𝒗.

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Esse capítulo pode ter gatilhos para algumas pessoas!

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𝙾 𝚚𝚞𝚎 𝚎́ 𝚊𝚖𝚘𝚛?
Fʟᴀsʜʙᴀᴄᴋ ᴏɴ

UM GRITO ATRAVESSA o céu. Já aconteceu antes, mas nada que se compare com esta vez. A voz estridente fazia seus tímpanos doerem como se a qualquer momento fosse sangrar.

Sentia o lado esquerdo de seu rosto arder aonde a segundos atrás, a mesma mão que a acariciava, havia a batido.

Não poderia fazer nada, era a sua mãe, ela devia a vida por aquela mulher.

Pelo menos ela não sangrava como outras vezes que tinha que ficar banhada do seu próprio sangue, o vermelho cintilante. Sua cor preferida.

Aquele dia seria, para ela, o pior.

Lembraria dos gritos silenciosos, o desespero mudo que emanava pela casa, seu choro não foi escutado e o pedido de pare ignorado.

A escuridão a abraçando e a acolhendo como um manto quente, como sempre fazia, sendo uma ótima amiga. Sua única amiga.

O barulho da tempestade entrando em sua mente.

Ela gostava de tempestades. Elas a faziam lembrar que até o céu grita às vezes.

Mas tudo aquilo, infelizmente, não era uma novidade. Isso vinha acontecendo deis da expulsão de sua mãe do país das maravilhas, aos seus três anos. Se lembrava do dia com detalhes, talvez seja pela sua memória expansiva que a fazia lembrar de dias tão distantes.

Mesmo tendo apenas seis anos, a menina já era muito mais inteligente que muitos adultos. Havia aprendido a ler muito antes de andar.

Lia livros falando de tal sentimento chamado de amor.

Amor, uma palavra com vários significados, dita em várias frases, ouvida como uma melodia nos ouvidos de quem a recebe, feita para conseguir expressar um sentimento...

Poderia algum dia sentir como se não houvesse dias tristes? Ela sentiria as tais citadas borboletas no estômago? Sentiria o amor eterno?

Ou apenas o amor de mãe que as páginas descrevia como acolhedor, eterno e seguro. Palavras que nunca descreveria o relacionamento com sua mãe.

Claro que não. Vilões não recebem amor, se acostume com isso.

Era o que a Lilith de 16 anos falaria.

Mas para a pequena e delicada Lily, aquela era a forma de sua mãe tentar mostrar amor.

Sua mãe não era o problema, ela era.

Se não fosse por ela, sua mãe não estaria trancafiada nessa ilha.

Se não fosse por ela, sua mãe ainda governaria o Pais das maravilhas.

Se ela não tivesse nascido, nada daria errado no plano sobre governar o mundo da sua mãe.

Ela não culpava sua mãe por fazer o que fazia com ela, a culpa era dela.

Era assim que a garota pensava, sua mãe a fazia acreditar que era a culpada. A ruiva era pequena demais para entender que nada daquilo era sua culpa.

E assim como foi com Hades, a consequência das ações dos outros foram todas jogadas em cima dela.

Ela já foi tão alegre quanto a Eufrosina, ela já teve tantos amores não correspondidos que até já confundiram ela com Anteros.

Ela já foi tão radiante e brilhante como Hélios mas aos poucos sua luz foi se apagando, e agora seu brilho era misterioso como o de Selene.

Sinceramente o tempo nunca cura tudo, você apenas se acostuma com tal situação ou dor.

E toda vez que alguém toca no assunto, você finge não ligar, mas você sabe que aquilo ainda te machuca muito...

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|Se houver algum erro,
irei corrigi-lo.|

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@EkhoSmerti


Dσ συтяσ lαdσ dσ bαяαlнσ  (PAUSADA E EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora