Capítulo 10

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Ele acorda de manhã com seu alarme despertando e Harry resmungando. E Harry tentando deitar em cima dele. Em algum ponto da noite, Louis deve ter se virado, e Harry se aproveitou disso e se arrastou para cima dele. Ele é pesado, seu braço e sua perna pesando contra Louis, e ele está cheirando a álcool na pior forma possível.

"O qu—," Harry ergue a cabeça, olha para Louis e resmunga de novo. "Ai, meu Deus, eu vou ter que fazer a caminhada da vergonha para o meu lado do quarto," ele diz enquanto se rola, as pernas saindo da cama. Ele se levanta, passa uma mão pelo seu cabelo bagunçado e olha de volta para Louis. "Por que eu estava na sua cama?"

Louis está vermelho e ele sabe disso. É uma boa pergunta, de verdade, mas ele não sabe como responder. "Você, hm, chegou bêbado," ele começa, enquanto Harry faz um som impaciente. "Eu não sei, okay?! Você subiu na porra da minha cama e eu estava cansado demais pra te expulsar."

Harry o lança um olhar indecifrável. "Então nós não, sabe."

"Não, não fizemos." Louis diz. Ele se ergue, os olhos cerrados. Ele está de mau humor. Ele está tão cansado. E Harry está o irritando mesmo sem fazer nada hoje. Talvez seja apenas o resto de raiva de ontem afetando seu humor hoje.

"Nós vamos conversar sobre as vezes que nós fizemos?" Harry se pergunta.

Louis congela, a mão a meio caminho da gaveta. Ele respira fundo e abre, pegando roupas limpas, e então ele fecha com força. Suas costas ainda estão para Harry quando ele diz lentamente "Não." Ele não quer conversar sobre isso nunca. Na verdade, ele adoraria agir como se isso nunca aconteceu. Que isso nunca aconteceu duas vezes, tecnicamente.

"Isso vai acontecer de novo." Harry diz para as costas dele.

Louis se vira para ele, os olhos cerrados. Ele zomba. "Não conte com isso."

Harry sorri. "Você pode me odiar," ele diz, "mas isso não significa que você não me queira."

Foda-se o banho. Foda-se trocar de roupa. Louis pega a mochila e vai até a porta. "É exatamente o que isso significa!" ele grita antes de bater a porta.

Ele chega cedo para sua primeira aula, mas ele está distraído. É uma aula chata, ele admite, e ele tem que se forçar para prestar atenção todo dia, especialmente dado o horário em que a aula começa. Hoje ele não parece estar a fim de fazer isso. Mas não é como se ele pudesse matar aula, perder alguma coisa, porque ele não gosta de ninguém nessa aula e ele não tem ninguém para pegar emprestadas as anotações se ele decidisse sair.

E ele se recusa a deixar essa coisa com o Harry complicar sua vida acadêmica.

Enquanto ele está indo para sua segunda aula do dia, a mochila escorregando pelos seus ombros porque ele está exausto demais, ele passa um mural e para. O papel verde limão chama sua atenção, um contraste com o resto dos avisos brancos e pretos.

Aula de Arte para Caridade, é o título. Seus olhos escaneiam o resto das palavras rapidamente. Aparentemente é uma aula de seis semanas que serão dadas na universidade entre o meio de novembro até quase os feriados de Natal, onde os estudantes aprendem sobre pinturas amadoras, escultura e desenho duas vezes na semana, e no final das aulas eles farão um leilão onde a última arte de cada estudante será vendida, e todo dinheiro arrecadado vai para caridade.

Não tem um número para ligar, mas simplesmente diz que todos os interessados são bem-vindos para o primeiro dia grátis de orientação na segunda, na Sala de Artes 2 na ala oeste, às sete.

Ele realmente não tem tempo para algo do tipo. Não tem espaço para ele pra um clube de arte, além de tudo. Mas ele se encontra pegando o celular e tirando uma foto do anúncio mesmo assim, de forma a não se esquecer dos detalhes. Seria legal fazer algo só para si mesmo. Algo que ele não tem que se estressar. Algo divertido.

Not Happening - Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora