Helena!
Dentro de instantes estaremos pousando no Aeroporto Internacional Atatürk - Istambul Turquia.
Mantenham os encostos da poltrona na posição vertical e suas mesas fechadas e travadas.
Observem os avisos luminosos de apertar os cintos.
Alguém encosta nos meus ombros me chamando, escuto o comandante falando que estamos pousando em Istambul, enquanto sou acordada pela aeromoça pedindo para eu colocar o assento em posição vertical. Levanto a cortina da janela do avião para olhar o pouso e ver a linda Istambul de cima.
O frio na minha barriga aumenta, eu sempre sinto isso quando vou pousar, mas, hoje, está pior, muito pior. Saí de Istambul às pressas na manhã seguinte daquela noite no Porto, onde me encontrei com Arik. Fiquei tão doida por ele e por tudo que me fez no nosso último encontro que eu não consigo esquecê-lo. Qualquer momento livre na minha cabeça eu só penso em seu lindo rosto e em sua linda boca rosa ou, às vezes, vermelha e que está sempre molhadinha. Depois de chegar em casa naquele dia e não conseguir fazer nada, no meio da noite, meu pai me liga avisando que eu teria que viajar com urgência para ver umas das nossas joalherias em Milão. Não tive tempo de nada. Só fiz uma mala e viajei ficando cinco dias fora. Estou retornando hoje para casa e vou direto para empresa atualizar meu pai dos últimos acontecimentos. Tivemos muitos problemas em Milão, não parei um minuto durante todo o dia, muito trabalho o que me deixava esgotada, chegava, no hotel, deitava e apagava. Claro que muitas vezes adormeci pensando em seus olhos lindos me olhando. O que será que ele fez nesses dias? Interrompo meus pensamentos escutando o trem de pouso batendo no chão e o avião freando, ufa, estamos em terra firme.
Começo a me organizar para descer do avião assim que ele para, ligo meu celular novamente e vejo que tem uma mensagem da minha secretária avisando que o motorista me pegaria na saída da minha asa.
A aeromoça me avisa que já posso descer e eu saio do avião, ao entrar no aeroporto, passo rapidamente pelo desembarque.
Saindo do aeroporto, respiro fundo, sentindo o ar de Istambul. Como é bom estar de volta! Nosso motorista está esperando no meio fio com a porta aberta para eu entrar. Não vejo a hora de chegar em casa e tomar um banho depois da viagem, mas sei que só vou poder fazer isso à noite.
Peço que me leve até meu escritório, preciso colocar tudo em ordem, enquanto estive fora. Já sei que tenho reunião com designer hoje e preciso dar andamento em muitas coisas para que as peças cheguem até as lojas. Mesmo com a cabeça cheia, eu comecei a pensar em usar a pedra que Arik me deu em novas peças.
Chego ao escritório, cumprimento todo mundo a caminho da minha sala. Olho para Zeynep, que me olha assustada como se tivesse visto um fantasma e eu não entendo nada. Dou bom dia para ela e peço que me siga até a minha sala. E vejo que ela quer me falar alguma coisa e não consegue.
Eu entro em minha sala e paraliso na porta com o que eu vejo. Ele está lá olhando pela janela, parado com uma mão no bolso e a outra na janela, com aquele físico maravilhoso, vestido com seu terno impecável em tom de cinza mais azulado.
Ele não se move para me olhar, eu demoro um pouco para me mover, mas me viro, dispenso Zeynep, fecho a porta e já viro a chave para ninguém entrar.
Meu coração palpita sem parar, eu começo a me esquentar e minha mão a soar.
Fico em silêncio por uns minutos só observando esse homem de costas para mim, olhando para fora como na primeira vez que o vi. Ele não se mexe, parece uma estátua pensando, tão enigmático, que eu não consigo nem imaginar o que se passa na cabeça dele e o que vai acontecer depois. A única coisa que eu consigo fazer é olhar a luz de fora iluminar seu rosto e seus traços perfeitos. Ele está com um dos braços apoiados, vejo sua mão com seus dedos compridos e perfeitos. As mãos mais lindas que eu já vi e observo que ele tem uma tatuagem nela, não sei o que significa. Seu braço torneado em seu terno perfeito, suas costas largas e continuo descendo o olhar e paro observando sua bunda redondinha que preenche a calça e fico imaginando ele de cueca, pronto, já estou perdida em meus pensamentos, Allah Allah!!!
Escuto sua respiração pausadamente. (Nereye Gittin ?) Onde você foi, Helena ? Ele me pergunta com a voz rouca e grave como se estivesse muito irritado, o que me confunde. Não sabia que precisava dar satisfação da minha vida para ele, se nem ao menos eu tenho seu telefone, como avisaria alguma coisa? Ele não se vira para me olhar e fica esperando pela resposta.
- Arik, eu não estou entendendo nada, o que você está fazendo na minha sala, na minha empresa? E me interrogando, como se eu precisasse te dar alguma satisfação? Que eu saiba, nós não temos nenhum vínculo.
- Helena, onde você estava? E por que você simplesmente sumiu como pólvora, sendo que deixei bem claro que nos veríamos na noite seguinte? Eu não gosto que me façam de bobo.
- Eu sumi??? Veríamos no dia seguinte? Como assim? Do que você está falando, Arik? Eu sei é que você me fez de boba naquele Porto novamente e ainda você quer explicação? Você está de brincadeira, não é mesmo?
- Helena, eu vou perguntar pela última vez, onde você foi? Eu não gosto de perguntar e não ter a resposta certa. Quando eu falo, quero que me responda o que estou perguntando, entendeu? Não brinque comigo, você não sabe do que eu sou capaz.
Pela primeira vez eu perco a fala, não consigo responder, eu sei que ele está irado. Sua respiração é mais forte, vejo suas costas subirem e descerem, ele está tentando se controlar, o vejo fechar a mão na janela como se fosse quase socar o vidro. Eu sei que ele está se controlando, tenta manter a calma. Uma parte de mim, ao mesmo tempo, quer saber o que ele faria mesmo sabendo que eu vou brincar com fogo. Decido arriscar.
- Aonde eu vou ou deixo de ir não é da sua conta. Eu não devo satisfação com quem nunca me deu, ao menos, um número de telefone, ou falou comigo nada mais que umas palavras e ainda tomou algumas atitudes desrespeitosas.
Não sei se eu agi certo ou se realmente estava preparada para ver o que eu vi. Ele se virou com a maior ira nos olhos que eu já presenciei e o maior desejo, também. Seus olhos tinham fogo que ardiam. Tentava se controlar e veio caminhando em minha direção que ainda estava estática perto da porta.
- Senhorita Helena, já vi que gosta de brincar com fogo, estava me controlando até agora, brincando um pouco, mas está ficando mais sério esse joguinho, não acha? Você já me deixou no Porto daquela forma e depois desapareceu e agora vem com respostas evasivas. Xiii, não estou conseguindo me controlar. Talvez você esteja querendo conhecer o verdadeiro Arik.
- Talvez eu queira, não gosto de ninguém que se esconde atrás do que não é.
Ele para por um momento, me analisa e passa a língua na boca deixando seus lábios molhados e mais cor de rosa que já são. Eu o vejo um pouco mais calmo e talvez até assustado com o que eu acabo de falar, e uma puxada de um sorriso no canto, junto com uma balançada de cabeça que durou cinco segundos. Deu passagem para fechar a cara e o fogo nos olhos voltar.
Ele vem em minha direção com mais rapidez e me encurrala entre ele e a porta que eu já tinha fechado. Espalma as duas mãos de cada lado, me deixa presa bem de frente para ele, olha de baixo para cima, fixa o olhar no meu, que eu consigo sustentar por um tempo, desvia um pouco, quando desvio, ele vem mais perto, cheira meu pescoço e sobe até meu ouvido. Fala bem baixinho, com a voz rouca, Senhorita Helena estou tentando me controlar, mas está bem difícil. Sabe o que acontece com quem me desafia? Ou faz bem diferente do que eu imagino? Geralmente toma umas palmadas, está preparada para isso?
Eu fico um pouco confusa com o que ele fala e não consigo entender ao mesmo momento. E fico, mesmo assim, imaginando suas mãos na minha bunda. Estou muito louca, como posso imaginar suas mãos, quando ele está falando de palmadas?
Está preparada para isso? Ele repete no meu ouvido, e eu não respondo. Perco a fala.
Vou te dar mais uma chance, onde você estava? Enquanto ele pergunta tira uma das mãos da porta e segura meu braço, não com força, mas, também, não afrouxa e sim, com uma pegada intensa.
Penso um pouco e respondo que viajei a negócios.
Ele se afasta um pouco e olha para mim, como se esperasse que eu continuasse a falar onde realmente eu fui, mas não falo.
Sem eu esperar ele se afasta da porta ainda segurando meu braço, e fala: - Sabe, eu não gosto de rodeios e meias palavras, que você foi viajar eu já sei, eu não perguntei isso, perguntei? Eu quero saber para onde você foi. Dei uma chance e você não ajudou na resposta. Ele começa a andar, me puxa pela minha sala e eu, simplesmente, deixo me levar sem forças para lutar.
Ele para comigo de frente para minha mesa, eu, na frente, e ele nas minhas costas, bem perto de mim.
Sabe o que eu pensei, quando me virei depois de escutar suas respostas e vi você com essa saia lápis preta? Eu a imaginei tirando a calcinha e me entregando, debruçando nessa mesa, subindo a sua saia, e olhando para sua bunda linda e fazendo um carinho nela. Depois, completar com umas boas palmadas, por dois motivos, pelas suas respostas e por me deixar exposto e com muito tesão na noite do Porto. Acho que a senhorita me deve isso, não acha?
Sem eu conseguir reagir, ele continuou me empurrando um pouco mais perto da mesa, até achei que ele estava brincando e começo a entender que não. Mas eu nunca pensei que isso fosse me acontecer na vida, mas começa a crescer uma adrenalina em mim e eu estou muito molhada com tudo que escuto.
Ele para novamente e sobe a mão pela minha perna levantando a minha saia, chegando até a minha calcinha e enrolando-a em seus dedos e começa a tirá-la, descendo pela minha perna e eu vou obedecendo como se não tivesse vontade própria. Eu tiro a perna do chão, uma após a outra e ele tira minha calcinha e a guarda, talvez no bolso, não consigo ver. E continua o que realmente disse que ia fazer, me inclinando na mesa, e levanta minha saia deixando realmente minha bunda exposta. E eu estou cada vez mais ansiosa, excitada, pelo que pode vir. Ele para tudo, se afasta um pouco, como se tivesse a me olhar.
Solta um gemido, ah, eu gosto muito do que eu vejo, e volta se aproximando e passando a mão na minha bunda, escorregando os dedos compridos dele na minha entrada. E os tirando rapidamente, se aproxima de mim e fala como estou molhada e pronta para ele. Como eu gostaria de estar dentro de você agora, ou de estarmos nos dois juntos experimentando sua linda mesa? Mas como eu disse, não gosto de respostas evasivas e você quer conhecer o verdadeiro Arik, e me dá a primeira palmada na bunda sem eu esperar.
Levei um susto, mas, ao mesmo tempo a adrenalina aumentou e, o que achei que seria ruim, foi um prazer diferente.
Ele esperou um pouco e me deu outra palmada, e depois mais uma e mais uma...
Parou e se debruçou perto de mim me encostando, dando para sentir sua ereção na minha bunda. Coloca a mão no meu cabelo e me puxa um pouco para falar perto do meu ouvido.
Agora entende que quando eu perguntar, a Senhorita deve responder o que eu perguntar, certo? Eu não me movo e ele desce a mão novamente para minha bunda e vai em direção a minha buceta molhada, coloca o dedo na minha entrada que estava encharcada e começa a me acariciar sem parar dessa vez e flexiona meu clitóris, aumentando o ritmo e não para. E nem retira seu dedo e eu vou deixando me levar e ele continua, e eu gozo na mão dele um orgasmo intenso que já algum tempo não tinha. Convulsiono debruçada na minha mesa e na mão dele.
Ele fala no meu ouvido, xiiii, calma, não faça muito barulho. Afinal não queremos que Zeynep perceba, queremos?
E ele vai me levantando e eu vou voltando ao normal, abaixa minha saia e me vira de frente pra ele e me olha com os olhos doces que ainda não conhecia. E me beija com o beijo mais forte e intenso e prazeroso que eu tanto amo, essa boca perfeita e gostosa se movendo na minha, me fez ficar mole e com as pernas mais bambas que já estavam. Que saudades, que senti dessa boca!!!!
Eu senti esse homem forte me beijando, era como se ficasse pequena nas mãos dele. Depois de um beijo longo intenso e molhado, ele para e me segura em suas mãos, me analisa, olha meu rosto, como se estivesse procurando alguma resposta, ou me decorando, ou posso já estar imaginando as coisas. Arik muda novamente o olhar para mais sério, olhos mais escuros, voz rouca que me deixa louca. E vai se afastando, colocando as mãos no bolso e até andando um pouco na sala, e volta para a janela, como se nesse lugar se sentisse calmo, e até seguro, não sei direito o que dizer. Como se ele precisasse disso para colocar as ideias no lugar.
E então, ele começa a falar comigo, me sinto um pouco perdida e sem saber o que falar e o que fazer.
- Eu sabia, onde você foi e porque esteve em Milão? Onde se hospedou e o que fez por uma semana? Fui à sua casa fazer-lhe uma visita inesperada e vi que não estava. Fiquei um pouco irritado com a surpresa e comecei a investigar a sua ausência. Não gosto muito quando as coisas saem do meu planejamento ou do meu controle. Eu espero que depois de hoje a senhorita tenha entendido que quando eu pergunto, quero saber a resposta, e não uma afronta. Ah, investiguei melhor o que está acontecendo com a sua joalheria em Milão, não está me cheirando muito bem as coisas por lá.Eu não consigo responder ou revidar, apenas fico em silêncio olhando-o falar, e então, ele se vira aproximando-se de mim e me pergunta se o gato comeu minha língua, dá uma piscada e se despede, secamente, dizendo que precisa ir resolver algumas coisas e que nos vemos.
E eu o vejo sair com um ar de satisfação, me deixando sem calcinha e levando a minha embora com ele. Fico em outro mundo na minha sala e com um vazio enorme quando ele destrava a minha porta e sai batendo.
Eu me recomponho e dou uma ajeitada na mesa, porque sei que Zeynep vai entrar em seguida à saída dele.
Enquanto ela não entra no escritório, fico pensando em tudo o que aconteceu e como ele sabe de tudo isso?
Ele realmente foi até a minha casa, e eu ainda não acredito que ele estava dentro do meu escritório me esperando chegar, com tantas perguntas como ele fez, e ainda eu o deixei fazer tudo o que quis comigo. Como se eu tivesse mesmo merecido uma punição por não me comunicar com ele, mas, no momento, eu curti. Estou me desconhecendo, jamais permitiria algo, ao menos parecido com outro homem, mas eu não tenho forças para lutar com esse homem. Eu viro uma marionete na mão dele, até tento no começo e depois ele me domina. Não sei onde vai parar isso tudo, mas eu estou querendo saber. Eu ainda o vi sair hoje da minha sala, ao mesmo tempo, que estava irritado, ele estava com um ar de satisfação.
Escuto a batida da porta, que me tira dos meus devaneios. Eu falo para Zeynep entrar e ela abre a porta, entra e para na minha frente me olhando esquisito.
Eu pergunto o que ela precisa e ela me pergunta quem era o homem que estava tão atrás de mim. Respondo que é Arik, um dos nossos fornecedores.
- Helena, mas ele estava muito nervoso e aflito, me fez muitas perguntas e me monitorou até eu dizer a hora em que chegaria. Eu não o deixei entrar na sua sala, mas ele invadiu e ninguém conseguiu tirá-lo daqui.
- Tudo bem, Zeynep, já passou, está tudo bem. Fique tranquila, já resolvi o que precisava com ele.
- Bom, ele quando saiu, me deixou esse pequeno envelope para lhe entregar.
Pego o envelope da mão dela e olho assustada, vejo a foto da saída de trás da minha joalheria, com duas pessoas que não conheço, junto com o meu gerente saindo com duas maletas. Viro a foto e tem o telefone atrás, meu telefone. Tire suas próprias conclusões.
Fico chocada com a foto na minha mão, Ah, Arik,Ah!