𝐷𝑒𝑠𝑒𝑗𝑜𝑠 𝑃𝑟𝑜𝑓𝑎𝑛𝑜𝑠 I

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𝐴𝑁𝑁𝐸𝐿𝐼𝐸𝑆𝐸 𝐻𝐴𝑆𝑇𝐼𝑁𝐺𝑆

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𝐴𝑁𝑁𝐸𝐿𝐼𝐸𝑆𝐸 𝐻𝐴𝑆𝑇𝐼𝑁𝐺𝑆

A água realmente não teve o efeito esperado por mim. Sobre o que meu corpo estava sentindo em relação ao que havia acontecido. Azriel permanecia no meu pensamento como uma doença. Uma doença fodida.

Só de proferir seu nome meus pelos eriçavam. Não soube quando, nem onde aconteceu, mas o que estava totalmente claro em minha memória era que a emoção atropelou a razão.

Olhei pela varanda do meu quarto, percebendo que o sol não apareceria hoje. Chovia pra caralho. O frio tornou-se capaz de congelar os ossos.

Vesti uma blusão, porque mesmo frio lá fora, aqui dentro, mantinha-se quente pelo aquecedor.

O vento entrava no cômodo como um tornado.

Fui até a porta da sacada para fecha-la. Mas antes que eu girasse a maçaneta, entorpeci.

Vi algo mexendo-se lá embaixo. O coração explodiu.

Puta que pariu! Eu seria sequestrada mais uma vez?

Repensei mil vezes se desceria para averiguar ou não. Para todos os efeitos, haviam alguns seguranças do lado de fora.

Que porra, eles eram cegos do caralho que nunca viam alguém entrando?

Ah quer saber? Se alguém me levar, será muito melhor do que lidar com os três idiotas. Qualquer coisa seria melhor em comparação a um casamento por conveniência.

Desci apressadamente, conferindo se eu estava mesmo sozinha.

Tamlim e meu pai levaram Enrico ao hospital. Tinha quase certeza que seu nariz estava torcido ou quebrado. O rosto do meu irmão ficara irreconhecível. Era só sangue e cortes.

Azriel não pensou com clareza quando decidiu fazer aquela merda. Nós dois estávamos fodidos.

Ele assinou nossa sentença de morte e nem mesmo sabia disso.

— Pai? — falei, não tão alto.

Ninguém me respondeu.

Engoli seco, indo até as portas de vidro e contando até três antes de puxa-las.

Tudo bem morrer, né?

O vento invadiu minha casa, fazendo o lustre da sala tilintar. Minhas pernas não possuíam nenhum tipo de proteção contra o frio congelante. Envolvi os braços em meu corpo, na tentativa de aquecer-los, enquanto seguia para a árvore, embaixo da sacada.

Azriel: Guarda-Costas Onde histórias criam vida. Descubra agora