Cap 3: É apenas a minha imaginação?

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Olhei para o loiro a minha frente tentando processar o que ele havia dito, não podia acreditar nas suas palavras.

- c-como assim morto? O que você quer dizer com isso? - segurei em sua mão para provar a mim mesmo que ele estava ali.

- você acredita em fantasmas Sasuke? - apertou a minha mão como se para me tranquilizar.

- eu não sei - realmente não sabia se acreditava ou não em fantasmas, mas ao olhar para a sua face ele não parecia estar mentindo - há muitas coisas que não sabemos se realmente existem -

- você está certa, não podemos saber se fantasmas realmente existem - soltou minha mão voltando a se apoiar no banco - não até morrermos -

Eu não conseguia pensar direito, aquilo tudo era verdade? Ele era mesmo um espírito? Ou apenas a minha imaginação? Ele só podia estar brincando comigo.

Como se lesse a minha mente Naruto se levantou me puxando junto e pediu para que eu o seguisse já que não acreditava muito nele.

- aonde nós vamos? - perguntei desconfiado.

- não se preocupe, só quero te mostrar uma coisa -

Descemos as escadas em direção ao Jardim dos fundos. Era um lugar calmo e tranquilo com apenas os sons dos animais e de um rio que passava ali perto.

Adentramos em um caminho da enorme floresta até chegarmos em um lago com água transparente onde vários peixes viviam. Ao chegar mais perto pude notar uma pequena estrutura de pedra escondia entre as árvores que quase não se dava para ver ao cair da noite. Pelo lado de fora parecia ser uma pequena casa caindo aos pedaços, porém quando olhei mais de perto percebi que era uma pequena capela.

Naruto se pôs a minha frente e apontou para uma placa de metal enferrujada que havia sido posta acima da porta de madeira, que, por incrível que pareça, estava intocável. Com os último raiar do sol notei que na mesma placa havia escrito: Aqui jaz Naruto Uzumaki ( 1987 há 2002 ).

Senti meu coração falhar e só então percebi que já não conseguia respirar mais. Olhei para trás e o loiro se aproximava rapidamente de mim antes que a escuridão me tomasse por completo. Era tanta informação para assimilar que minha mente não aguentou e se desligou.

Apesar de que Naruto poderia ter muito bem forjado tudo aquilo algo em mim me dizia para acreditar nele. Quando acordei estávamos no antigo saguão novamente. Me sentia atordoado e uma enorme dor de cabeça me afligia.

- você está bem? - perguntou o outro - você desmaiou e eu fiquei preocupado -

- como isso pode estar acontecendo? - falei mais para mim mesmo - como tudo isso pode ser verdade?

- eu sei que deve ser difícil de acreditar, mas isso é real Sasuke. Achei que você precisava saber da verdade, que eu realmente não estou mais vivo como você -

- se você é um fantasma como eu consigo te ver? Como consigo tocar em você? Ou sentir o seu cheiro? - minha mente vagava por tantas coisas ao mesmo tempo que tentava raciocinar sobre cada palavra.

- há muitas pessoas que nascem com um dom especial, pessoas que conseguem interagir facilmente com espíritos, como você - sua voz era calma e tranquilizadora.

- c-como você morreu? - em um instante era como se todo aquele horror havia passado dando espaço a minha curiosidade.

Ele respirou fundo, era óbvio que esse assunto o incomodava muito.

- eu fui assassinado - assassinado? Era o que eu pensava, como isso pode acontecer? - fui morto no mesmo lugar que me enterraram, ninguém além de mim e o meu irmão sabe como isso aconteceu -

- quem te matou? - foi a única coisa que consegui pronunciar.

- um demônio - minha surpresa era tanta que quase caí do banco onde estava sentado - era mais uma noite comum quando tudo aconteceu. Eu e uns amigos decidimos ir até uma casa bem famosa longe da cidade, era uma casa onde várias pessoas tinham medo de ir, a primeira vista ela parecia simples e pequena. Porém quando adentramos nós demos de cara com um cômodo um pouco bizarro, havia um prêmio para quem conseguisse chegar ao final dela. Cômodo após cômodo nós avançavamos, mas ela não parecia ter fim. Quando me dei conta já estava sozinho, não sabia o que tinha acontecido com meus amigos ou onde eles estavam. Era o próprio inferno até que eu finalmente consegui sair de lá - eu escutava atentamente a cada detalhe. Será que essa casa era mesmo real? - não me importava mais com dinheiro, fui até a delegacia e relatei tudo que tinha acontecido, porém quando os policiais chegaram até o local a casa havia desaparecido. Cada cômodo era marcado com um número de 1 a 9, sendo este o final da casa, pelo menos era o que eu pensava. Dois dias depois quando estava em casa uma coisa aconteceu, quando desci as escadas em direção a cozinha notei que havia um grande número 10 marcado na porta da sala. A princípio pensei que fosse o meu irmão mas ele disse que não tinha feito nada daquilo. Então eu resolvi abri-lá - respirou fundo e prossegui - de repente estávamos na floresta próximo ao lago. Ficamos muito assustado e eu não tinha contado para o meu irmão o que realmente havia acontecido naquela casa e quando saimos uma criatura enorme saiu de trás das árvores. Estava de noite, porém dava muito bem para ver a sua estrutura horrível. O corpo parecia de uma pessoa coberto de pelos, os dentes afiados, uma cabeça de bode com o focinho de um lobo e os cascos enorme davan-lhe a aparência de um demônio -

- foi assim que você morreu - não era uma pergunta mas sim uma afirmação. Enquanto ele falava eu sentia um medo enorme crescer cada vez mais dentro de mim. Demônios realmente existiam.

A CASA SEM FIM -  BASEADO EM UMA LENDA URBANA ( Sasunaru ) ( Concluída )Onde histórias criam vida. Descubra agora