Capítulo 25

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Harry tranca a porta assim que ela sai e fica virado por um bom tempo. Quando ele finalmente se vira, ele tem uma expressão em seu rosto que amedronta Louis de verdade, por um momento. Ele e Harry brigam muito, mas Louis nunca achou que Harry fosse bater nele mesmo. Mas por um segundo, ele acha que isso pode acontecer. Ele pensa que um deles realmente foi longe demais, os levando ao limite.

Harry cruza o quarto e suas mãos seguram a camiseta de Louis. Louis fecha os olhos, esperando por isso, mas Harry o puxa para si. E então... nada.

Louis abre os olhos, um pouco aliviado. "O que você está-"

"Eu não vou começar dessa vez," Harry afirma. "Se você quiser, você faz."

"Você não— você não vai me bater?" Louis pergunta, surpreso.

O olhar intenso de Harry muda para um de completa incredulidade. "Não." ele responde. "Deus, não, Louis. Nunca. Porra, eu nunca— eu não faria. Okay? Eu nunca, nunca mesmo encostaria uma mão em você desse jeito. Você pode me fazer querer arrancar meus cabelos e gritar e jogar as coisas, mas eu... Eu não faria isso."

Ele não faria, e Louis se sente um idiota por pensar que ele faria. "Okay. Eu não deveria ter pensado que você faria."

"Não deveria," Harry concorda, obviamente irritado. Sua testa se encosta à de Louis, uma mão deslizando pelos cabelos do Louis. Ele sentia falta da forma como Harry puxava as mechas até quase doer, mas nunca ultrapassava esse limite de propósito. Parece que só faz isso quando eles estão no calor do momento, porque por algum motivo ele é sempre cuidadoso com Louis mesmo quando ele está sendo rude. "Você é a pessoa mais frustrante que eu já conheci."

"O mesmo, mas— ao contrário," Louis obviamente foi beneficiado com uma boa educação.

"Cala a boca e me beija." Harry implora.

O olhar de Louis desce para os lábios de Harry, mas ele percebe o brilho labial borrado na bochecha dele. "Você tem uma namorada, Harry."

"Eu vou me sentir culpado por isso mais tarde."

Então Louis o beija. O beija da forma como ele quer, da forma como eles deveriam ter beijado antes. Não é pressionando os lábios com força, é gentil, hesitante e incerto. Se isso está acontecendo, Louis vai fazer da forma que ele quer. Porque Harry já terminou isso uma vez, e ele com certeza vai ter o que ele merece enquanto ele tem a chance.

Os lábios de Harry entreabrem, e Louis desliza a língua dele para a boca de Harry, lentamente roçando-a contra a de Harry. E tudo o que ele consegue sentir é o gosto doce nauseante e artificial de morango. "Você tem o gosto dela." ele grunhe, se afastando. Seus olhos cerram, e ele não deveria ter dito isso, não deveria deixar Harry saber quanto isso o incomoda, mas é verdade.

Harry volta a se aproximar, as mãos pressionadas firmemente sobre a lombar de Louis. "Então me beije até não ter mais," ele provoca. "Me beije até eu ter o teu gosto."

Louis se impulsiona fortemente contra ele, as mãos segurando os ombros de Harry para mantê-lo firme. Ele desliza a língua pela boca de Harry até o gosto doce de morango não estar tão forte. Até sua mente flutuar e Harry estar puxando seu cabelo, não mais apenas deslizando os dedos por entre os fios. Até eles dois ficarem sem fôlego e Louis ficar duro em seu jeans, tentando empurrá-los em direção à cama, porque ele gosta de beijar Harry - não, ele ama - mas ele quer mais.

Harry os conduz em outra direção, derrubando-os fortemente sobre a cama de Louis. Louis só tem tempo suficiente de se mover um pouco, ficar um pouco mais confortável, antes de Harry o beijar. Não é eles se beijando. É Harry o beijando, como se ele soubesse exatamente a forma como a mente de Louis funciona. Soubesse exatamente como mover os lábios e a língua para deixar Louis louco. Desajeitado, cuidadoso e perfeito.

Not Happening - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora