S/N POV
São 20:00 horas, consegui ter um dia produtivo, embora cansativo. Hoje em minha faculdade de empreendedorismo tive uma avaliação simples e acho que me saí bem, também consegui adiantar muita coisa na empresa então vou tirar o dia de folga amanhã. (n/a gnt eu n sei se toquei nesse assunto de profissão, mas se sim só ignorem. tanto o finn qnt a s/n estão fznd a mesma faculdade, para serem empresários, obviamente.)
Ao chegar em casa vejo o Nick e a babá no sofá escutando musiquinha, meu bebê que agora tem três meses está crescendo muito rápido. Ele ainda é pequeno, frágil... Mas dá trabalho de gente grande. Fraldas e roupas perdendo rápido, toda hora ele necessita de um remédio diferente, enfim. Mas nada disso importa, eu nunca pensei que gostaria tanto de ser mãe até ser mãe. Não irei mentir, se eu pudesse voltar atrás eu não teria engravidado, contudo, não me arrependo, mas ter um filho não é simplismente esperar os nove meses e parir. Vai muito além disso, é sobre responsabilidade e princípios, é sobre gastos excessivos e preocupações enormes. Mas também tem lá suas vantagens. A sensação de chegar em casa e ver um pacotinho de gente me esperando, com um sorriso doce nos lábios e o olhar mais puro e intenso de completo amor me faz pensar que dias melhores virão e ameniza meus problemas em 80%.
— Oi meu amor. – Pego o bebê dos braços de Esmee e o abraço forte, ele sorri fraco mas nem liga muito, logo leva seus olhos grandões e cantanhos a televisão. — Ele mamou? – Pergunto a babá.
— Não senhora. Eu tentei de tudo pra ele tomar a mamadeira mas ele deu um chororô, não sei se estava com cólica ou se é só dengo.
— Eu vou tentar alimenta - lo. O Finn está? Ele saiu mais cedo da empresa.
— Eu não o vi senhora.
Suspiro pesadamente.
— Tudo bem Esmee, pode ir. E amanhã tire o dia de folga, não irei trabalhar.
A babá assente, pega suas coisas e sorri antes de sair.
Vou até a cozinha com o Nick no colo, esquento o leite no microondas e volto a sala com ele. Nicholas ainda toma leite materno, mas eu prefiro retirar com a bombinha e deixar guardado já que eu não tenho tempo de amamenta - lo corretamente. Meus peitos agradecem.
Sento no sofá e levo a mamadeira até a boca dele, que reclama com uma cara feia.
— Vamos bebê, você tem que comer.
Continuo tentando mas ele começa a chorar e virar o rosto.
— Nicholas pelo amor!
Logo um choro chato e estressante soa pelo local, me levanto com ele e o balanço no colo tentando faze - lo parar de chorar mas o choro não cessa. Tento amamenta - lo pelo peito mas ele também vira o rosto e continua com a birra.
— Porfavor Nick... Eu tô uma pilha de nervos, vamos filho.
Aumento mais a musiquinha na televisão mas o choro parece que triplica.
— PORRA! – Arremesso o controle da televisão contra ela a quebrando imediatamente.
Sinto meu braço fraquejar e antes de deixar meu filho cair no chão, Finn chega.
— S/N.
Solto o bebê no colo de Finn e começo a chorar junto com o choro da criança.
— Mas que porra s/n! – Finn diz assustado, segurando mais firme o filho e tentando acalma - lo.
— Eu não aguento isso. É demais. – Falo sentada no sofá, as mãos no rosto e um choro de susto. Minhas mãos tremem e estou gelada.
Eu surtei de estresse e quase deixei ele cair. Meu filho quase caiu por culpa minha.
— Ele ia cair! E se batesse a cabeça no chão? Hm?
— Eu não tive culpa! – Grito.
— ELE TAVA NO SEU COLO.
— VAI ME DAR AULA DE COMO SER MÃE FINN WOLFHARD?? ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA?
— Onde eu tava?? EU FUI COMPRAR A PORRA DO TROCADOR QUE VOCÊ PEDIU!
Sinto minha visão ficar turva mas me mantenho de pé.
— Chega de gritar. Me da ele. – Tento pegar o bebê mas Finn desvia. — Ele tá chorando Finn!
— Você não será a pessoa a acalmar ele. – Meu namorado diz e então sobe as escadas, sem falar uma só palavra.
Sento no sofá e desabo. Eu sei que pode parecer besteira, talvez seja, mas eu me sinto extremamente impotente a cada briga com Finn. A gente não tem andado mais em harmonia, nossas brigas tem aumentado cada vez mais, sempre por bobagens que vão crescendo e crescendo e acabam assim.
Eu me sinto horrível, uma pessima namorada, uma péssima mãe e uma péssima pessoa. Quando eu acho que tá tudo bem as coisas só saem do meu controle sem que eu ao menos perceba.
NARRADORA ON
Você estava na cozinha preparando o jantar. Olhos inchados e rosto avermelhado, semblante triste, cansado.
Você estava cortando uns legumes e nem nota a presença de seu namorado.
— Ele dormiu.
Você olha para trás por um instante mas logo volta sua atenção para o legume.
— Certo.
Finn pega o pano de prato em seu ombro e começa a te ajudar com a louça.
— Amor... Eu... – O cacheado suspira. — Me desculpe. Eu não devia ter falado daquele jeito com você.
Uma lágrima teimosa escorre pelo seu rosto.
— Você tava no seu direito, o Nicholas podia ter se machucado, você só estava preocupado com o seu filho, como sempre. – Você sorri fraco.
— Não é só com ele que me preocupo, sabe disso. – Finn larga a louça e te abraça por trás. — Eu tô preocupado contigo, com a gente... Parece que nunca entramos em harmonia, sempre tem algum motivo pra brigarmos, eu não quero mais isso. – O suspiro dele em seu pescoço é suficiente para arrepiar teu corpo.
Você sente tanta falta do toque dele... Nem se lembra mais como é beija - lo, seus beijos ultimamente são frios, rápidos e sem gosto. Parece que nada vai voltar a ser como fora um dia.
Você se solta dos braços de Finn.
— Eu não sei se as coisas vão voltar a ser como foram um dia Finn, nem sei mais se somos um casal. – Você diz o olhando nos olhos e sai imediatamente dali antes que comece a chorar.
Continua...
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝘮𝘺 𝘣𝘦𝘴𝘵 𝘧𝘳𝘪𝘦𝘯𝘥'𝘴 𝘴𝘪𝘴𝘵𝘦𝘳 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶.
RomanceFinn Wolfhard, o popular pegador, o dono das piadas ruins da sala, o famosinho no interclasse e jogos da escola, o melhor amigo do seu irmão e o dono de seus devaneios e pensamentos impuros que você mesma se nega a aceitar que tem. S/n, uma garota...