- VOCÊ É MUITO IMATURO! - reclamou a coelha jogando um pano de prato no loiro
- E você é muito mandona! - retrucou o loiro, rindo da cara irritada da coelha
- E vocês dois são escandalosos demais! - digo atraindo a atenção dos dois
Apenas a personag...
A minha amizade com o Keigo vem crescendo a cada dia que passa, e com ela a minha insegurança de que se o que eu sinto por ele é mesmo apenas uma amizade, ou se haveria a chance de ser algo a mais, e se por alguma obra do destino ele também... Se sentisse assim...
Fazia dois meses que eu estava trabalhando na agencia do Endeavor, não sei porque tem tanta gente que não gosta dele?!
Tá na cara que ele é só um cara muito fudido que não sabe como consertar as coisas e com isso se esconde atrás de uma grande muralha de gelo. Irônico não? Sendo que é a esposa dele que é a portadora dessa individualidade.
- Haru! - diz Bakugou atraindo a minha atenção
- Bakugou... - digo encarando seu rosto, completamente fria. - A quanto tempo...
- Precisamos conversar. - disse se aproximando de mim
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- Lamento Pro Hero Dina-Might, mas não temos nada para conversar. - digo me afastando mas ele segura meu braço
- Você acha que pode sair e entrar na minha vida como se eu fosse algum tipo de estação de trem? - questiono indignada
- Eu nunca parei de te amar... - confessou fazendo um nó se formar um minha garganta.
- E qual a diferença? - digo com os olhos cheios de lágrimas, por mais que tenha se passado três meses desde que nos separamos, e que eu inconscientemente tenha dado meu coração a outro... Cara, isso ainda dói! - Eu estava lá, você estava lá, e escolheu ela...
- Me desculpa Haru... - começou com aquela ladainha de novo.
- Não Bakugou e me solta! - digo tentando me livrar do seu aperto, não estou afim de usar a minha individualidade em um "colega" herói, mas se fosse preciso eu o faria.
Ele deve ter percebido o que eu iria fazer, pois me soltou no mesmo instante, porém como o meu corpo estava inclinado para trás eu acabo escorrendo.
E como eu estava perto da janela...
Eu cai...
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Sem sombra de duvidas eu iria morrer com o impacto, mas sinto meu corpo ser amparado no ultimo instante.
Ainda com os olhos fechados, eu entrelaço meus braços ao redor do pescoço da pessoa que me salvou, e rapidamente seu perfume de rosas, misturado com frango empanado chega a minhas narinas, me fazendo soltar um leve sorriso.
- Parece que eu resolvi te visitar bem na hora... - comentou com um sorriso brincalhão nos lábios
- Você tá sempre me surpreendendo. - digo afundando o rosto em seu pescoço, sentindo-o estremecer com a nossa proximidade.
Depois de alguns minutos no ar, ele volta comigo para a agencia de Endeavor, pousando sobre o terraço.
- Prontinho... Está a salvo. - disse com as bochechas coradas.
- Obrigada Keigo. - digo e o vejo corar mais me fazendo soltar uma risada.
- Do que está rindo? - questiona curioso como sempre
- Você é muito curioso sabia? - questiono e ele faz bico como uma criança emburrada. - Estou rindo das suas bochechas vermelhas.
- Não estão vermelhas... - reclamou virando de costas pra mim, me dando uma visão ampla das suas asas.
Como se elas de alguma forma me chamassem, eu me aproximei e com delicadeza as toquei, vendo o garoto a minha frente estremecer com o toque.
- São tão macias... - digo analisando-as cuidadosamente, como se fossem o tesouro mais precioso do mundo.
- O-O-Obriga-gado Ha-Haru... - disse entre gemidos, o que me fez sorrir e parar com o "carinho".
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- Você está bem passarinho? - questiono caminhando ao seu redor e parando a sua frente, a tempo de vê-lo completamente vermelho. Coloco minha mão sobre sua testa. - Você está quente...
- Eu não consigo mais aguentar... - disse me puxando para os seus braços, fazendo com que nossas testas ficassem coladas, a respiração dele era desregular e seus olhos dourados alternavam entre os meus olhos e os meus lábios. Ele começou a se inclinar em minha direção... O beijo era eminente, apenas fechei meus olhos e me deixei levar, porém ele parou no ultimo momento. - Me desculpa pequena. - pediu me soltando e começando a se afastar.
Eu não estava raciocinando direito, ou melhor, nunca estive...
