𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢 𝟰𝟳

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𝗣𝗢𝗩 𝗠𝗔𝗥𝗖𝗨𝗦

Meu coração bateu descompassado ao escutar as palavras serem ditas por ela, o sono magicamente desapareceu, aliás, nunca antes estive tão acordado. Nunca antes quis estar.

Olhei seu rosto, me praguejando por não haver decorado o movimento exato que seus lábios fizeram ao pronunciar tais palavras. "Meu amor", ela realmente disse, ainda que por impulso, não estou ficando louco.

Meu primeiro desejo foi de puxá-la pela nuca, beijá-la e faze-lá minha ali no meio do corredor, amá-la, somente isso. Porém eu sabia que era imprudente e o choque causado pelo fato de eu não esperar que ela dissesse algo assim me deixou paralisado.

Seu rosto ficou da cor habitual para essas situações, vermelho, o que acusou que as palavras ditas não foram meramente uma forma de falar com todo mundo, um apelido coletivo, como todos usam.

Ou eu ainda estou meio dormindo e fico viajando. Ela abriu os lábios para falar algo e eu já sabia o que viria a seguir, obviamente meus segundos calado a fizeram pensar que não gostei do que disse ou que sequer escutei.

S/N: Me desculpe. - bingo. Eu sabia. - Foi sem querer. - me olhou, confusa.

-Não, não fala isso. - coloquei meu dedo sobre seus lábios. Sua confusão aumentou consideravelmente. - Só... - tentei explicar. - ... Deixa eu pensar que falou isso vindo daqui... - coloquei a mão sobre o coração, para indicar

𝗣𝗢𝗩 𝗦/𝗡

No segundo em que ele falou a frase senti o impulso de me atirar em seus braços e agredir seus lábios com os meus, em menos de um piscar de olhos, minha mente processou todo o ato.

Meus braços envoltos de seu pescoço, nossos lábios colados, minhas pernas em volta de sua cintura... Arriscado, mas, sem dúvida, extremamente apetitoso. Me segurei. E só Deus sabe a força que tive que fazer para me manter quieta na minha.

Marcus esperava por uma resposta que eu não tinha. Para uma pergunta que ele não fez. Não sabia o que falar.

Marcus: Eu... - limpou a garganta, nervoso. - ... Vou acatar tua opinião e ir dormir. - levantou-se, esticando a mão para me ajudar a fazer o mesmo.

Assim que segurei-a uma corrente elétrica percorreu por meu corpo, quem visse de fora, certamente notaria as faíscas que saíam por nossos olhos enquanto nos encarava-mos.

Ele foi para o quarto, a um passo que eu quase o segui.

- ACORDA!!! – berrei, para Max.

Precisava de alguém comigo, estava enérgica demais.

Abri as janelas permitindo o sol entrar, ela colocou o cobertor até a cabeça enquanto resmungava.

Max: Vai tomar no teu cu. - murmurou. - Você e a porra do meu irmão parecem cúmplices, já que desde ontem estão interrompendo meu sono. - disse tudo com a voz arrastada, mas não brava. Certamente estava brincando. - E tem mais, eu fico um monstro quando não durmo minhas nove horas seguidas.

-Aguento o monstro. - aleguei, sentando-me.

Max: Só levanto com duas condições. - falou um pouco mais alto. - Primeiro feche a droga das janelas. - exigiu. - E segundo vá no quarto de Marcus e pegue o som que ele levou pra lá. - suspirou. - Preciso de música.

Aceitei as condições, já que ambas iam acabar me distraindo. Entrei no quarto pé por pé, notando que ele já dormia em um sono profundo. Sobre o rádio havia um papel que peguei junto com a pressa de sair dali sem acordá-lo. Curiosidade falou alto, a um passo que assim que deixei o quarto o peguei pra ler.

𝗢 𝗶𝗻𝘁𝗲𝗿𝗰𝗮̂𝗺𝗯𝗶𝗼 - 𝗠𝗮𝗿𝗰𝘂𝘀 𝗕𝗮𝗸𝗲𝗿 & 𝗦/𝗡Onde histórias criam vida. Descubra agora