Not Happening - Larry Stylinson

Capítulo 15

As semanas que antecedem o feriado são estressantes para todos, até mesmo para Harry, aparentemente. Liam tem passado tanto tempo quanto Louis na biblioteca, e eles não são os únicos. Está mais lotada durante as semanas das provas e feriados do que pelo ano todo. Até mesmo Zayn se ajeita numa cadeira na mesa deles duas vezes, e em uma única ocasião, Harry também.

Louis e Harry também fodem. Muito. É como se eles tivessem concordado silenciosamente à sugestão de Harry para se pegarem em vez de brigar, o que na verdade não é uma boa ideia. A coisa ruim (ou talvez seja boa, mas Louis se recusa a pensar dessa forma) sobre isso é que os dois sabem como provocar um ao outro facilmente. Eles também sabem como irritar, como manter o outro daquela forma. E é como se eles fizessem isso de propósito agora. É como se eles irritassem um ao outro só para terem uma desculpa para arrancarem as roupas. Uma vez foi porque Louis virou as páginas alto demais enquanto ele lia; outra vez foi porque Harry deixou a porta do quarto destrancada. Eles não têm nem desculpas válidas a esse ponto. Eles só brigam por motivos idiotas, e inevitavelmente termina com os dois suando, sem fôlego e nus.

O que não está exatamente ajudando o estresse de Louis, porque ele perde mais tempo sem roupa com o Harry do que ele pode.

A única hora que eles parecem relaxar, de fato, é na aula de arte. Eles foram de desenhos para esculturas, e é divertido. É ridículo também. Louis vai embora todo dia com argila embaixo das unhas, e até mesmo a presença de Harry não o abala. Não quando ele é o artista mais sem jeito que Louis já conheceu.

Desenhar definitivamente não era algo para Harry, mas esculpir também não é. É quase cômica a forma como ele é ruim. Só que Louis sente dó, só um pouco. E ele se encontra oferecendo ajuda com a escultura, embora ele não saiba porquê. Harry o mostra o que ele está tentando fazer, e Louis tenta mostrar a ele o que ele faz errado.

Só que Louis também não tem jeito para esculpir também. "Isso parece pior do que quando começou," Harry provocou em uma das vezes que Louis tentara ajudar. "O que é isso?"

"Você disse que deveria ser um esquilo," Louis argumentara. "Parece um esquilo!"

"Parece um pênis," Zayn se intrometera. "E eu saberia, já que eu realmente estou tentando esculpir um pênis."

"O meu parece um pênis também," Liam acrescentara. "Mas é porque deveria ser uma banana."

"Você acabou com a minha escultura, Louis," Harry zoara. Ele beliscou a cintura de Louis também, e Louis se contorcera como uma garotinha antes de afastar as mãos dele.

"Olhe para eles flertando," Zayn dissera. "Awn."

Depois disso, Louis parou de oferecer ajuda. E eles eventualmente foram de escultura para pintura. Sem surpresas, Harry é tão terrível em pintura quanto ele é em todo o resto. Louis, por outro lado, é bom em pintura. Bem, não bom. Mas ele é melhor nisso do que todos os outros sentados com ele. O talento artístico de Liam aparentemente é limitado para desenhos; Zayn desistira de tudo na segunda semana; Harry coloca mais tinta nele e na mesa do que na tela, e o que ele faz com a tela é uma bagunça. Meio que parece que uma criança fez, na verdade.

Antes de Louis perceber, as aulas estão chegando ao fim. É a última aula oficial, a instrutora está em pé na frente da sala e agradecendo a todos por terem participado, e então explica o que vai acontecer em seguida. "Vocês têm até terça para completar uma única obra. Vocês estão livres para usar qualquer tipo de meio que usamos em sala. Na manhã de terça, vamos nos encontrar aqui, cada um de vocês com a obra completa, e nós vamos montar uma pequena galeria para todo mundo que virá à festa de Natal, para a qual todos voas estão convidados. Mais tarde, daremos a oportunidade de os convidados ofertarem pelas suas obras. Vocês podem ofertar também, por qualquer trabalho que não pertencem a vocês. Depois, a pessoa que tiver a peça mais ofertada vai ganhar um pequeno prêmio. Alguma dúvida?"

Zayn ergue a mão, e ela assente para ele continuar. "Que tipo de prêmio nós estamos falando? Tipo, dinheiro, ou é um vale-cinco dólares para usarmos na cafeteria do campus?"

"Essa é uma boa pergunta, Zayn." Ela sorri abertamente para todos. "O prêmio será dois ingressos para um filme, pipoca, bebidas e doces no cinema daqui, assim como uma cesta de guloseimas. Alguma outra pergunta?"

Algumas outras pessoas erguem a mão, mas Louis entra em outro mundo, ocupado demais olhando pela janela. A neve cai em flocos grandes, e ele sorri. Ele pode odiar o frio, e o inverno, mas ele não pode negar que a neve é bonita. Enquanto ele estiver olhando para ela de um lugar quente.

"Você decidiu o que você quer fazer?" Harry sussurra para ele.

Louis pisca, desviando o olhar da janela. "Pintura," ele responde automaticamente. "Eu acho."

"Pintura do que?" Harry pressiona.

Louis pensa. Ele tivera uma ideia vaga por semanas, mas ele não tem certeza do porquê. Não é nem uma boa ideia. É tão idiota, mas ele não consegue não pensar nisso. "Nosso quarto, eu acho," ele diz, porque ele sabe que ele não será capaz de fazer mais nada. Não com a forma como isso tem o irritado desde a primeira vez que ele pensou nisso.

"Nosso quarto," Harry repete. "Huh."

"E você?"

Harry encolhe os ombros. "Não faço ideia," ele diz. "Eu meio que sou horrível em tudo, sabe? De qualquer forma será ruim."

"Você não--," Harry o lança um olhar significativo e ele corta. "Okay, você é horrível."

Harry não parece nem ofendido. Ele só encolhe os ombros e ignora, provavelmente porque os dois sabem que isso é verdade, e não tem como discutir.