Lucien era alguém a se nivelar. Ditados populares jamais mentiram sobre frutas que não caiam longe do pé. A ganância era algo presente em sua voz. Eris, seu irmão, não era muito diferente.
A luxúria, presente na voz era a mesma.
E eu podia apostar que dedos podres estavam envolvidos em tudo que nós estávamos de olho e monitorando. Eris sem dúvidas era um deles.
A cada veneno escorrido da boca de Lucien, mentalizei zilhões de motivos para não matá-lo à sangue frio. Mas, esses motivos de não jogar tudo pro alto e acabar com sua vida, se reduziam a cinzas toda vez que meus olhos voltavam a encara-lo.
Então, deixei tal assunto nas mãos de Cassian. Para preservar a vida do infeliz.
Azriel, ao que parece, compartilhava dos mesmos pensamentos homicidas que os meus. Ele deixara o porão cuspindo fogo. E jurou uma morte lenta e dolorosa a Lucien. Não poderia culpá-lo.
Az sentia-se impotente. Fraco. Os miseráveis estiveram a poucos metros de levar Anne pela segunda vez.
Falhar não fazia parte do histórico de meu irmão. Por mais que se tratasse de meros segundos, eu sabia que ele se culpava por tudo que aconteceu ou quase aconteceu com as Hastings.
Era o dia livre de Azriel. Não sabíamos que as Hastings estavam sozinhas. Blake não nos avisara. E quando meus olhos, por coincidência, resolveram inspecionar a mansão, captaram Lucien olhando diretamente para a câmera que eu olhava. Era como se soubesse que alguém viria.
Ele esperava que alguém fosse. Eu me perguntava o porquê.
E mesmo sem saber, se tratava de uma armadilha ou não, arrisquei a vida de Azriel. Que belo filho da mãe eu era. Mesmo que ele tenha se oferecido de livre e espontânea vontade, eu permiti que fosse.
Para salvar a vida dela. Porque queriam ela.
E Azriel faria qualquer coisa para protegê-la, e eu também.
— O que essa cabecinha linda está maquinando?
Com os olhos ainda na tela do computador, meus lábios curvaram-se em um sorriso. Eu não precisava de muito para saber de quem tratava-se. A entrada silenciosa, quase imperceptível. Tudo era calculado.
O perfume inebriante, feminino e caro, abarrotou o cômodo de minha sala fria. Apoiei minhas costas na cadeira macia, quando meus olhos fisgaram a bela mulher de vestido preto até a altura dos joelhos e saltos finos.
O vestido moldava-se ao seu corpo perfeitamente. Era feito exclusivamente para quem estava a poucos metros de mim. Saída especialmente de uma pintura cara, feita por um artista detalhista e meticuloso. Para estar diante de mim.
— Olá, Feyre querida. — ronronei.
Seus lábios carnudos e pintados de um tom de nude rosado abriram-se em um sorriso acintoso, exibindo seus dentes perfeitamente brancos.
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Azriel: Guarda-Costas
FanficE se eu te dissesse que nosso Encantador de Sombras não faz parte de Velaris nessa história? E que está longe de ser uma história mágica, regada por fantasia? Você verá agora Azriel como um agente da OFS (Operações e Forças Secretas). No mundo real...