Capítulo 39

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Oi,

Boa leitura :)



Kara caminhou em direção às árvores que ficavam logo após a cerca de arame farpado que separava a propriedade da mata. Passou entre dois fios com cuidado e então correu para a cobertura das copas.

Ela estava assando dentro daquela blusa, dentro do galpão era frio e confortável, mas ali, mesmo com sob a sombra das folhas que ainda resistiam ao outono, era quente, como estar dentro de um forno.

As folhas mortas e secas no chão estalavam debaixo de seus pés enquanto desviava dos troncos das árvores. O solo era relativamente limpo, apenas folhas e pequenas touças de capim seco cresciam aqui e ali. Mas ainda era uma floresta, sem trilhas e ela estava sozinha.

Kara sabia que tinha que escolher uma direção e que estava procurando por construções, cabanas velhas, qualquer coisa que pudesse ser utilizado como laboratório ou deposito.

Depois que Lionel confirmou ser o poço de arrogância que ela já sabia que ele era Kara estava esperando algo grandioso, algo dentro de seu império impenetrável, intocável, mas todas as cartas haviam sido viradas e ela estava saindo perdendo.

Agora ela estava procurando qualquer coisa, literalmente.

Kara marcou os troncos das árvores com pequenos cortes discretos de canivete enquanto se aprofundava cada vez mais mata adentro.


Ela nunca antes havia tido a sensação de andar quilômetros e não sair do lugar, a floresta não mudava, pelo menos não para alguém que não a conhecia. As árvores eram quase idênticas e não havia nada que denunciasse que um ser humano tivesse sequer passado por ali. Sem lixo, sem marcas, nada.

Kara estava cansada e com sede. Ela já estava a mais de duas horas perambulando entre as árvores. Ela não poderia passar a tarde toda ali, Lena sentiria a falta dela mais cedo ou mais tarde, se já não a estivesse procurando naquele exato momento.

Ela teria que jogar a toalha.

Sem uma equipe completa, cães farejadores ou alguém que ela pudesse seguir ela estava perdendo tempo ali.

As chances haviam acabado. Eles estavam errados e nada do que ela fizesse iria mudar isso.

Lionel tinha vencido.

O máximo que ela podia tentar fazer no momento era convencer Lena a denunciar as agressões, não que ela tivesse muitas esperanças de ela que faria isso.

Ela não conseguia entender Lena Luthor. A mulher era uma incógnita.


Kara estava arrancando uma folha do cabelo próxima ao galpão quando ouviu o grito:

— Por favor! Por favor! Meu marido! Ele está passando mal!

Kara reconheceu a mãe de Winn correndo na direção dela e fez uma pequena careta ao se lembrar que Winn também estava na fazenda. Aquilo não era bom.

— Moça! Por favor, meu marido!

Kara puxou o capuz sobre os cabelos novamente.

— Onde ele está?– Ela perguntou preocupada.

A mãe de Winn apontou para o canil e então Kara começou a correr.

Ela torceu para que o homem não estivesse dentro do canil. Porque lá dentro ela não entrava sem uma arma de tranquilizante.

Operação LuthorOnde histórias criam vida. Descubra agora