O quarto estava escuro com a janela fechada, apenas um fino feixe de luz escapava por um buraco na cortina que a cobria. A cabeleira loira de Draco parecia refletir aquele feixe de luz, ainda que ele não percebesse. O loiro encarava estático a caveira e a serpente entrelaçados em seu braço. Apesar das perturbações em seu coração, sua mente estava vazia ao fitar a marca negra em sua pele, estava cansado de sentir tanto, tanta angústia, tristeza e dor dentro de si, então apenas esvaziou a mente e se deixou descansar em algum canto profundo de si.
Seu silêncio externo e interno foi interrompido pelo abrir brusco da porta de seu quarto. Seu olhar encontrou o de sua mãe e ele soube que algo muito ruim estava prestes a acontecer.
- Draco, venha! - a urgência na voz de Narcissa o despertou.
Draco estava acostumado a coisas ruins acontecendo pela mansão Malfoy todos os dias desde que chegara e encontrara Voldemort morando ali. Na verdade, acostumar era uma palavra forte. O loiro se escondia em seu quarto por todo o tempo que podia e, felizmente, o lorde das trevas não pareceu interessado em lhe dar outra missão suicida, ou qualquer uma. No entanto, nos últimos dias, Voldemort não aparecia tanto na mansão, o que mantinha sua mãe e ele mais calmos.
Caminhou ao lado da mãe pelos corredores longos e confusos da mansão tentando não se lembrar das coisas horríveis que viu nos últimos dias e do medo e aflição que sentiu todo o tempo. Draco certamente sabia que algo ruim devia estar acontecendo na sala de estar da mansão, era ali que geralmente tudo acontecia, as torturas, as mortes. Draco esperava encontrar tudo de ruim naquela sala ao adentrá-la, mas o que encontrou foi ainda pior.
Seu olhar encontrou o dela imediatamente e ele sentiu o desespero o preencher. Algo acontecia em volta, sua tia Bellatrix parecia dizer algo a alguns homens, enquanto sua mãe e pai parecia dizer-lhe algo. Draco não ouviu nada, somente ouvia o som do bater estrondoso de seu coração em urgência.
Ela não devia estar ali. Ela não devia estar ali. Ela não podia estar ali.
- Draco! - a voz estridente de sua tia o fez desviar o olhar.
- Draco, preciso que me diga se este é Harry Potter... - Lestrange se abaixou e agarrou os cabelos de um garoto deformado, que Draco não havia notado antes.
O loiro enfim percebeu tudo que acontecia na sala, Hermione e o Weasley estavam presos sobre o braço de um sequestrador desconhecido, mas não havia sinal de Harry Potter. Draco baixou o olhar para o garoto deformado a sua frente novamente e não teve dúvidas, aquele com certeza era Harry.
- Draco! - sua tia gritou mais uma vez.
- Eu não tenho certeza... - disse por fim, tentando ganhar tempo.
- Olhe atentamente filho. - Lucius se aproximou. - Se formos nós a entregar Potter ao Lorde das Trevas... tudo será perdoado. Poderemos voltar ao que éramos antes, ao normal.
A voz de seu pai o fez ter náuseas, mas apenas assentiu.
- Venha querido, se aproxime! - Bellatrix o puxou pela mão.
Draco se abaixou sobre os joelhos e fitou o único olho azul aberto do garoto a sua frente. Estava deformado e diferente, mas com certeza era Potter. Draco precisava fazer algo.
- Se chamarmos o milorde e não for quem achamos, ele matará todos nós. Precisamos ter certeza absoluta. - disse a tia.
- O que tem de errado com o rosto dele? - perguntou baixo.
- É, o que tem de errado com o rosto dele? - a bruxa perguntou aos sequestradores atrás de si.
- Já estava assim quando o encontramos, deve ter pego ao na floresta! - disse alguém.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Sex Teacher
RomanceDraco estava frustrado ao extremo. O motivo? Draco Black Malfoy era virgem. Sim, isso mesmo, virgem! E ele achava isso absurdo. Todos os seus "amigos" já tinham feito mais do que deveriam, mas ele, apesar de todas as garotas com quem ficava, nunca...