No boyfriend - Beauany

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Any Gabrielly
13 de abril de 2020
Manhattan, New York

Popularidade é o que define Josh Beauchamp e seus amigos. Os galãs da Constance fazem qualquer um suspirar, todas as meninas babam por eles e isso só faz eles se sentirem mais superiores ainda.

Sabina é acostumada com isso, ela é amiga dos meninos e namora Jonah, para minha irmã isso é normal. Mas para mim não, é totalmente desconfortável sentir as pessoas olhando e julgando você e pior ainda é estar sentada ao lado de Josh na mesa de almoço deles.

- Aquele rebote do Bailey foi perfeito - o menino dos olhos puxados, que se chama Krystian Wang, diz.

- Mas a cesta de três pontos do Durant foi sensacional - Pelé González fala e joga o guardanapo sobre a embalagem de batatas fritas.

Fito Sina e Noah em uma mesa mais ao fundo da área de almoço. Os dois estão corrigindo o caderno da prova e discutindo as questões. Enquanto eu tenho que aguentar três garotos falando sobre basquete, já que Sabina e Jonah mataram a aula hoje.

Pego minha caneta e volto a anotar as questões que tive dificuldade na prova de física. Josh passa o braço pelo meu pescoço e olha minhas anotações, ele pega minha caneta e rabisca algumas contas no rodapé da folha.

- O resultado é 150N - ele diz e concordo com a cabeça.

- Eu sei, essa questão não está circulada porque eu sei que acertei - explico e ele suspira - as circuladas são as que não sei se acertei.

- Certo, deixa eu ver - coloco a prova no meio de nós dois e Josh começa a ler o enunciado - o Murray pegou pesado na prova.

- Pesado é apelido, ele tirou nosso couro - sou dramática e ele da risada.

- Não exagera Elly - ele me chama pelo apelido e sinto um calafrio - tinha que ter multiplicado e depois dividido.

- Mas eu fiz isso - argumento e Beauchamp nega com a cabeça.

- Você dividiu e depois multiplicou - ele garante e refaz a conta - dá esse resultado.

Refaço a conta mentalmente e chego ao mesmo resultado que Josh. Ele passa para o próximo exercício e começa a explicar o que fiz de errado nele.

- Dessa forma vocês dois realmente parecem um casal - Pepe comenta e toma um gole do suco de maçã, o qual já sei que é seu preferido.

- Esse é o intuito - respondo e fecho meu caderno e arrumo minha postura.

Josh percebe meu desconforto e tira seu braço do meu pescoço. Pego meu celular e mando uma mensagem para Sina, dizendo que ela e Noah são dois traíras por me deixarem sozinha com Josh e seus amigos.

- Se você não queria sentar aqui, era só ter falado - Josh cochicha no meu ouvido e sou pega de surpresa.

- Não tive muita escolha na hora - rebato e ele ri sem humor.

- Admito que não te dei escolha - ele diz - porém somos namorados agora.

- Namorados vírgula - digo olhando para ele - e temos que rever as condições agora que as coisas mudaram.

- Você tem razão - ele concorda comigo - amanhã depois da aula na minha casa.

Concordo com a cabeça e pego uma batatinha que está no meio da mesa. Os três me olham incrédula e engulo a batata na base do medo, será que tinha alguma coisa nela?

- Por que vocês estão me olhando assim? - pergunto tentando parecer descontraída.

- É que a Sabina nunca come as batatinhas - Krys explica - ela prefere aquela salada de fruta com um iogurte sem glúten.

- É granola e não salada de fruta - corrijo ele e pego mais uma batata - está meio na cara que não sou igual a Sabina.

- Ainda bem, senão nosso amigo Beauchamp ia ser chifrudo - Pepe brinca e fecho a cara na hora.

- Um relacionamento aberto significa que tanto a Sabina como o Jonah podem ficar com outras pessoas - digo brava - minha irmã não mete chifre em ninguém.

Me levanto da mesa e pego meus materiais, eles não podem falar mal da Sabina e acharem que tudo bem isso. Josh olha feio para Pepe e pega na minha mão enquanto ando para dentro da escola.

- Ele não tinha o direito de falar da Sabina daquela forma - murmuro brava e Josh assente.

- O Pepe é um idiota, nem liga - ele tenta amenizar as coisas - e você fica engraçada brava.

Paro de andar e solto da mão de Josh, se arrependimento matasse, eu já estaria morta por ter aceitado a proposta de Beauchamp. Continuo a andar sem ele e logo o loiro me alcança.

- Presentinho de Deus, me desculpa - ele pede gentil e dou risada com o apelido - você riu, isso significa que está tudo bem?

- Sim Jack - brinco e ele me mostra a língua - quarta você vai jantar lá em casa, a mando da minha avó.

- Ela não curte muito o seu cabelo né - ele pergunta meio na defensiva e assinto - bem, eu acho ele perfeito.

- Não é porque estou te pagando que você precisa elogiar o meu cabelo - digo e chego no meu armário.

- Então nunca mais vou elogiar nada em você - ele determina e se encosta no armário ao lado - quem é?

Ele aponta para uma foto minha e do meu primo Mikkel, que mora na Alemanha com meus tios. Mikkel e eu temos apenas alguns meses de diferença e somos bons amigos, tiramos a foto na última vez que ele veio para cá e eu adorei como a luz ficou no meu rosto.

- Meu primo Mikkel - respondo sem importância e coloco meu caderno dentro do armário e tiro meu livro de matemática.

- Depois da aula vou sair com o time de lacrosse, vai querer ir junto? - ele me convida e fecho meu armário.

- Tenho aula de redação de tarde e depois vou passar na Sina - informe ele que faz uma cara triste - você pode viver uma tarde sem minha amada presença.

- Como se nós se amássemos - ele é sarcástico e dou risada - posso pelo menos levar minha namorada de mentira até a sala de aula dela?

Concordo e ele pega na minha mão, é como se fosse uma corrente elétrica, meu corpo inteiro se arrepia com o contato de nossas mãos. Olho para Beauchamp que está calmo andando pelo corredor e cumprimenta algumas pessoas.

- Você acha que vamos conseguir mentir aqui? - pergunto baixinho para ele.

- Nós estamos super bem até agora e olha que foi apenas algumas horas - ele cochicha de volta - relaxa Elly, as pessoas vão acreditar.

- Se você diz - dou de ombros e chegamos em frente a sala de matemática.

- Agora eu vou te dar um selinho e você deixa um beijo na minha bochecha depois - ele me instruiu - somos o casal mais apaixonado da Constance.

O loiro coloca a mão na minha nuca e aproxima nossos rostos, seu lábio toca rapidamente o meu, mas consigo sentir como eles são macios. Faço como Josh mandou e deixo um beijo na bochecha dele.

- Te mando mensagem de noite - ele avisa e acena com a cabeça.

Molho meus lábios com a língua e dou um sorriso. Entro dentro da sala de matemática e o sinal toca na hora, me sento em uma carteira no meio e espero o professor e o resto dos meus colegas entrarem na sala de aula.

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Postando esses capítulos na vontade de Deus pq meu cllr quebrou...