Herdeiro das trevas

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Ethan e eu estávamos em choque, já Beliath não acreditava no que acabamos de ouvir.

Beliath: - Até onde sei meu pai está morto seu cretino! Como se atreve a vir até aqui me afrontar desse modo?

Drácula: - Eu deixei sua mãe Asmodée pensar que eu estava morto.

Beliath: - O que? Não sei de onde você conheceu aquele demônio, mas, vai ter o mesmo fim que ela!

Drácula: - Como eu temia você é igual a sua mãe e não me deixa escolha…

Eloise: - Espera aí seu miserável, você vem aqui despeja na nossa cara que é o assassino e o pai dele e tudo bem!? O que essas mulheres te fizeram para merecerem a morte?

Drácula: - Ah sim! Você deve ser o tal cálice que Neil me falou... Eloise não é?

Eloise: - Neil? O que você tem a ver com ele?

Drácula: - Tudo minha cara. Veja bem, depois que Asmodée tentou me matar e falhou eu passei séculos entre os mortais, me mantive nas sombras até ter força o suficiente para agir.

Beliath: - Já sei que minha mãe gosta de fazer vítimas, se você realmente é quem diz quero provas e seja rápido, pois, não estou vendo motivos para não terminar o trabalho dela!

Drácula: - Neil era um valioso aliado naquele tempo, me ajudou a escapar depois que sua mãe tentou fazer o ritual de sacrifício para obter minha força, ela quase conseguiu o que me deixou fraco e me abrigou a me esconder por anos.

Saber que Neil era amigo dele me fez temer pelo pior, mas, se quer derrotar seu inimigo conheça-o, então, o deixei prosseguir com a história.

Drácula: - Eu sabia que Asmodée estava a espera de um herdeiro meu, sua intenções quanto a criança eram evidentes desde o início…

Beliath: - Você sabia que ela iria me matar e mesmo assim permaneceu quieto todo esse tempo.

Drácula: - Sua mãe pensou que os ferimentos que me fez resultaram em minha morte, eu não podia deixar ela desconfiar o contrário, mas, sempre estive com olhos e ouvidos sobre você...meus morcegos espiões estavam em toda parte vigiando cada passo seu e reportando a mim.

Eloise: - Os malditos morcegos que tenho visto em toda parte…

Drácula: - Exatamente! Vi meu filho crescer e frustrar os planos da mãe ao se negar ser um Incubo, isso me deu esperança e tempo para agir.

Beliath: - Agir para que?

Drácula: - Um herdeiro do trono das trevas como você merecia um império e subalternos que fossem leais. Ou você pensa que sua vinda para cá foi mero acaso?

Beliath: - Eu escolhi vir para cá ficar longe da Asmodée, o que você tem a ver com tudo isso afinal?

Drácula: - Sou um vampiro milenar, o primeiro da raça, meus poderes de persuasão são fortes o bastante para induzir outros seres a fazer minha vontade e você não se exclui...te induzi a vir para cá anos atrás, para um lugar onde você teria quem o protegesse, mas, meus planos deram errado.

Ethan: - Do que você está falando velho decrépito? Até onde sabemos você não esteve aqui para ajudar ninguém, enquanto seu amigo tentou nos matar.

Drácula: - Neil era parte do meu plano e já pagou pelos erros com a própria vida, ninguém falha comigo e sobrevive, quanto a ajuda eu enviei vocês…

Ethan: - QUE????

Drácula: - Cada um de vocês, menos o jovem descontrolado foi selecionado muito antes de tudo isso. Aaron estava prestes a morrer quando seu misterioso salvador o transformou e desapareceu na noite, o aristocrata que pensou ter achado a cura para seu problema também foi obra minha, juntei os dois para tornar mais fácil a vinda para cá. Até você Kersantti foi cuidadosamente escolhido para estar no time…

Ethan: - Time?

Drácula: - Sim, meu filho teria os melhores combatentes ao seu serviço, o mercenário forte e determinado, um aristocrata para lhe ensinar um pouco de ordem e disciplina, um médico e o ceguinho depressivo, que embora sua condição sabe manejar uma espada muito bem pelo que me disseram, já o jovem descontrolado não estava nos meus planos, mas, para um governante todos tem sua utilidade.

Beliath: - Não fale assim do Ivan e dos outros, eles não são serviçais são meus amigos…

Drácula: - Claro que são! Porém, você não pensava assim no início não é?! Se achava superior a eles e teria continuado a achar se Neil não tivesse falhado.

Eloise: - Ele tentou matar seu filho...foi pra isso que o mandou?

Drácula: - Neil foi encarregado de achar um lugar onde meu filho pudesse estar seguro e o fez, mas, depois de seu último relatório ele simplesmente não fez mais contato. Soube depois que ele foi capturado pelos donos da mansão onde iria se instalar, não tive escolha a não ser hipnotizar o loirinho melancólico para vir até aqui e Neil fez o resto, eu o ensinei a induzir outros para o trabalho sujo e o resto da história vocês sabem como terminou.

Eloise: - Ele matou meus pais a mando seu.

Drácula: - Ele se defendeu e usou de outro para isso, minhas ordens eram que ele mantivesse o grupo na linha, os organizasse e controlasse para servirem ao ser superior, mas… Neil saiu do controle e quando soube sobre como ele se aliou a Asmodée só para ter uma vingança, já era tarde para agir…

Eloise: - O que isso tudo tem a ver com a gente agora? A Asmodée está morta e seu filho está bem aqui…

Drácula: - Eu jurei para mim mesmo que não deixaria meu filho se tornar um Incubo e falhei, a mãe dele era abominável e outra criatura como ela vagando sobre a terra é demais…e tudo porquê meu filho tentou proteger um calice insignificante!

Beliath: - Já basta! Se seu problema é comigo para que matar as mulheres?

Drácula: - Eu precisava da adaga dos espíritos, a mesma que fiz chegar as mãos do lobo ruivo, a arma que foi usada para matar sua mãe e seu calice tinha guardado.

50 tons de BeliathOnde histórias criam vida. Descubra agora