Momentos dolorosos

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Por diversas vezes minhas pernas pareciam fraquejar tomadas pelo cansaço, mesmo assim fui até o complexo Pasini. Ao chegar na mansão do Fred tratei de comer feito uma doida, fui devorando tudo que encontrei na geladeira, e como não podia ser diferente tomei uma ducha no banheiro do Fred, sequei meu corpo com uma das toalhas preferidas dele, olhei aquelas toalhas prontas para o Fred usa, dei risada da minha ideia maluca e infantil e mesmo achando boba a ideia fiz, ou seja peguei a toalha que estava em cima crendo que seria a próxima que o capo usaria passei bem na xoxota e voltei a deixar a macia toalha no montante como se não tivesse sido tocada. Ele pode até ficar com outra, mas vai tá com o meu cheiro...depois de rir sozinha e vestida tratei de executar todas as minhas funções, passei dia preocupada comigo mesma, afinal os Pasini não tem uma segurança forte como aparenta e ninguém pode ficar seguro de aparências. Tô bem ferrada... cala e perdida nas minhas preocupações deixei tudo como o Fred gosta, me olhei e lá estava eu cansada com olheiras ainda sem saber para que lado levar minhas coisas e com medo do que aguardava por mim na casa da Oxana voltei até o banheiro luxuoso do Fred tomo outro rápido banho fiz o mesmo com outra toalha dele, dessa vez de rosto, depois deixei tudo como ele gosta, fui nua até a minha mochila imaginado como seria prazeroso se Fred, me flagrasse ali como vim ao mundo e nessa imaginação vesti uma lingerie toda de renda preta, uma calça jeans clara puída na frente das pernas e atrás na altura da papada da bunda, me olho e gosto como a calça fica bem justa no corpo retratando minhas curvas, optei por uma regatinha branca e como a noite se aproximava coloquei um corta vento, puxei o capuz no rosto, calceiminhas meias de unicórnio meus tênis de guerra, peguei minhas coisas e fui embora, mesmo sabendo que o capo iria fica uma fera resolver ir até a casa da mulher que me colocou no mundo e abandono, o que Fred não sabe é que uma ligação dela é sinônimo de problemas e não poderei arrastar ninguém para o antro que minha mãe chama de casa, sendo assim fui embora como cheguei, ou seja calada e preocupada com que me esperava ...

Senti meu corpo bem exausto, então fui sem pressa para o pavor que com certeza aguardava por mim...

Ao chegar lá fiquei na frente da velha casa tomando coragem para entrar, fico assim por alguns minutos penso em ir embora, mas o temor pelo fato de que ela poderia descobrir aonde estou trabalhando e que passarei a residir do medo que ela estivesse ferida fizeram minhas pernas entrar e ao passar da porta as lágrimas vem à tona vendo como a casa estava suja, ela caída no meio do próprio vômito, seus cabelos aparentemente dias sem lava, um pouco mais magra...

Choro aos soluços e entre lágrimas e temor tirei o corta vento, ajudei el a ficar em pé e novamente lá estava eu dando banho nela e por várias vezes minha mãe bateu com a minha cabeça na parede, puxou meus cabelos, chorei calada não revido já que nunca sei se ela sabe o que faz quando está...

Depois do banho levei ela até cama tentei vestir Oxana. O que ela não permitiu, então cobri seu corpo esquelético, olho ela e vejo apenas vestígio do que um dia foi uma mulher...do que deveria ser uma mãe...

Ainda chorando limpo tudo coloco suas fedidas roupas para lavar, e lembrando o quanto as senhoras Pasini são distintas... Assim preparei a sopa preferida dela e como de costume acreditando que um dia ela voltará a ser a mulher que ela diz que foi...

Deixo a mesa posta. Tomo outro banho rápido, visto a mesma roupa, e quando saio do banheiro ela tá ali parada com uma faca em punho, sinto meu queixo treme meus olhos arde, meu coração dispara...nunca vou entender o ódio dela por mim...minha mãe fala e as lágrimas voltam, sempre que ela fala fico esperando que seja uma palavra de amor, mas nunca é...

---- Seria tão mais fácil, acaba com quem me coloco nisso tudo. ---- ela diz e eu fico ali tentando entender uma mãe como a minha, quando ela dispara. ---- Tudo começo com você. ---- ela ponta a faca na minha direção. ---- Você Kalita é o ponto chave da minha desgraça.

Fred Pasini O Despertar Onde histórias criam vida. Descubra agora