minha salvação.

capítulo 19.

Felipe.

Depois de algumas horas, a enfermeira chega com os resultados dos meus exames.

As dores estão aumentando muito! Vou ter que ligar para a Gabi para ela vir me buscar aqui, não estou nada bem.

O médico abre o envelope, mas não tira os olhos de mim.

Ele me olha Triste. Parece que é um parente dele que está morrendo ali.

: sinto muito meu filho!, cirrose alcoólica!, Você vai precisar de um transplante de fígado, o seu não vai suportar por muito tempo.

Ele olha desesperado para mim. Enquanto eu parabenizo a mim mesmo pela besteira que eu fiz com a minha vida.

Agora vou deixar a minha filha sozinha, Parabéns Felipe!

: o que vai acontecer se eu não conseguir um doador?: você vai morrer.

: não vou lidar muitas esperanças porque eu sou ateu, aconselho você a aproveitar o tempo com a sua família.

Que médico mais otimista!, queria ver se fosse o filho dele no meu lugar.

: só isso?

: sim!, mais uma vez eu sinto muito

Ele fala, e eu me Retiro da sala dele.

Gabriela chega pouco tempo depois. Permaneço durante todo o caminho agindo como se nada estivesse acontecendo.

: Felipe, posso ligar o bluetooth?. Ela pergunta sorrindo para mim.

: sim. Falo.

Ela liga o Bluetooth, e começa a cantar.

Não faço a mínima questão de segurar as lágrimas.

: Gabi!, eu vou morrer!, eu tô morrendo!

: eu consegui acabar com a minha vida!. Eu falo e ela para o carro na frente da minha casa.

: Felipe, quem é o homem para pôr um ponto final onde ele não colocou?

: existe alguém nesse mundo maior do que ele? A medicina é maior que ele?, não!. Ela fala me abraçando.

: é ele quem dá a vida, é ele quem tira a vida, e ele está no controle de toda situação.

Ela segura na minha mão me conduzindo para dentro de casa.

Ai Senhor, como eu amo essa mulher!

Eu amo a Gabriela!

Chego dentro de casa e vejo uma cena muito fofa. A minha Sofia está fazendo gestos acompanhando uma musiquinha infantil da Igreja da Gabi.

Ela está tão concentrada que não percebe que eu cheguei.

: gostou papai?. Ela pergunta correndo para me abraçar.

: muito princesa!. Falo pegando ela no colo e me sentando no sofá.

: O que o médico disse?.

Eu não posso mentir para ela, nunca fiz isso e não é agora que vou começar a fazer.

: eu tô doente filha.

: O médico disse que você vai morrer?. Ela pergunta.

: sim.

Eu pensei que ela iria chorar, mas ela não derramou nenhuma lágrima.

: o médico mentiu!, Jesus vai curar o senhor!. Ela fala com uma autoridade que me fez sentir diferente.

: Como você sabe que ele vai curar o seu pai Sofia?. Gabriela pergunta com os olhos em lágrimas.

: ele me disse, aqui dentro do meu coraçãozinho.

Assim eu não aguento!, Ai Senhor!