos nós.

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02:29 A.M.

Mal consigo abrir os meus olhos, a luz do local onde eu estava, era a coisa mais forte que já avistei.

Olhando para a minha esquerda, vejo uma poltrona, nela estava sentada Maria, coberta por um casaco preto ela estava dormindo, já deve ser tarde da noite mesmo. Mesmo não sendo nenhuma obrigação de Maria, ela sempre cuidou de mim, sempre me apoiou nos meus planos, a maioria das coisas que sei hoje, foi graças a ela. As vezes penso se ela não sente falta da sua família, pra falar a verdade, nunca perguntei a Maria sobre a família dela, por mais que tenhamos intimidade, Maria sempre foi bem discreta em relação a sua vida pessoal, e eu também não sou muito de perguntar sobre a vida das pessoas, assim, na cara dura.

Olho para a direita, e vejo uma pessoa sentada, mexendo em um notebook e conversando ao telefone, que incoveniente, não sabe que aqui é um quarto de hospital, eu estava dormindo, seu miserável.

_ Ei. Ei. EI. - Tento falar um pouco mais alto, quase gritando, fiz isso na intenção de acordar Maria e consegui.

_ Minha querida, como se sente? - Ela fala se levantando da poltrona e vindo em minha direção.

_ Tô bem, quero ir pra casa. - Agora.

_ Precisamos esperar os médicos, eles vão voltar e nos dizer o que você tem.

_ Quero ir agora. - Esse hospital, esse quarto, é o mesmo em que a minha mãe estava, eu não quero ficar aqui.

_ Escute Maria. - O homem que, antes estava sentado, se levanta e anda em minha direção, que cara sinistro.
_ Espere até os médicos voltarem.

_ Primeiro, quem é você? Segundo o que está fazendo aqui? - Eu estava começando a ficar irritada.

_ Eu sou. - O homem da uma pausa dramática. Fala sério.
_ Um amigo próximo da sua família.

Eu nunca vi esse homem em toda a minha vida, mas, francamente, eu não estava afim de questionar ele e nem de muito conversa.

Eu só queria sair dali, e correr, correr para bem longe, e não voltar tão cedo.

_ Com licença. - Eu arranco uns fios que estavam agarrados no meu braço. Pego as minhas roupas que estavam em cima de uma mesinha, entro no banheiro que tinha ali e me tranquei, para mudar as minhas roupas e pra caso Maria quisesse entrar.

_ Mel! Por favor! Menina, abra essa porta, por favor!

Eu só ignorei, terminei de colocar minhas roupas e abri a porta.

_ Você não vai a lugar nenhum. - O homem alto para na minha frente quando tento sair do quarto.

_ Sai da minha frente.

_ Você vai se arrepender. - Ta brincando? Quem esse cara pensa que é.

_ Sai da minha frente.

Ele se afasta eu abro a porta e saio, ouço Maria gritando mas ignoro.

Vou correndo em direção a porta de saída do hospital.

_ Ei mocinha. - O segurança me para antes que eu saia porta afora. Pelo amor.

_ O que foi?

_ Você não sabe que aqui é um hospital? Não deveria estar correndo pelos corredores.

_ Desculpe.

_ Pera aí. - Ele pega no meu pulso.
_ Você é uma paciente?

_ O que? - Olho para o meu pulso e vejo uma pulseira roxa, escrito paciente, claro, tinha que ser.

𝐀 𝐏𝐞𝐫𝐟𝐞𝐜𝐭 𝐋𝐢𝐟𝐞 | • 𝐤𝐭𝐡 • (RESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora