what if we are infinite? (whantasha)

Apresentação Natasha Romanoff.

Eu estou no meu quarto ouvindo Arcane com o som nas alturas enquanto um dos empregados da minha casa esta batendo na minha porta. Ja tenho plena ciencia do motivo, então nem me dou o trabalho de abrir. Meu pai provavelmente o mandou para pedir que eu diminuisse o volume, mas se ele quiser dar uma bronca na propia filha, ele levante o rabo do seu escritório e venha pessoalmente. Nao é como se ele estivesse do outro lado do mundo, estamos na mesma casa!

Meu nome? Natasha Romanoff, muito prazer. Eu fiz 17 anos recentemente, mas você ja deve ter ficado sabendo, meu aniversário ficou comentado por toda a cidade, para a infelicidade do meu pai. Mas me orgulho do meu feito. Consegui dar a maior e melhor festa dessa temporada de verão, e sem ser descoberta pelo meu pai enquanto planjeva. Mas sejamos francos, as melhores festas sempre são dos Romanoff.

Eu sou suspeita para falar, mas a minha família é uma das mais queridas da cidade. Mas é por um motivo bem específico, o meu pai é o prefeito. Então não somos conhecidos apenas por nossas personalidades fortes ou por algum talento. Não fiz por merecer tantas regalias, não fiz nada digno de me colocarem no pedestal em que colocam. So fui "sortuda" de nascer em berço de ouro. Livie, Antony e Natasha Romanoff, que sou eu, são só os filhos do prefeito que tiverem mais oportunidades que os outros. Somos nepobabys em seu mais puro estado. Queria que entendessem isso e parassem de me tratar como um ser sub-humano que tem que cumprir as expectativas de todos. Uma garota de 17 anos comum tem apenas que se preocupar em cumprir as expectativas dos pais, eu preciso cumprir as expectativas dos meus pais e de uma cidade inteira. Então você ja deve ter tido uma ideia de como minha vida tem sido desde que nasci.

Por ser filha do prefeito, sou muito cobrada em tudo que vá fazer, e isso me fez adquirir ansiedade desde cedo. E essas cobranças exageradas não me deram só uma puta ansiedade de presente, ja me fizeram entrar em um quadro depressivo, que foi quando conheci as porcarias que sou viciada até hoje. Comecei roubando uns remédios para dor do meu avô doente, depois cigarros, álcool e algumas outras drogas. Eu frequento os viciados anônimos hoje em dia, estou me cuidando e evito as drogas pesadas. Meu vício é um segredo guardado a sete chaves para a minha familia. Meu pai se preocupa mais com o sigilo dess informação do que com a propia informação. Ele ja imaginou como seriam os nomes das primeiras manchetes a serem divulgadas se caso descobrissem o meu problema. "Filha mais nova do perfeito é uma viciada", "Parece que o prefeito, Jorge Alejandro, não consegue controlar nem a propia filha. A nossa cidade está em pessimas mãos". Sempre que dou espaço ele inventa mais 10 possiveis manchetes. Acho que ele deveria investir na carreira de jornalista de fofoca, pois aparentemente sua criatividade para isso é enorme. Mas apesar de as vezes eu perder um pouco a linha e acabar sendo bem irresponsável, consigo ser bem discreta em relação aos meus problemas. Sempre estou um caos por dentro, e por fora eu só mostro a menina que todos querem que eu seja, a Natasha confiante e determinada que todos querem ver. Isso cansa, pois não posso ser vulnerável nunca, tenho que estar sempre intacta. Uma das únicas pessoas que sabem sobre meus problemas é o Clint, o meu melhor amigo irmão. Ele sempre foi muito sábio e me ajudava muito em momentos de crise. Sempre soube exatamente o que dizer, memo com seu jeito bruto, e sempre cuidou de mim. Porém ele foi embora da cidade com sua namorada, laura, que é uma das pessoas mais doces que conheço. Confesso que no início senti ciúmes do clint, mas depois eu o agradeci por colocar laura em minha vida. Eles dois eram a voz da sabedoria, mesmo sendo só 2 anos mais velhos que eu. Mas há 2 anos eles foram embora, e desde então, não tem sido fácil sem ele aqui. Eles foram cruciais na minha jornada de descobrir minha sexualidade e principalmente na hora de eu me assumir para minha familia. Eles são tipo minha base emocional. São os melhores amigos que eu poderia ter, junto com Pietro e thor que entraram na minha vida só na adolescência.

Bom, eu sou bissexual e falo abertamente sobre isso com a minha familia. Para a minha sorte, até os adultos com quem convivo(Minha mãe, meu pai e cida) trataram desse assunto com a maior naturalidade possível. Mamãe teve umas conversas comigo, a maior parte delas foram bem constrangedoras, mas gostei de ver que ela queria entender mais sobre e me aceitar como eu sou. Cida também nao entende muito sobre, mas diz que só quer que eu seja feliz. E meu pai? Bom, meu pai não está nem ai. Ele não é homofobico, para grande surpresa de todos, pois sua personalidade é de um típico homofobico de merda. Ele não se importou quando me assumi, só disse um "ok, faça o que achar melhor". Porém, desde que me relacionei com o Bucky, ele nao quer me ver com mais ninguém.