we fell in love in october, hermione granger

capitulo XVIII - o aniversário esquecido

  [ 19 de setembro, segunda-feira ]

  Logo após sair da enfermaria, segui caminho até a sala do Professor Snape. Chegando lá, ele a Dumbledore discutiam, então achei melhor esperar na porta.

  Passaram-se menos de cinco minutos e ambos saíram:

— Senhorita Diggory, não havia visto você! — Diz Dumbledore, saindo da sala

— Aqui está ela, diretor — Diz Snape, saindo da sala logo depois do Dumbledore, com a mesma expressão desprezível de sempre

— A senhorita poderia me acompanhar? — Diz Dumbledore, calmo.

Eu concordo com a cabeça, confusa. Será que só aquela briga — que nem foi realmente uma briga — no corredor era o motivo de tudo isso? Andamos bastante, subimos vários lances de escada e finalmente chegamos na Sala de Diretor.

— Senhorita Diggory, ouvi boatos sobre você durante o dia todo, poderia explica-los pela sua versão? — Dumbledore se senta em sua poltrona e faz um sinal para eu me sentar na cadeira em sua frente

— Ah, diretor. Eu não... não acredito que os boatos chegaram até o senhor. Eu nem sei como explicar. — Me sento na cadeira, nervosa e preocupada

— Diga com as suas palavras, sua perspectiva.

— Tudo bem... Senhor, eu e os meus amigos fizemos um acampamento e... — Eu não conseguia falar, eram como se essas palavras não quisessem sair da minha boca — Eu e Hermione... nos beijamos.

Dumbledore dá uma risada gentil e sagaz. Digamos que eu não esperava essa reação, na verdade, eu esperava qualquer reação — até ser expulsa — do que essa.

— Eu... eu... Não me orgulho disso, entende? Eu agi com impulso e...

— Orgulho pra mim é lutar para ser quem eu sou em uma sociedade que tenta nos matar diariamente.

— Espera... o senhor é...

— Sim, Senhorita Diggory, eu sou gay.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, mas por educação, continuo falando mesmo estando perplexa com a afirmação feita anteriormente. Também me lembro que eu havia acabado de dizer que não me orgulho de ter beijado uma garota na frente de um homem gay, e ainda por cima ele ser o meu diretor.

— Me desculpe, eu não me expressei muito bem. Quero dizer, estou confusa, o senhor entende?

— Eu a entendo sim, pequena. Eu já fui jovem como você a alguns muitos anos, sei como o seu coração está confuso — Ele ri

— Ah sim, claro, o senhor me entende, mas eu não sei se sinto que isso é correto.

— Quando um homem heterossexual afirma que a homossexualidade é antinatural ou que não é correta, o que está dito na verdade? Que todos os seres humanos do planeta, se quiserem ser naturais e corretos, tem que ser iguais a ele? Minha jovem, não há cura para o que não é doença.

— Mas e se ela não gostar de mim reciprocamente?

— Ah, com isso acredito que não deva se preocupar. Eu vejo como ela te olha desde quando faltaram aquelas duas aulas e vieram na minha sala. Ela está perdidamente apaixonada por você, Diggory.

— Por Merlin! Como assim, senhor? Não que eu esteja dizendo que está errado ou equivocado, não é isso. Mas eu tentei falar com ela, acredito que ela não goste de mim, talvez não como eu goste dela. E, sem contar que, olhe a reação de todos por causa de um simples boato, imagine se namorassemos?