CHAPTER TWENTY SIX

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CAPÍTULO VINTE E SEIS
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O SOL DO entardecer brilhava forte, invadindo cada canto do quarto de Claire pela janela. Três dias haviam passado desde o incidente na delegacia, e as aulas voltaram apenas hoje. Antes do fim delas, Claire simplesmente foi embora, precisando de paz para sua mente.

A garota olhava para as paredes iluminadas de seu quarto, enquanto apoiava a cabeça no peito de Derek. Ela mantinha seu braço em volta da cintura do homem, recebendo massagem em seus cabelos castanhos e macios. Ambos deitados, perdidos em pensamentos e sentimentos.

— Quando uma pessoa está se afogando, não se respira até pouco antes de apagar. É chamada de apneia voluntária. — Ela diz com a voz serena em meio a divagações, tendo cada palavra minuciosamente escutada por Derek. — Por mais desesperado que esteja, o instinto de não inalar a água é tão forte que você não abre a boca até sentir que sua cabeça vai explodir. Quando você deixa a água entrar, a dor vai embora. Não dá mais medo, na verdade, acalma. — Claire respira fundo antes de continuar, então Derek cola ainda mais seus corpos protegidos por roupas mais quentes graças ao tempo. — Mesmo com tudo isso, eu não tenho pena dele. — Ela diz, deixando clara a intensidade de seus sentimentos por Matt, que morrera afogado naquela mesma noite.

— Você e seus amigos ainda conversam? — Derek pergunta e Claire sente seu corpo se arrepiar com lembranças nítidas e ruins.

— Não desde aquela noite. Scott tem os problemas dele para resolver. E Stiles está quieto, distante. — A garota responde. — A Allison não é mais a mesma. A morte da mãe dela foi dura. O Jackson não também não tem sido o mesmo ultimamente, e a Lydia parece ser a mais normal entre nós. — Claire cita.

— Mas e você? Como você está? — Derek pergunta, desfazendo a posição que estavam e apoiando a própria cabeça na mão, assim como Claire, ficando cara a cara um com o outro.

— Estou bem. Levando. — Ela responde, perdida nos olhos verdes iluminados pela luz do sol do Hale. — Tenho tido pesadelos, lapsos de memória na madrugada. — Confessa, suspirando. — As vezes sinto como se não tivesse acabado, como se tudo pudesse desandar. — Claire comenta, com as sobrancelhas levemente franzidas.

— Não importa o que aconteça, ou se algo realmente acontecer. Eu vou estar aqui pra te proteger. — Derek afirma, certo do que disse.

Claire sorri e o alarme do seu celular toca, indicando que já estava na hora de se encontrar com seu tio Alan. Eles se despedem e Derek volta ao seu esconderijo, enquanto a Tyton dirige até a clínica veterinária. Chegando lá ela entra direto, abraçando seu tio e cumprimentando Scott, ajudando a cuidar de um cachorro doente na mesa.

O sino da porta tilinta, indicando que alguém havia chegado. De repente, os cachorros no canil dos fundos começam a latir desesperados, o que poderia indicar problemas. Os três saem na porta e veem Isaac parado com as mãos nos bolsos, parecendo tímido e receoso. Deaton o deixa gentilmente entrar, e o garoto observa o paciente na mesa de procedimentos.

— Por que tem esse cheiro? — O Lahey pergunta, enquanto o veterinário aplicava uma injeção no cachorro.

— Scott me perguntou a mesma coisa há alguns meses. De repente, ele sabia quais animais iam melhorar e quais não iam. — Alan explica.

— Ele não vai melhorar. Vai? — Isaac pergunta e Deaton responde com um aceno de cabeça. Não, ele não melhoraria.

— É câncer?

— Osteossarcoma. Ele tem um cheiro único. — Alan explica e chama Isaac para perto do cachorro, o ensinando uma nova habilidade.

O garoto aprende o que poderia fazer pelos outros, tirando a dor do animal, que se dissipou por suas veias, emocionando a todos no local. Deaton vai realojar o cachorro no canil, enquanto os adolescentes conversam.

✓ ELECTRICAL ── DEREK HALEOnde histórias criam vida. Descubra agora