Estar em casa, para Louis, é como poder respirar de novo. Mesmo que o caminho para casa não tenha sido muito prazeroso. Quatro horas no carro sozinho com Charlotte e as músicas de merda dela, e ela mandando tanta mensagem de texto que Louis tem que confiscar o celular dela porque é ilegal e perigoso, não é ideal para ninguém. Mas assim que ele chega em casa, sua mãe o abraça e isso compensa todo o resto.
Ele também consegue dormir. Não importa quão confortável ele esteja no dormitório, não é a mesma coisa que estar na sua cama. Ter um quarto todo para ele. Sem Harry roncando ao lado dele. Abençoada, feliz, maravilhosa, completamente sozinho. Ele não consegue imaginar nada melhor.
É o que ele diz para si mesmo, ao menos, mas isso é a primeira noite, mesmo que ele não chegue em casa até uma hora da manhã, ele fica deitado por horas, o silêncio no quarto sendo sufocante.
"Como foram as provas?" sua mãe pergunta no café da manhã.
Louis boceja e toma um gole do café, infinitamente melhor do que aquilo que servem na cafeteria do campus. "Melhor do que eu pensava. Ainda estou estressado por causa disso, mas eu acho que fui bem."
"Claro que foi," ela diz, meio que orgulhosa e sinceramente convicta, do jeito que apenas uma mãe consegue ser. "E como estão seus amigos? Os dois que você me falou."
"Loucos," Louis diz, sorrindo para o café. "Mas ótimos. Talvez eles venham nos visitar nesse verão."
"Eu adoraria." Provavelmente porque Louis nunca trouxe alguém pra casa. Exceto Max, uma ou duas vezes, mas eles sempre ficavam no quarto, e ele nunca quis conhecer a família de Louis, não importa quantas vezes Louis o implorava. O que, olhando para trás, não é tão surpreendente.
Como ele sempre faz, Louis se recusa a permitir que essa linha de pensamento vá muito longe. Ele corta o pensamento, para, e esquece que Max esteve presente em sua mente.
"E o seu colega de quarto?" sua mãe continua. "Vocês dois estão finalmente aceitando as diferenças?"
Se aceitar as diferenças significa foder o ódio um do outro até Louis acidentalmente começar a desenvolver sentimentos por Harry, sentimentos que ele não quer ficar se lamentando porque isso o deixa mal, então sim. Eles aceitaram as diferenças, sim. "Algo do tipo." Louis murmura.
"Fico feliz por ouvir isso," sua mãe diz. "E eu estou feliz por você estar em casa."
"Eu também," Louis admite. "Muito feliz."
Ele e sua mãe são sempre os primeiros a levantar, mas não leva muito tempo até suas irmãs descerem pelas escadas, coçando os olhos por causa do sono. Seu pai já está no trabalho, mas ele vai voltar mais tarde. E os quatro passam a manhã e a tarde, primeiro tomando café da manhã, então fazendo algumas compras (Louis se oferece para ir, só para sair de casa e fazer alguma coisa), e então Fizzy o arrasta para mostrá-lo alguns de seus trabalhos da escola.
À noite eles ficam na cozinha, ajudando sua mãe a cozinhar, e então à mesa, num grande jantar de família do jeito que eles sempre fazem. Depois o pai de Louis o convida para assistir jogo, e Louis o pede para explicar futebol americano para ele (o que ele faz, mas Louis ainda fica perdido).
Quando ele vai pra cama à noite, ele fica deitado, acordado por horas, até eventualmente ele pegar um de seus livros. Quando ele dorme, é com as luzes acesas e o livro aberto em seu peito.
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Not Happening - Larry Stylinson
FanfictionLouis e Harry são colegas de quarto. Eles se odeiam. (Na maior parte do tempo). ⚠️ - Essa fanfic >não< é minha. - A autora original é scottmcniceass no ao3. - Tenho autorização da autora para traduzir e adaptar.