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Any Gabrielly
25 de abril de 2020
Hamptons, New York

Quando eu era criança, costumávamos vir quase todo final de semana para Hamptons. Eu devia ter uns seis anos e Sabina sete, nosso pai passou um dia inteiro ensinado nós duas a darmos estrelinha na areia. Chegamos em casa tão cansadas que mal conseguíamos jantar, mas valeu toda a pena ficarmos sem energia.

Agora vendo as crianças correndo pela areia, percebo que aquele tempo doce e sem preocupações nunca mais irá voltar. Que nossa infância é tão única e tão cheia de vida, as vezes, gostaria de ainda estar na infância.

- Sua panturrilha está doendo? - escuto a voz de Josh perguntar atrás de mim.

- Não, só dói quando mexo a perna - conto um pouco tensa - obrigada por ter me levado no hospital.

Josh arrasta uma das cadeiras de plástico que estão no deque da lanchonete. Minha família está na praia, enquanto eu fico aproveitando a tarde sentada sem poder mexer minha perna.

- Fiquei com medo quando você não parava de gritar - Josh conta rindo - acho que nunca vi tanto sangue na minha vida.

- Para de drama Beauchamp, nem foi tanto assim - reviro os olhos e tomo um gole do chá gelado.

- Elly, será que podemos conversar? - ele pede receoso e viro minha cabeça para ele.

- Já não estamos fazendo isso? - pergunto irônica e agora Josh revira os olhos para mim.

- Você entendeu Any - ele murmura e assinto - sobre ontem, quero começar dizendo que nosso beijo foi tudo, menos um erro.

Abro minha boca para falar, porém Josh faz sinal para eu fechar ela e apenas escutar ele. Arrumo minha perna que está esticada em cima de um banco e presto atenção na feição do loiro.

- Depois que a Quinn me trocou por outro, eu venho evitando me envolver com qualquer menina - ele começa a explicar - e você me faz sentir coisas que eu não gosto.

- Você também me faz sentir coisas que eu não gosto - murmuro e Josh sorri.

- Quando você olha para mim, quando sorri para mim, quando você pega na minha mão, quando sinto a textura dos seus lábios no meu e até mesmo quando você me chama de Jack, eu fico sem ar - Josh conta tudo de uma vez - e isso me deixa louco Elly, eu não quero sentir isso, mas eu sinto.

Ele bufa e não consigo evitar sorrir, saber que tenho tanto efeito sobre um menino é incrivelmente assustador. Mas é o Joshua Kyle Beauchamp e isso torna tudo mais assustador ainda, porque é o Josh que tem efeito sobre mim.

- Eu adoro beijar você, Any, eu sou louco pela sua boca - ele fala sério - eu olho para ela e só quero beija-la, e seu corpo nem se fala, seus seios não saem da minha mente.

Sinto minhas bochechas esquentarem e tenho certeza que elas estão vermelhas. Josh traz a cadeira para perto de mim e pega nas minhas mãos, dando um beijo nelas.

- Você não é um erro Any Gabrielly Soares - Josh diz para mim - e se você fosse, eu iria mesmo assim, porque eu estou louco por você como nunca tive por mulher nenhuma.

Pego o rosto do Josh com as duas mãos e afundo minhas mãos no cabelo loiro dele. Por alguns segundos ficamos apenas olhando um para o outro, sem dizer nada, apenas escutando as nossas respirações.

- Lembra quando nos encontramos no Starbucks do Central Park para fazermos as regras e eu disse que não era para você se apaixonar por mim e você disse a mesma coisa para mim? - Josh assente franzindo as sobrancelhas - nós estamos quebrando essa regra né.

- Estamos e eu não me importo nem um pouco com isso - ele confessa - você se importa?

Desço minhas mãos para a nuca dele e aproximo o rosto de Josh do meu. Esfrego a ponta do meu nariz no dele e então pressiono meus lábios no dele, o selinho se evolui para um beijo de urgência. Terminamos o beijo com pequenos selinhos.

- Isso responde a sua pergunta? - arqueio uma sobrancelha e ele sorri feliz para mim.

- Se você quiser, pode responder novamente - ele brinca e dou um soquinho no ombro dele.

- Doeu quando você disse que tinha sido um erro - confesso para ele - nunca pensei que doeria tanto ouvir alguém dizer aquilo, mas doeu.

- Eu sinto tanto Elly, eu não queria magoar você - ele diz com sinceridade - na hora, se eu dissesse que foi um erro, eu não precisaria admitir que aquele beijo mexeu tanto comigo.

Coloco minha cabeça no ombro do loiro, que passa a mão entre as mechas do meu cabelo liso. Minha mãe e minha avó acenam para nós da areia e retribuo o aceno, mamãe ficou desesperada quando Corbyn contou para ela que estava no hospital. Priscila ficou uma hora apenas conversando com o doutor sobre os pontos e tudo mais.

- Josh, o que somos? - pergunto para ele.

- Namorados ué - ele diz simples e eu reviro os olhos.

- Estou falando de verdade, não sobre nossa mentira - explico e brinco com a pulseira no meu pulso.

- Bem, com certeza não somos namorados - Beauchamp diz e eu dou risada - o que acha de deixarmos rolar e depois que sua avó for embora, nós decidimos?

- Acho ótimo - confesso mais aliviada - então agora as regras acabaram?

- Acho que sim, elas não tem mais propósito - Josh da de ombros - ainda bem, porque agora posso beijar você quando eu quiser.

- Você vai querer com muita frequência? - provoco ele.

- Ah se eu vou - ele passa a língua em volta dos lábios - sua boca é como um oxigênio, não posso viver sem.

- Eu ia dizer a mesma coisa, porém nós dois sabemos que chá gelado é como oxigênio para mim - ele ri e beija minha bochecha.

- É para eu ter ciúmes do seu chá gelado? - ele brinca e faço que sim com a cabeça - então terei que duelar com ele pela sua mão.

- Só para você saber, minha torcida está para o chá gelado - entro na brincadeira - ele me satisfaz como ninguém.

- Não conhecia esse seu lado safado Presentinho de Deus - Josh olha chocado para mim - cadê a Any Gabrielly tímida que tinha medo até de pegar na minha mão?

- Não fui eu que me masturbei hoje de manhã pensando em um de nós - retruco ele que coloca a mão no peito - eu escutei seus gemidos tá.

- Você nunca vai esquecer isso né - nego com a cabeça - tudo bem, só fiquei excitado por ver esses seus seios magníficos.

Dou risada e volto a repousar minha cabeça no ombro dele. O dia ainda está de tarde, porém uma onda de vento frio está circulando pelo ar, deixando o clima mais refrescante. Inalo o perfume de Josh e dou um sorriso, porque agora eu estou na companhia do cara por quem estou me apaixonando. Só não sei se isso é bom ou ruim.

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voltei para alegria de uns e tristeza de outros, recentemente vem sendo muito puxado por isso a minha demora para atualizar a fanfic, tirando o fato que sou preguiçosa kakakak.

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No boyfriend - BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora