MEU CORAÇÃO APERTA

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SEI QUE OS CAPÍTULOS ESTÃO PEQUENOS MAIS QUIS SEPARAR BEM CADA ACONTECIMENTO DESSA RETA FINAL

Quando abro os olhos, percebo que dormi. Está tudo escuro. Vou até o quarto do meu filho e vejo tudo escuro. Acendo a luz e fico o olhando.

— Kalita! — minha mamma me chama chorosa.

— O que foi, mamma? — Meu coração aperta. — É o Fred? O que aconteceu com o meu traidor? — Não lhe dou tempo de resposta. Minha mente fica anestesiada com o medo de que ele tenha sido ferido ou coisa pior. — Mamma, onde está o meu marido? — pergunto temerosa.

— Aqui. — Fred aparece no corredor escuro.

Apresso-me em ir até seus braços e noto sua roupa encharcada. Acendo as luzes do enorme corredor e vejo que ele está banhado de sangue. Não desabotoo, e sim rasgo sua camisa em um ato de pavor, de medo que ele tenha levado tiros.

Fred segura meus punhos.

— Não estou ferido. Apenas estava torturando uns merdas. — Suspira. — É bom saber que ainda se preocupa comigo.

— Francamente, Fred Pasini, eu nunca disse que não te amo, e sim que é um cachorro safado. — digo irritada. — Olhe aqui! Se eu te perdoar e você sentir ciúme de qualquer outra ou defender alguém que eu queira matar, eu mesma vou te dar uns tiros, mostrar que serei a primeira senhora a se divorciar e sairei dando mais do que chuchu na cerca.

Fred segura meu queixo.

— Se não me perdoar, vai ter que ficar sem abrir essas pernas pelo resto da vida. Ou eu mesmo vou costurar sua boceta. — Bufa. — Não provoque meu ciúme! E sabe que eu nunca fiquei enciumado por aquela ordinária. Você conhece bem meus atos quando tenho esse sentimento.

— Se eu não te perdoar, pode apostar que se eu não puder mais dar, você também não comerá mais ninguém nessa vida.

— Crianças, podem parar com as ameaças! — Lorene pede com calma.

— Por que achou que eu estava ferido? — Fred pergunta coçando a barba.

— Eu vi a mamma chorosa, então deduzi isso. — explico rápido.

— Querida, eu estou chorosa porque nosso anjinho precisará permanecer na incubadora por mais dias, e eu sou uma nonna appiccicosa (avó pegajosa). Queria tê-lo aqui, agora, para ficar o mimando. Afinal, quem tem que educar é os pais, e não a nonna. — Ri alto.

— Estou ferrado. Vai ter fila de capetas na minha casa. — Fred reclama.

— Senhoras, não capetas. — corrijo.

Fred vem até o meu ouvido.

— Quando tiver gozando no pau ou louca pra foder comigo... — seu tom de voz sai como um aviso mortal. — E elas estiverem enfiadas aqui, não vai ficar feliz com essa invasão. — Vou para o banho.

(...)

Fred Pasini O Despertar Onde histórias criam vida. Descubra agora