Cap 7: Quarto 3: uma luz em meio a escuridão

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Minha mente estava uma confusão, eu não sabia mais se chorava, se gritava ou enlouquecia de vez. Tudo aquilo estava me matando aos poucos e quanto mais eu prosseguia mais eu perdia as esperanças de escapar.

Afastei a idéia de que eu poderia morrer a qualquer momento da minha cabeça e me levantei coloquei a senha no cadeado antes de empurrar a madeira da porta.

O quarto era tão escuro quanto os outros mas com a luz que vinha da vela pude notar que o chão estava a quase sete metros de altura. Tomando coragem saltei pela pela abertura. Quando aterrissei senti algo macio como se tivesse caído em um monte de almofadas.

Achei estranho mas não parei para pensar muito nisso. Me levantei ainda com dor por conta da queda anterior e analisei o que estava ao meu redor.

O local não era muito largo como os outros e em compensação a altura era duas vezes maior. Apertei os olhos tentando enxergar algo na quela imensidão escura.

A pequena luz que vinha do cômodo anterior era fraca mas o suficiente para que enxergasse um pouco.

Ao olhar mais atentamente notei que havia um reflexo na parede onde a luz batia, talvez fosse algum tipo de espelho. Ele não parecia ser tão alto então me aproximei devagar tomando cuidado para não tropeçar em nada e tentei tocar o espelho até achar uma pequena maçaneta girando-a lentamente e a portinha se abriu revelando uma outra parede espelhada logo atrás. Assim que a luz a atingiu ela se iluminou emitindo outro raio de luz atingindo a parede oposta e assim por diante até formar um ziguezague até o teto.

Quando a luz parou, de repente comecei a sentir o chão tremer, provavelmente os espelhos devem ter ativado alguma outra coisa que agora fazia o chão se abrir criando um buraco enorme bem a minha frente.

Meu corpo foi impulsionado para baixo pelas almofadas que caiam aos montes e assim que levantei novamente estava em uma espécie de túnel coberto pela água.

Dei alguns passos para frente e comecei a andar mais rápido ao perceber que a correnteza da água estava ficando cada vez mais forte. Um pouco mais a frente um brilho iluminava o que parecia ser a saída.

Ao sair do túnel estava em uma espécie de floresta e parecia que aquele era um lugar comum, então comecei a pensar que finalmente havia saído daquele inferno. Porém toda a minha alegria foi cortada no momento em que um rugido surgiu no túnel atrás de mim.

Olhei para a direção do som sem adivinhar do que se tratava ao mesmo tempo que um cheiro horrível de podre invadiu minhas narinas novamente. Era o mesmo cheiro que tinha sentido antes.

Segui o mais rápido que puder para o meio das árvores enquanto o rugido estridente me perseguia, não ousei olhar para trás. Ao passar pelos enormes troncos resolvi me esconder atrás de um deles.

Escondido e rezando para que não acontecesse nada um outro brilho surgiu a minha frente. Parecia ter a forma de uma pessoa então pensei que poderia ser aquela criatura horrível. Mas qualquer pensamento negativo que havia tido sumiu quando reconheci quem estava a minha frente.

Não fiquei com medo pois agora sabia que aquele ser não iria me machucar. Não era como quando tinha visto Itachi, mas sim totalmente diferente, o que eu sentia agora não era um sentimento de conforto e sim agitação.

Agitação por saber que finalmente poderia estar seguro e que tudo iria acabar, agitação por estar tão feliz em saber que a pessoa que eu mais amava estava agora bem na minha frente, agitação por saber que aquela pessoa era Naruto.

Como eu sabia? Quer dizer, como sabia que não era o demônio disfarçado dele? Simples, toda as vezes em que encarava aquele olhar, todas as vezes que tocava aquela alma, quando conversávamos era como se algo surgisse em mim. Algo que eu não sei explicar, mas que não era ruim.

Era algo muito mais do que amor ou felicidade, inexplicável e de tamanha imensidão que eu pensava ser capaz de superar o tamanho do universo.

Sabe quando você ama tanto alguém do fundo da sua alma? Ou quando você é capaz até de entrar numa casa amaldiçoada e enfrentar o capeta em pessoa para ajudá-la? Bom era isso o que eu sentia desde que o havia conhecido. Um amor totalmente louco e incompreensível.

A CASA SEM FIM -  BASEADO EM UMA LENDA URBANA ( Sasunaru ) ( Concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora