Emaranhado - capitulo 10

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Sinto umidade por toda parte, como se tudo a minha volta estivesse molhado e com cheiro característico de lugares com falta de luz solar.
Cheira mofo, tem barulho de água pingando no chão, como se tivesse infiltração nas paredes. O frio aumenta a medida que vou me ambientando com o lugar que estou, um vazio invade meu coração.
Estou sozinha em um lugar desconhecido.
É impressionante quando não temos um dos sentidos os outros ficam muito mais aflorados, com os olhos vendados e as mãos amarradas perdi dois sentidos.
Visão e tato foram substituídos pelo meu olfato e minha audição que amplificarão muito.
Conforme fui me acalmando fui obrigando eles a trabalharem mais.
Preciso tentar descobrir onde estou e, porque fui sequestrada.
Estou sentada em uma cadeira amarrada e com olhos vendados.
Escuto passos longe de mim e vozes, mas não entendo o que estão dizendo.
Consigo distinguir que tem vozes de mulher e homem.
Prestando atenção sei que tem mais que duas pessoas, talvez três ou quatro. Não consigo saber ao certo quantas, nem que línguas estão falando.
Sinto cheiro de peixe, talvez tenha depósito por perto, a maresia também é maior isso significa que estou bem perto do mar como eu já imaginava.
Devo estar em alguma Doca de algum Porto, mas qual?
Que lado da cidade estamos? Será que estou muito longe de casa.
Quanto tempo será que Arik demora para sentir minha falta? Espero que ele não suponha que viajei novamente, porque ele é minha única esperança.
Meu pai demorará um pouco para perceber minha ausência, só depois que ele descobrir que não trabalhei, isso começa a me procurar.
Meu nervosismo e confusão mental é tanto que eu não consigo raciocinar direito.
Fico repassando na minha cabeça o que fiz nos últimos dias que possam me levar a essa situação.
Será que é por dinheiro, para pedirem um resgate ou algo em troca?
Não sei porque, mas acredito que tem mais algo envolvida.
Lembro que Yamaç me falou que estava tendo contrabando de joias. Talvez tenha algo relacionado a isso?!
Eu não sei quanto tempo se passa, estou ficando mais cansada e um pouco tonta.
Boca seca, sinto sede. Frio!
Chamo, mas ninguém vem, as vozes estão mais longe agora.
Pelo cansaço e sem saber quanto tempo se passou desde que me colocaram amarrada estou com todo corpo adormecido.
Começo a ficar com a cabeça pesada e lutando com um sono que está vindo, não posso deixar de ficar em alerta.
Minha consciência vai sendo vencida pelo sono e apago.
Bam! Bam! Bam!
Bam! Bam! Bam!
Bam! Bam! Bam!
Acordo assustada escutando tiros e mais tiros e muito barulho.
Demoro uns segundos para voltar do susto e perceber que tem um tiroteio lá fora.
A uma música muito alta vindo de fora e está se aproximando.
Yamaç! Na hora identifiquei a música é uma das músicas que ele tocava no bar e que ele gosta.
O tiroteio continua e a porta de ferro se abre começo a gritar enlouquecidamente.
Escuto alguém correr em minha direção, seu cheiro inconfundível está se aproximando do meu nariz.
Arik, grito muito!
Me perguntando se é ele?
Ele vem se aproximando e tira minha venda.
Eu o vejo lindo na minha frente, suado de regata branca com sua calça habitual que consegue deixar ele muito "sexy".
Quando encontro meus olhos com o dele vejo um nervosismo que nunca existiu ali?
Arik está aflito e passa a mão no meu rosto me inspecionando.
Xiiiiii... Fala baixinho com uma voz rouca, que arrepia cada parte do meu corpo.
- Helena cheguei estou aqui, que susto você me deu. Vou te tirar daqui o mais rápido que puder ok!?
- Arik que alívio, como você me achou?
- Tenho meus contatos e seu amigo roqueiro insuportável me ajudou.
- Estou aliviada, mas, no fundo, sabia que me encontraria. Por isso eu não entrei em pânico.
Arik ajoelha atrás da cadeira e começa a desamarrar minhas mãos, eu só escuto um, Helena eu queria você amarrada na minha frente e eu de joelhos, mas não por esse motivo e sim por outro!
Não consigo deixar de entender o que ele está dizendo e esquenta tudo em mim, fico molhada mesmo naquela situação que estamos.
Solto um suspiro e um gemido e respondo.
Tenho que concordar com você.
Ele me solta e eu fico de pé.
Olho bem nos seus olhos.
Arik segura meu rosto e me beija, engole minha boca com um beijo desesperado.
Me solta e me diz que quase morreu, sem saber onde eu estava.
Segura minha mão e saímos correndo em direção a porta.
Vejo Yamaç em uma lancha atirando sem parar para podermos sair de lá, conseguimos embarcar nela.
Eles saem com tudo deixando as pessoas que me sequestraram para trás.
Escapamos em alta velocidade mar adentro.
Paramos em alto mar um tempo depois quando estávamos fora de perigo.
- Helena que susto que nos deu, eu não curto muito seu amigo ou sei lá o que ele significa na sua vida. Confesso que se não fosse ele você estaria em maus lençóis.
- Yamaç obrigado por se juntar a Arik e vir me tirar dessa, que até agora não sei porque me sequestraram?
- Vamos embora!? Depois Arik te explica deixo vocês em segurança acho que precisam conversar.

Entro em casa com Arik atrás de mim grudado como sombra, ele entra e eu fecho a porta.
Me viro, Arik está de pé bloqueando minha passagem sem deixar eu dar um passo.
Arik me prensa entre a porta e ele, afinal adora fazer isso. Me analisa e eu vejo sua expressão mudar de preocupado e nervoso como antes, para gelado, frio e um pouco distante.
Arik me olha e solta um, porra bem baixo, você me assustou.
Eu olho para ele e me desculpo, mesmo não tendo culpa, mas sei que é o certo a fazer naquele momento.
Ele me beija com força me fazendo perder o sentido.
Quando solta vejo um sorriso no canto da sua boca e uma malícia?
Arik sussurra em meu ouvido, Helena estou com muitos sentimentos rondando, mas a frustração é o que está gritando aqui dentro.
Você sabe o que eu quero? Preciso que ela diminua.
No meio de toda a minha adrenalina, para tirar você de lá, eu tive muito tesão.
Quero te amarrar do mesmo jeito, você sabe não sabe!?
Molho minha boca e mordo meus lábios, no fundo, eu sabia que ele ia querer fazer isso quando sussurrou atrás de mim na doca.
Solto um gemido e ele sabe que ele pode fazer isso.
Arik me olha com os olhos turvos e fala com a voz rouca e ríspida.
Tira a roupa para mim, quero você nua sentada na cadeira.
Ele me solta e eu vou andando apartamento adentro, de costas para ele tirando a minha roupa e obedecendo cada comando dele.
Sei que ele está me observando.
Isso me excita muito.
Puxo uma cadeira e viro ela de frente para ele, me sento nela e só então que me dou conta que ele tem uma venda e cordas na mão. Não sei onde ele achou isso mas também não quero tentar saber.
Ele se aproxima de mim e abre minha perna prendendo na cadeira. Deixando eu aberta e exposta para ele.
Prende meus braços e por último me venda.
Ele me beija na boca e se afasta um pouco.
- Senhorita Helena, você está linda desse jeito é uma visão incrível.
- Por onde devo começar?
Sinto suas mãos em meu rosto e descendo pelos meus ombros até chegar em meus seios.
Ele belisca meus mamilos, Arik substitui seus dedos por seus lábios que beijam e sugam meus mamilos sem parar.
Gemo e involuntariamente mexo minha perna, mas não consigo.
- Xiiii não faz isso que você vai se machucar, calma.
Arik vai descendo suas mãos pela minha barriga estou muito molhada, sinto seu dedo explorando minha entrada.
Solto um gemido colocando minha cabeça para trás.
- Helena quero sentir seu gosto em minha boca e fazer você gozar nela e para mim. Você é só minha, consegue entender?
- Sim!
Ele força mais ainda minhas pernas e abre um pouco mais e começa me saborear sem parar.
Me chupa e morde meu clítoris até eu não aguentar mais e gozar na boca dele.
Convulsiono sem parar, ele suga até o último tremor.
Ele substitui sua boca por seus dedos me acariciando e me acalmando.
Vai falando com a voz mais "sexy" que eu já escutei.
O quanto deixo ele louco, que vai me soltar da sua amarração na cadeira para poder me levantar e estar dentro de mim.
Ele para o que está fazendo e me deixa sozinha por uns minutos com a ansiedade a mil por hora.
Arik volta e me solta e por último tira minha venda.
Vejo ele nu na minha frente, como um Deus grego.
Olho cada parte do seu corpo, seu peito nu escultural e moreno, sua tatuagem no braço.
Vou descendo até contemplar sua ereção.
Estamos os dois excitados e com muito desejo.
Arik Bokë Erdenet me carrega no colo até o sofá, me coloca de pé em sua frente e se senta no sofá me olhando com a cara mais safada do mundo. Abre os braços e diz.
- Sou todo seu!
- Faça o que quiser...

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⏰ Última atualização: Aug 30, 2022 ⏰

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