𝒊𝒗.

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𝙰𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚞𝚖 𝚋𝚘𝚝𝚊̃𝚘

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𝙰𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚞𝚖 𝚋𝚘𝚝𝚊̃𝚘

ESTAVA ANSIOSA mas não deixava transparecer em sua máscara congelada no puro desinteresse. Esconder pensamentos, sentimentos, detalhes, ações, aflições, lágrimas. Era a mestre na arte de ocultar.

O problema é que esconder sentimentos, não faz com que eles desapareçam.

- Vamos começar essa festa.- É tudo que a ruiva ouvirá Jay falar antes de se despedir de seu pai e de pegar sua única bolsa de couro, saindo daquele lugar.

- Adeus, Jafar.- Lilith faz um toque estranho com o vilão que de todos os pais, ele era o mais próximo.

- Boa sorte, lírio.- O ladrão observa os cabelos de fogo sumirem ao sair pela porta. Não queria ter de ver novamente, despedidas fúteis e vazias, sobre a dominação do mundo. A limusine estava pronta para partir da ilha.

- Até que enfim! Se demorassem mais um pouco encontrariam só as rodas da limosine.- Lilith encara Jay de maneira sarcástica, ao ver um platinado ofegante entrar no carro- por ter corrido de sua mãe que gritava logo atrás-, seguido por Evie. Mal é a última a entrar no veículo, e os berros começam.

"Traga o ouro!"- Jafar começa.

"Traga o filhote!"- Cruella da um grito estridente.

"Traga o príncipe!"- Completa a Rainha má.

A ruiva revira os olhos, cruzando os braços na altura do peito. Carlos e Jay começam a brigar por um tipo esquisito de doce que a ruiva tevê receio de comer, mas a curiosidade matou o gato afinal, aquilo parecia extremamente bom.

Estendeu a mão puxando algo azul cristalino, provalvelmente feito de açúcar, de dentro de um pote. Era extremamente bom, puxou mais alguns para seu bolso enquanto Carlos e Jay começam a brigar de novo por conta dos doces.

Evie começa a falar de como Mal não estava muito atraente, enquanto tentava passar maquiagem em suas bochechas, mesmo que a outra dissesse para parar e deixá-la pensar.

Mas a Iracebeth apenas pega um livro em sua bolsa já que nem mesmo os objetos estranhos e diferentes daquela limusine pareciam chamar sua atenção. Suspira fitando o livro em suas mãos que já havia lido tantas vezes que já soubera as frases prontamente e ignorando a todos.

(...) Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei muitas vezes desde então. (...)

Lia as palavras na folha desgastada de seu livro, palavras confusas de mentes inteligentes e malucas. Isso a fazia se conectar com aquela personagem que banhava em sua própria loucura.

Pensamentos inundaram sua mente, perguntas sem respostas de uma mente ansiosa.

Passará a vida toda presa naquela ilha.

Dezesseis anos.

Presa por uma barreira.

O que esperar daquele novo mundo?

- Olhem!- Evie grita a fazendo voltar brutalmente para a realidade. A garota observava apavorada por entre a pequena "janela" que se abriu, dando visão de onde estavam indo.

- É uma armadilha!

Todos começam a gritar olhando a ponte no qual os levavam direto para o mar, o lugar onde provalvelmente morreriam, ela nem sabia nadar. Uma luz dourada e estranha erradia por segundos.

- O que foi isso?- Carlos, no qual em um momento de desespero, estava quase no colo do amigo, se afasta de Jay.

Magia...

- Deve ser magia!- Evie fala animada e no seu bolso Lily sentirá seu baralho mexer, de maneira diferente.

Magia...

Repetirá a garota. A palavra ecoando em sua mente como um mantra. Ela nunca conseguia usar a magia na ilha ou fora de seus sonhos, a barreira da fada madrinha não permitia. Mas era a melhor em jogos envolvendo cartas. Na verdade, ela era a melhor em qualquer jogo de azar ou intelectual.

Até o ar dali parecia diferente, era como se um cheiro adocicado estivesse ali, talvez fosse o cheiro de magia. Era um pouco enjoativo, mas logo se acostumaria.

- Estamos atravessando a ponte?- Lilith observa Mal que já a encara séria. Com o tempo elas já se comunicavam pelo olhar, todos eles. Era uma consequência de tantos anos em união.

- Ei, esse botãozinho acabou de abrir a barreira mágica?- Mal perguntará, incrédula ao motorista. Já que antes do breve susto que haviam tido, a de cabelos roxos havia apertado o botão curiosamente.

- Não, esse botão abriu a barreira mágica.- Levantando um controle dourado em suas mãos, o homem responde levemente rude.- Esse ai abre minha garagem.

- Valeu, homem de preto.- A ruiva revira os olhos sarcástica.

- E esse botão.- o de terno continua fazendo todos ficarem curiosos ao que aconteceria após apertado, mas o botão apenas fechará a janela impedindo que fizessem mais perguntas. A Iracebeth arqueia as sobrancelhas incrédula.

- Tá bom, cruel.- Mal ri.

- Eu gostei desse cara.- A cabelos de fogo responde divertida ao encostar no banco de couro macio.

Olhando para baixo, encontrou seu livro que se encontrava no chão. O pegou e guardou em sua bolsa.

Dezesseis anos numa ilha que poderia ser aberta por uma merda de botão.

Que reconfortante.

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|Se houver algum erro,
irei corrigi-lo.|

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@EkhoSmerti


Dσ συтяσ lαdσ dσ bαяαlнσ  (PAUSADA E EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora