𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟲𝟮

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Ih, a desaparecida voltou, mas vcs nem sentiram falta nem nada 🥲

Penúltimo capítulo, se prepararem <3

𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

Levantei, e com as mãos trêmulas, peguei o bilhete que S/N havia deixado, enquanto, com a mão livre segurei com força a pulseira.

"Não se drogue por não ser capaz de aguentar a sua própria dor. Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo - (Jonh Lennon).

Ass: Aquela que está voltando para sua cidade."

Olhei para a pulseira em meu braço, o único sinal de que ela realmente esteve aqui um dia.

No mesmo instante a porta bateu no andar de baixo, desci as escadas correndo, com um fio de esperança.

Clint: Marcus.... – chamou-me, capturando minha atenção. - ...é uma pena. – negou com a cabeça. Meu corpo gelou. Ele já sabe. – Que não tenha ido se despedir de S/N. – suspirei, aliviado. – Mas, dormiu na casa de qual amigo ontem? – balbuciei um nome qualquer e voltei ao quarto, onde me escorei na janela, olhando o imenso céu.

Imaginei seus olhos. Que agora estão tão distantes de mim. Olhei de relance para a minha cama, ainda com os olhos marejados e notei um pequeno caderno que não havia notado antes. Abaixei-me para pegar e tirei o pó que tinha sobre a sua capa.

O diário.

O que eu pedi que S/N escrevesse.

Sequei o rosto com a manga da camiseta e sentei sobre a cama, abrindo-o. Toquei nas páginas, com uma saudade arrebatadora em meu coração.

E eu nem tive a chance de me despedir.

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

Encostei minha cabeça na parede do avião, coloquei os fones no ouvido e permiti que meu pensamento voasse com a música calma que soava.

Momentos, muitos deles, voltaram com tudo em minha mente, ainda que tenha passado por coisas ruins não trocaria por nada esse intercâmbio. Se chorei, sorri mil vezes mais. Se me perdi, acabei conhecendo uma parte de mim que sequer sabia que existia. Se errei, aprendi tantas coisas que é impossível numerar. Cada segundo foi válido. E é só eu recordar que a vontade de chorar volta, não sei como será meu retorno a Los Angeles, mas sei que certamente sentirei uma saudade absurda de Massachusetts. De Ginny e seus desenhos animados às sete da manhã, de Ellen e sua preocupação constante, de Clint e seu jeito tímido, porém protetor, de Max e todas as risadas que demos juntas e, ainda que uma parte enorme de mim esteja querendo que ele se exploda nesse momento, sentirei falta de Marcus, e desse amor enorme que descobri que carrego em meu coração.

Porém depois de hoje eu senti a necessidade de voltar, Marcus deixou bem claro que aquele não é meu lugar, que aquela não é minha família, ainda que tenha parecido.

E mais do que nunca eu preciso de um colo materno, de um beijo paterno, e abraços e desabafos com Dixie e Avani. Eu preciso apagar os momentos ruins e guardar somente os felizes.

Tirei os fones e prestei a atenção no filme que passava, recém-casados, no momento em que comecei a ver um de seus personagens falou a frase mais verdadeira e mais propicia ao momento:

"Você nunca vê os dias ruins em um álbum de fotografias. Mas são esses os dias que o levam de uma foto feliz até á próxima".

Agora é a hora de restaurar meu álbum, voltar ao lar e recomeçar minha vida. Uma vida sem Marcus.

𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

Página por página, letra por letra, rasgava meu coração. Lágrimas molhavam meu rosto, impedindo-me, diversas vezes, de conseguir ler. Algo que me faria bem até um tempo atrás, hoje é um martírio.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora