Capítulo 12

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Oi,

Feliz dia das mães se alguém aqui for mãe, se não, feliz dia das mães para suas mães (isso ficou meio confuso.)

Boa leitura :)


Kara bateu a cabeça pela terceira vez na janela e abriu os olhos assustada.

Os óculos escuros escureciam consideravelmente o interior do carro, mas sem eles ela mal conseguia manter os olhos abertos, a luz do sol por mais suave que estivesse parecia perfurar as íris azuis irritadas.

Kara se voltou letargicamente para o lado do motorista e fez uma pequena careta.

Sempre que ela estava caindo no sono Lena fazia uma curva brusca ou passava sem muita delicadeza por uma lombada e a fazia pular no acento totalmente desorientada e bater na janela.

Kara não perdoaria Lena tão cedo por bater na porta dela às seis e meia da manhã com o sorriso mais feliz do mundo e exigindo que Kara a acompanhasse, ela não tinha certeza se Lena havia explicado para onde iriam porque ela tinha dormido contra o batente da porta um minuto depois dela começara a falar.

— Luna?

Kara virou a cabeça para trás para olhar para a menina que tinha a cabeça tombada para o lado e estava dormindo pesadamente no banco de trás do carro.

— Sabe, só porque você é um zumbi que não precisa dormir não significa que nós meros mortais não precisamos– Kara resmungou com a voz rouca.

— Acorde Luna – Lena pediu olhando pelo espelho retrovisor e a criança resmungou e piscou lentamente— E vocês duas não estariam com sono se não tivessem bisbilhotando a casa às duas da manhã.

— Eu não estava bisbilhotando– Luna bocejou.

— E eu estava lendo– Kara resmungou e então tirou os óculos e olhou para Lena com os olhos semicerrados pela luz do sol. — E o que você estava fazendo lá embaixo afinal de contas?

Pelo canto do olho Kara viu Luna se inclinar para frente o máximo que o cinto de segurança permitia.

— Eu fui beber água– Lena respondeu virando a direita.

— Ah, claro– Kara resmungou se esticando no acento.

Lena freou em um sinal vermelho e se virou para ela com uma sobrancelha arqueada.

— O que você está insinuando?

— Nada – Kara resmungou— Podemos pelo menos parar em uma cafeteria? Estou com fome.

— Se não tivesse se atrasado teria tido tempo de tomar café da manhã.

— Você sempre foi um robô e só agora eu percebi?– Kara grunhiu.

— Antes um robô do que uma vadia– Lena sussurrou a ultima palavra.

Kara bufou e olhou pela janela em silencio.

Ela estava zangada, mas não era com Lena, e sim com ela mesma.

Ela tinha agido como Luna na noite passada, como uma criança de seis anos correndo e gritando.

Como pode deixar o pânico e o medo a dominar daquele jeito?! Ela poderia ter acordado a casa inteira e jogado no lixo sua própria operação.

E como não havia percebido que Luna a estava seguindo?!

Meu deus, ela era uma agente ou uma criança?!

Depois da noite passada estava difícil de responder.

Operação LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora