Sex Teacher

Conversas e caos

Hermione sentia-se a beira de um colapso ao fitar aqueles olhos tempestuosos que tanto sentia falta. Draco estava vivo. Vivo, em carne e osso, parado bem a sua frente, as mãos se abrindo e fechando enquanto a varinha de George apertava sua garganta, porém tinha os olhos focados nela. A boca da bruxa se abriu e fechou, queria dizer para George largá-lo, queria abraçá-lo, queria estapeá-lo, queria desesperadamente chorar. No entanto, permaneceu parada, entorpecida diante do turbilhão de sentimentos. E foi assim que permaneceu quando Harry decidiu prender Draco na sala ao lado, enquanto decidiam o que fazer.

- Não está mesmo considerando deixá-lo livre, né? - Rony argumentava.

- Não sei ainda, ele nos salvou de certa forma... - Harry diz passando a mão nos cabelos desgrenhados.

- Não confio nenhum pouco nos Malfoys, mas se diz que o garoto os salvou talvez valha um voto de confiança. É você quem decide, Harry! - Lupin comenta, Kingsley e os outros haviam saído com McGonagall para fortificarem o castelo.

Harry suspirou com a indecisão e Lupin deixou a sala junto com George e Fred, deixando que o trio tomasse a decisão.

- Hermione? - Harry se direciona a morena que tentava controlar as batidas de seu coração, as pernas travadas na frente do corpo enquanto sentava em um dos bancos do salão principal.

- E-eu... não sei. - A bruxa engoliu o seco. - Não sei se meu julgamento será parcial nesse momento, estou tentando pensar racionalmente...

- Está vendo, até Hermione acha que não devemos confiar nele! - Ronald diz exasperado.

- Não foi isso que eu disse. - Hermione respira fundo antes de levantar os olhos e fitar Harry. - Ele me salvou e não nos entregou para sua própria família, colocou sua vida em risco por isso...

Engoliu o bolo na garganta ao lembrar dos acontecimentos na mansão.

- Independente do que aconteceu entre nós... acho que vale o voto de confiança! - diz por fim.

- Então vamos libertá-lo, mas vamos ficar de olhos nele, de qualquer forma! - Harry diz suspirando, parecia mais cansado do que nunca.

- Eu o solto! - Hermione murmura.

- Vocês dois estão loucos! - Rony puxa os cabelos em ansiedade, mas logo se acalma e apenas balança a cabeça.

-Vou procurar a próxima horcrux, não temos muito tempo! - diz Harry se virando.

- Tome cuidado, Voldemort colocou sua cabeça a prêmio! - Hermione diz se levantando. - Vou estar atrás de você em um minuto!

Harry assente e deixa a sala com Rony em seu encalço.

Hermione se vira e fecha os dedos entorno da varinha de Draco que havia sido retirada. A bruxa respira fundo e caminha até a porta de madeira trancada que dá acesso a sala de troféus ao lado do salão, havia entrado ali poucas vezes, mas imaginava que estava empoeirado e frio. Parou em frente a porta e tocou-a com sua varinha.

- Alohomora! - murmurou. Um estalo alto foi ouvido e então a bruxa empurrou a porta devagar. Uma nuvem de poeira se estendeu em sua frente, mas antes que pudesse enxergar qualquer coisa, sentiu-o.

Draco passou os braços em torno de Hermione em um abraço necessitado e preocupado. Hermione se assustou a princípio, mas foi inevitável relaxar dentro de seu abraço. Não soube quanto tempo passou enquanto se abraçavam, mas ainda assim pareceu pouco demais quando Draco se afastou minimamente.

- Não temos muito tempo... - foi tudo o que Hermione disse e se xingou por isso, queria dizer tantas coisas.

- Hermione... - o loiro acariciou seu rosto e foi inevitável fechar os olhos ao sentir o toque. - Me perdoe, não existem desculpas no mundo capazes de justificar o que eu fiz, mas só queiro que saiba que não houve nenhum um minuto em que eu não quisesse ter ficado. Eu sinto muito!