Capítulo 28

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"Você poderia ter falado pra ele que não," Niall aponta. "Você não precisava ignorá-lo."

Algo que Louis está rapidamente aprendendo sobre Niall, nesse curto período em que ele se intrometeu no trio de Louis, Zayn e Liam, é que ele não é tão ingênuo quanto Louis pensava. Na verdade, Niall parece ser, possivelmente, mais atento a tudo do que qualquer um deles, vê diretamente o que é babaquice. E ele não ficou com medo de alertar Louis sobre isso, infelizmente. Não que Louis não goste dele, porque ele gosta. Muito. Mas ele gosta de viver no seu mundinho feliz de negação. 

"Mas o que eu deveria dizer, então?" ele questiona. Ele está no chão do quarto de Zayn e Liam, sendo que os dois estão na cama de Liam brincando de palavras cruzada e Niall jogado na cama de Zayn com um pacote de batata. Louis se pergunta, distantemente, por que Niall não está com Harry. Harry provavelmente sente falta do melhor amigo dele, agora mesmo, e isso quase faz Louis querer brigar com Niall por abandoná-lo. Mas ele tem um pressentimento de que há um motivo para Niall estar com eles e não com Harry, e ele não vai perguntar qual é, então ele deixa pra lá.

"Uh, obrigado, talvez?" Niall sugere. "É educação, cara."

"Eu nem sei por que ele me deu aquilo." Louis resmunga.

Isso tem fodido com a cabeça dele a semana toda. A (agora vazia, Louis não conseguiu se controlar) caixa ainda está na gaveta da mesa, e todo dia, em algum momento, ele vai abrir a gaveta, ver, e isso vai confundi-lo de novo. O que Harry quer? Que tipo de jogo é esse? Guerra psicológica? Ele está bravo com Louis por ter se afastado, e agora ele está fingindo ser legal só pra foder com ele de novo?

"Porque ele está apaixonado por você, idiota."

"Idiota!" Zayn diz em voz alta. "Três na vertical, duas na horizontal."

"Eu tenho quase certeza de que a palavra idiota não é usada em palavras cruzadas," Liam diz pacientemente. "Eu acho que a palavra é infundir."

Louis os ignora para olhar confuso para Niall. "Porque você diria isso?" 

"Diria o que?" Niall pergunta. 

"Que Harry está— que ele—," Louis move a mão, incapaz de repetir as palavras. 

"Apaixonado por você," Niall completa. "Porque ele está, talvez? Quer dizer, Louis, qual é. O cara terminou com a namorada dele por você."

"Não." Louis balança a cabeça firmemente. "Ela largou ele porque ele a traiu."

"Com você," Niall o recorda. "Mas não é por isso que isso aconteceu. Ele disse depois que terminou com ela, porque ela perguntou a ele por que não estava dando certo, e ele disse que estava com outra pessoa e ele não se via capaz de ficar longe dessa pessoa, e ele não poderia ficar com ela se não estivesse sendo fiel."

Louis massageia as têmporas. Isso é demais. É— é demais. "Não é verdade." ele nega.

"É sim," Porque parece ser o objetivo de Niall, aparentemente, não deixar o Louis em paz. "Aliás, poesia ou flores?" 

Toda essa conversa faz a cabeça de Louis doer. "O que?" 

"Se alguém quisesse te dar algo, você preferida poesia ou flores?" Niall elabora. 

"Eu— eu não faço ideia," Louis diz. "Poesia? Eu não— de onde veio isso?"

Niall encolhe os ombros e enche a boca para evitar responder, e Zayn ri baixo do outro lado do quarto. Liam olha para eles três com um olhar chateado, mas ele desvia o olhar para o jogo antes de Louis poder perguntar o que esse olhar quer dizer.

Louis afasta aquela pergunta estranha para pensar em outra coisa que Niall disse Sobre Harry possivelmente... mas, tipo, não pode ser. Certo? Harry não pode estar apaixonado por ele porque— por que ele estaria, de verdade? Louis não tem sido nada além de um idiota com ele, sempre. E mesmo que ele fosse legal com Harry, Louis não tem nada de mais a oferecer a alguém. Especialmente alguém como o Harry, atraente e popular. Que poderia escolher candidatos melhores para o amor dele. Mas—

Tanto faz. Louis não vai mais pensar sobre isso; se ele pensar, ele vai enlouquecer. Então ele volta para a sua Caverna de Negação, onde ele vai viver dias mais felizes até as aulas acabarem. E então, no ano seguinte, ele vai garantir que seu colega de quarto não será Harry, e ele nunca, jamais, verá Harry de novo. Vai ser ótimo, ele pensa, e se seu estômago revirar só de pensar em fazer isso, bem, ele vai ficar feliz em negar.


Not Happening - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora