We Are In Love

7. family

Jimin me ensinou algo tão valioso na última vez que nos vimos que eu simplesmente não consegui pensar em outra coisa a não ser no contato físico que tive com ele. Uma mensagem pelo celular jamais me daria o calor das suas mãos e sua cabeça pousada sobre meu ombro. Notei que tinha algumas coisas a dizer para Namjoon em nosso próximo encontro.

Depois de um dia de trabalho em que, pela primeira vez minha chefe me elogiou depois de um tempo, senti que finalmente estava voltando a ser o verdadeiro eu. Não tive nenhum puxão de orelha e finalmente me senti seguro comigo mesmo.

Na sala com Namjoon contei mais sobre Jimin e o que aconteceu nos últimos dias e ele não parava de me olhar de forma surpresa e entusiasmada.

- Uau... Estou infinitamente feliz por você! Sinto como se você estivesse aqui, presencialmente, me apresentando o verdadeiro Jungkook que você sempre foi e finalmente se encontrou novamente. - Assinto.

- Sim, é claro que ainda preciso melhorar muitas coisas e me esforçar bastante, principalmente no trabalho, porque apesar de ter sido elogiado hoje pelo meu desempenho, ainda tenho algumas coisas na minha cabeça. - Namjoon me analisa.

- Que coisas seriam essas, Jungkook?

- Me aproximar da minha família, não tenho perguntado muitas coisas ao meu irmão mais novo, tenho sido bastante ausente porque só pensei em mim e na minha dor, mas não entendia que tinha pessoas ali para mim. Meu irmãozinho merece ter um irmão de verdade e eu quero estar presente.

- Se interesse aos poucos, converse com ele, pergunte como foi o dia dele na escola, o que ele tem feito, isso ajuda muito principalmente no desempenho de alguém mais jovem. - Balancei a cabeça, afirmando.

- Sim! É o que eu vou fazer. - Sorri.

- Além disso, se aproxime de Jimin, se encontre com ele, mesmo que ele não goste de usar as redes sociais, como mencionou, procure o contato físico, será bom para você!

- Ok, acho que vai ser importante largar um pouquinho isso. - Mostrei meu aparelho celular a ele, voltando o objeto ao meu bolso.

Nosso encontro chega ao fim e mais uma sessão é agendada. Enquanto isso, precisava colocar em prática algumas coisas e uma delas é chegar em casa e conversar com minha família, em especial, com meu irmão.

- Hyung, você acha que eu devo ir? - Meu irmão mais novo me pergunta se deve ir ou não ao campeonato de futebol que vai acontecer durante quinze dias em um clube perto da cidade com tudo organizado pela escola que estuda. Ele já me contou como foi seu dia e que já fez todas as tarefas.

- Sim, você tem que ir, vai ser uma ótima oportunidade para você, já que gosta tanto de futebol. - Mencionei a última frase, mas não tenho certeza sobre isso. - Você gosta, certo? - Ele balançou a cabeça de um lado para o outro.

- Mais ou menos, na verdade. Eu gosto, mas não sei se gosto ao ponto de ir. Meus amigos estarão todos lá, os professores até mencionaram que vai valer ponto em caso de recuperação em alguma matéria. Tô pensando em ir só por causa disso. - Dei risada.

- Então vá, Junseo, tenho certeza que vai ser uma ótima oportunidade, vai que você conhece alguma garota especial. - O provoco.

- Eca, meninas não! - Ele faz uma expressão de desgoto e com seus doze anos eu não imaginaria outra reação. Dei risada. - Tá ok, vou falar com o papai então, valeu hyung! - Aproximei-me dele e lhe dei um abraço apertado.

- Amo você, irmãozinho! Conte comigo sempre.

- Obrigado Jungkook!

Depois de conversar com meu irmão, vi meus pais conversando com ele antes de dormir sobre a viagem na sala de estar de casa e me dei conta de que seria uma boa ideia contar a eles sobre Jimin.

É alguém que tem sido muito importante para mim e tem me feito pensar muito. Já converso algumas coisas que acontecem nas sessões com Namjoon, porque realmente não tenho nada a esconder, gosto de ser leal, já que sempre fui com todos ao meu redor.

Observo meu irmão entusiasmado conversando com meus pais depois que lhe disse para ir à viagem.

Sento-me no sofá ao lado da minha mãe e a abraço.

- Eles deixaram? - Pergunto ao meu irmão e meus pais sorriem.

- Sim, eles deixaram, eu vou! - Sorri para ele, dando uma piscadela na sua direção.

- Preciso contar uma coisa para vocês. - Anuncio para todos. Minha mãe me olha surpresa e meu pai com ar de confusão nos olhos. Meu irmão, por sua vez, estava atento ao que eu iria dizer.

- O quê? - Minha mãe pergunta.

- Tenho... Tenho visto uma pessoa. - Meus pais sorriem e celebram animados depois da notícia e Junseo fica surpreso, batendo palmas.

- Isso é muito bom, querido! Poderemos conhecê-lo? - Minha mãe afaga meus fios de cabelo e eu assinto.

- Sim, mas por hora darei um tempinho até mesmo para nos conhecer mais um pouco e tudo o mais. Mas ele é um cara legal e um amor de pessoa, você vai amá-lo! - Meu pai sorri e me analisa.

- Quando se sentir à vontade, fique tranquilo, a porta de casa está aberta, ok? - Assinto.

- Muito obrigada papai! Todos vocês, na verdade. - Minha mãe me agarra, me abraçando e meu pai vem logo em seguida para o meu lado fazer o mesmo. Meu irmãozinho segura minha mão e eu sorrio para ele.

Aos poucos, eu estou me sentindo completo novamente.