𝐵𝑎𝑚𝑏𝑖𝑛𝑎 𝑃𝑖𝑐𝑐𝑜𝑙𝑎

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Algumas vezes, coisas e situações costumam sair de nosso controle

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Algumas vezes, coisas e situações costumam sair de nosso controle. Como o clima, tempo, ou pedidos carnais que seu corpo remete. Não se engane, não menciono a parte sexual que está passando por sua cabeça suja. Estou me referindo a vontade incontrolável de arrancar a cabeça de Santoro a cada passo que dou.

Azriel assemelhava-se facilmente a um chiclete inconveniente em meu solado. Um chiclete incrivelmente gostoso e atraente. Não negaria. Mas sua beleza seria mais interessante se ele permanecesse longe de mim.

Meu olhar de soslaio, encontrou o seu por inconveniência.

— Deseja algo, bambina piccola? — soprou.

— Desejo que pare de me chamar de garotinha, principalmente em italiano. Estamos em Londres.

— Prefere little girl? — freei abruptamente meus passos.

Meus punhos cerraram sem cerimonias. Eles ansiavam para beijar o rosto atrevido de Azriel. O meu desejo era presenteá-lo com uma mancha roxa bem abaixo de seus olhos macabros.

Olhos que me causavam arrepios.

Os saltos reverberaram cortantes enquanto eu desviava das pessoas que iam e viam, parando em frente à Azriel.

— Eu prefiro de todo meu coração, que vá se foder. — sorri de escárnio. — E se possível, esqueça o caminho de volta.

Os meus calcanhares giraram para seguir o meu rumo. Eu não esperava por uma resposta, nem queria uma. Mas antes que eu pudesse pensar, mãos fortes e grandes se fecharam na curva de meu cotovelo.

— Solte. — rosnei.

Os batimentos de meu coração, transformaram-se em galopadas constantes, fora de meu controle. A adrenalina queria desposar de todo meu ser, bem ali, na frente de todos. Seus olhos, penetrantes como águias, fisgaram os meus. O aperto de Azriel era firme, e ele não fez menção de afrouxar.

Ah ragazza! Um giorno alla volta. Vorresti il contrario, nel prossimo.

Engoli seco.

Por pouco não esfarelei no chão quando Azriel, sem aviso algum, me soltara. Minhas pestanas se moviam fortuitamente. Aquilo já virara um jogo há muito tempo.

Ele achava que Anneliese Hastings, em toda sua majestade, imploraria por algo?

Ou por um toque seu?

Era louco.

Completamente louco.

Demasiadamente louco.

— Alguém quer um sorvetinho? — a voz de Viviane foi a única coisa capaz de afastar o sangue em meus olhos.

Azriel sustentara o seu olhar enquanto ela me puxava para longe, forcei meus pés a caminharem.

Azriel: Guarda-Costas Onde histórias criam vida. Descubra agora