Acordo assustada quando sinto meu corpo sendo movido, gritos de dor saem dos meus lábios, não consigo abrir meus olhos de tão inchados que se encontram, tento respirar o mais de vagar que eu posso para amenizar a dor. Sinto duas mãos me tocarem devagar e com delicadeza, sinto algo quente percorrer meu corpo é como se formigas estivessem sobre minha pele e tomando todo meu corpo.
De repente consigo ver entre entre a pequena fenda dos meus cílios um enorme dragão, dessa vez ele está muito próximo e quando percorro suas escamas azuladas sinto uma grande dor em meu peito e me falta o ar.
Por um momento meus olhos se fecham e quando os abro já não sei onde estou, estou em um campo de batalha o céu vermelho sangue é assustador o chão repleto de corpos e ossos humanos, estou ao lado de uma grande árvore que brilha fortemente e de seu tronco jorra uma coisa tipo um líquido dourado. Olho para minhas mãos e noto as mesmas carregando uma espada repleta de sangue, meus dedos e braços tudo tingidos de um vermelho vivo, olho para minhas vestes e estou com trages de guerra, botas de cano alto e armadura resistente toda de um material semelhante ao ferro e sua cor é tão dourada como o líquido que escorre da alta árvore ao meu lado. Meus cabelos compridos e negros dançam conforme o vento sopra em minha direção.
Sinto uma bufada de ar quente em minhas costas e lá está ele o grande dragão azulado, seus olhos correm por meu corpo e sinto que está atrás de algum ferimento e assim que percebe que estou bem uma alegria passa por seus olhos mas em segundos desaparece e se torna frio.
Então de repente algo agarra meu tornozelo e quando ouso olhar para baixo vejo que nada mais é a própria árvore que aos poucos usou suas raízes para se enrolarem em mim e devagar começa a me engolir, o grande dragão tenta se aproximar mas um estudo invisível é posto entre nós e dificulta sua aproximação, sinto meus olhos se fechando, não por desmaio mas sim por sono é como se essas raízes soltassem uma substância que estivesse me drogando e me pondo para dormir. Tento me.manter em alerta, observo o grande dragão se debatendo contra a parede invisível, fogo saem de suas narinas enquanto suas assas lhe ajudam com o impulso para derrubar o escudo, com meus olhos quase fechados vejo a hora que o dragão some e em seu lugar um homem aparece...mas já não consigo distinguir seu rosto, apenas consigo sentir seu desespero e medo que percorrem minhas veias.Abro os olhos assustada e me vejo na cela onde fui jogada para morrer, me levanto de vagar mas não tem ninguém estou completamente sozinha...devo ter imaginado o dragão e tudo mais, olho para meu corpo e além das roupas completamente rasgadas estou bem, sem nenhum ferimento ou hematoma, me aproximo da porta e assim que coloco minha mão sobre a mesma a sinto esquentar ao ponto de ter que recolher minha mão.
Olho em volta e além do colchão o quarto não possuo nada, as paredes são de uma cor desbotada e a tinta está descascando, olhando mais uma vez em volta vejo que não tem janela, o chão é tipo cimento batido e a iluminação é muito fraca.
Em um ato simples toco em algo pendurado em meu pescoço, assim que vejo o que é sinto minha boca se abrir é a chave que minha tia me entregou a chave com que tem um desenho de uma árvore , faz tanto tempo que não há vejo, creio que eu tinha esquecido na casa do Ophimormus ...como ela aparecer aqui não faço ideia.
De repente a porta se abre e uma mulher loira com longos vestidos negros fica a me encarar, em sua cabeça uma tiara de cristal negro chama a atenção .--- olá Nuala ...-- fala em um português bem arrastado.
--- não sou Nuala...me chamo Agatha!
--- sim...sim, mas é a encarnação por tanto é a mesma.
--- não, nasci da árvore da vida e da magia Merlim de Merlim a muitos séculos atrás, não morri muito menos reencarnei -- bem até onde sei essa é a história que me contaram .
--- filha da árvore da vida em...como fez para conseguir tal poder ...como conseguiu enganar até a árvore da vida?
--- não sei do que está falando ...
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O Dragão
PertualanganAgatha era uma garota norma ...bem na verdade a palavra certa é invisível, mas isso tudo muda quando é forçada a fugir de casa . Sem saber pra onde ir a única opção é ir atrás de um amigo de sua tia e é nesse momento que tudo toma um sentido diferen...