Fred Pasini O Despertar

Fred com ciúmes

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Fred rosna, coloca nossas malas no banco de trás, entro na caminhonete. Não apago meu cigarro, o capo acende um charuto se acomoda no banco do motorista. Olho a caminhonete deixando o lugar, quem diria que chegamos tão felizes e agora mal olhamos um pro outro. Ele por orgulho de capo ferido. Eu por não ser tão stronza e começa a entender que Fred esconde coisas...e muitas...

O caminho foi um silêncio infernal, sem suporta mais aquilo tudo mandei mensagem pra minha irmã e ela não respondeu, aquilo me preocupo. Mandei mensagem pro irmão taradão e ele também não respondeu, então enviei uma mensagem pra minha mamma e ela fez o mesmo, ou seja, nem visualizo, preocupada liguei pro meu papá que não atendeu...fico incomodada com aquilo...penso se o beijo da morte não fez mal a eles. Isso seria o meu fim. Não perder ninguém que amo...saio dos meus preocupados pensamentos com voz do Fred quebrando o gelo.

-- Tá falando com quem? – Fred pergunta enciumado.

-- Não é da conta do capo. – Respondo acendendo outro cigarro, deixo meu celular do lado da minha perna quando Fred joga meu celular pra fora do carro. Olho pasma pra ele. Arqueio uma sobrancelha abismada com aquela atitude imatura. – Porque não mostrou como realmente é, antes, assim, teria dito não. – O capo coça a barba. -- Teria evitado tanto trabalho para todos, e sim mostrado a sua farsa como homem apaixonado. — O capo aperta as mãos no volante.

-- É minha mulher. – Ele frisa minha, em um tom possessivo. --- Sendo assim é da minha conta com fala ou deixa de fala. – Ele diz irritado.

Finjo que não ouvi nada. -- Poderia joga seu celular fora. –pego seu aparelho nas minhas mãos.

-- Não se atreva, tenho muitos contatos importantes aí. – Ele diz às pressas.

-- Não se preocupe, tenho dezessete anos mais não sou infantil como o capo. – Cuspo cada palavra. – Se quer teve a dignidade de chama até mesmo um veterinário, não tinha de trazer uma vadia. – Sinto o nó na garganta. – Uma puta que já foi do capo, uma puta que o capo ainda mantem na sua propriedade. — digo olhando a paisagem, suspiro.

-- Os pais dela são caseiros lá, o marido dela é o veterinário da fazenda, ela estava lá e você desmaiada. – Ele justifica. – Queria que eu fizesse o quê? – ele pergunta sem paciência. – Fui pra essa lua de mel acreditando que passaríamos dias felizes e olha como estamos.

Sinto uma náusea forte, jogo às pressas meu cigarro fora. – Chamasse o marido dela. – Fred dá um soco no volante.

-- Acha mesmo que ia permitir que outro a visse só de camisola? – ele pergunta com ira.

-- Não se importou que uma ex sua desse em cima do capo o tempo todo. Mais tá com raiva de mim porque mandei o capo a merda. É essa a verdade da sua raiva. – Sinto meus olhos inundarem. Só que faltava fica chorona depois de casada...respiro fundo afim de não chorar, tô gorda e chorona, irritada...o que será de mim? Vou virar uma orca estressada...e divorciada.

-- Já pedi para não faltar com respeito a mim na frente de ninguém. – Ele diz áspero. – Acha que alguém vai respeitar um capo que ouve desaforos da própria mulher? – ele pergunta e continua falando. – Um capo precisa mostrar que é respeitado e temido por todos. Já viu ou ouviu qualquer outra das senhoras Pasini, até mesmo sua irmã fala alto? Ou qualquer uma delas manda um dos senhores a merda? – ele pergunta chateado. —E não estou com raiva da minha morena, e sim da sua atitude.

-- Desde que me conheceu sabia que eu não era como elas. – Digo cabisbaixa. – Nunca escondi que sou o oposto da Micaela. – Engulo seco. – Respeito o capo, só que sou sangue quente e nunca vai conseguir fazer com que eu deixe de dizer o que estou sentindo, ou de expressar minha ira. Tava com ciúmes do capo. – Confesso. – Com raiva pelo capo ter uma ex por perto. Por não ter dado um tiro nela quando a vadia começo a se oferece. – Limpo uma lagrima que desse. – Com raiva por ter notado que o capo esconde coisas. – Fred leva a mão livre na minha perna e eu empurro. – Defendeu ela. – Digo irritada. -- Eu não ia matar sua queridinha, só quebrar os dentes dela. – Falo chateada. – Dei uma escolha a ela pelo filho dela, e ela escolheu viver, tenho palavra e nunca falho com essa. Sua protegida agora ia precisar de uma dentadura, mais ia tá lá esperando o capo. – Digo com tristeza, fico aliviada por ver que entramos no complexo.

-- Foi a única forma que encontrei para ela não conta que a minha senhora Pasini mandou o capo aqui a merda, mostrando total desrespeito, assim evitei que meus inimigos acabassem sabendo de algo e me vissem como um fraco. —ele explica rápido.

-- Não ia quebrar os dentes dela por mim, por ciúmes... um pouco confesso. Na verdade, isso vou acertar as contas com o capo. – Fito bem seus olhos. – Ia quebrar os dentes dela, porque mandei ela escolher os dentes ou a vida dela, e se escolhesse fica banguela era para não esquecer que o que ouviu deveria morrer dentro dela, ou eu voltaria lá e mataria até o cachorro dela. Não era por mim e sim pelo ego ferido do capo.—ele olha na minha direção totalmente incrédulo. – Ouça bem poderia ter contado que mantinha uma ex nas suas terras, mais escolheu não conto. Isso como um estalo me fez acreditar que esconde coisas, acontece que se esconde mais alguma coisa conte agora ou juro que nunca irei te perdoar.

-- Não escondo nada. – ele diz seguro de si. – Apenas não lembrava que ela morava lá com os pais. – ele explica.

Olho ele, suspiro fundo e saio da sua fina caminhonete. Fico assustado ao ver as senhoras correndo como doidas pra casa da minha irmã. Levo as mãos no rosto temendo que algo ruim pudesse estar acontecendo com elas. Antes que eu respire a Mapola passou chorando na direção da casa do Eric. Sem pensa em nada corro até lá antes passo por um segurança bato propositalmente em braço afim de sacudir seu paletó e roubar sua arma. Não queria saber se Fred estava vindo atrás ou não. Só entrei porta adentro com a arma em punhos. Fico chocada quando vejo os senhores ali tranquilos tomando conhaque e nada das senhoras.

-- Vai assassinar a famiglia sua bastarda? – Eric pergunta debochado.