Capítulo 18

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    Sinto meu corpo todo dolorido é como se eu estivesse deitada sobre várias pedras...abro meus olhos rapidamente ao lembrar que não estou em casa ou em qualquer outro lugar que eu pudesse estar segura ...estou no Exílio!

    Assim que me sento olho em volta e meu coração quase para de bater, além da densa neblina que nos rodeia as árvores parecem tocar o céu o silêncio é avassalador, e o que faz meu corpo todo tremer é que não estou deitada no chão ou sobre pedra e sim ....estou em cima de uma pilha de ossos humanos.
   Sinto o sangue deixar meu rosto, com os olhos arregalados olho para meu lado onde vejo Lucas a uma distância desacordado de barriga para baixo em uma de suas mãos um ferimento trás sangue seco. Me levanto meio cambaleando e me aproximo do mesmo.

  --- Lucas ...?!! LUCAS -- o cutuco e sacudo mas o mesmo não me responde, não sabia que é tão fraco como eu.

    Olho em volta e não vejo nada, meu coração acelerado só me manda fugir o mais rápido que eu conseguir o porque eu ainda não sei. Escuto Lucas resmungar e vejo o mesmo se levantar pondo a mão na cabeça como se tivesse acabado de acordar de um pesadelo. Seus olhos se abrem e me vêem e vejo a cor deixar seu rosto assim como seus olhos se arregalam enquanto contempla a mesma visão que eu ...ossos e neblina.

    --- você está bem ? -- pergunto encarando o mesmo que luta para ficar de pé.

   --- eu pareço bem para você ?-- seus olhos demonstram que a qualquer minuto ele pode voar em meu pescoço.

--- precisamos encontrar o Sam -- digo olhando em volta.

  --- essa hora ele já deve estar falando com a Spirity prestes a voltar para casa -- fala Lucas com a voz firme e baixa ao mesmo tempo.

  --- então vamos até ele, assim voltamos juntos -- digo animada pra sair daqui.

  --- claro ...porque estamos em um lugar normal onde não tem as piores bestas do infernos...porque não vamos morrer se formos pegos por eles...

--- Lucas você está bem ?

   Lucas além de andar de um lado para o outro percebo um leve tremor em suas mãos, seus olhos correm entre as árvores e os ossos abaixo de nós, está inquieto.

--- porque não estaria ...estou ótimo -- fala com sarcasmo -- ...melhor sairmos daqui logo.

--- em que direção fica onde Spirity está ?

--- não vamos até ela ...vamos achar uma maneira de sair daqui .

Sem saber o que dizer apenas o sigo, seus passos são lentos e precisos, a neblina em nenhum momento representa que vai terminar ou desaparecer. Me mantenho atrás de Lucas, tento desviar dos ossos mas isso é uma missão impossível, tento não pensar nas pessoas que eram antes de morrerem se tinham família, amigos . Sem querer minha mente vagueia até minha tia...será que seus ossos já está assim ...será que fizeram um funeral e enterraram seu corpo ?
     De repente um grito aterrorizante faz eu paralisar, olho em toda direção mas não consigo ver nada, olho para Lucas na qual está paralisado tentando descobrir de onde o som veio.

  --- temos que correr -- fala pegando em minha mão e me arrastando aos tropeços.

--- o que que foi isso ? -- pergunto tentando não cair enquanto minhas pernas são forçadas a correr.

--- Alatus...deve ter sentido nosso cheiro assim que entramos -- fala ao olhar para trás -- logo estará na nossa cola.

--- que bicho é esse afinal ?

--- nem queira saber ...

  Corremos com toda velocidade que nosso corpo consegue, se bem que meu corpo mais foi arrastado do que correu por si só mas em fim chegamos a uma clareira enorme os ossos ficaram para atrás assim como a neblina e o frio. Acima de nós um céu azul brilha e sorri enquanto o sol aquece tudo...nem parece que estamos no Exílio olho para Lucas na qual me puxa para darmos a volta ao invez de cortarmos pelo meio das flores que desabrocham lindamente e das borboletas que voam livremente.

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