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          *Guilherme narrando*

Porra a semana passou voando, e hoje é sexta feira e sentir que hoje vai ser foda. Essa semana teve invasão dos filhas da puta do Pm, quase me pegaram mais conseguir fugir e tô voltando hoje pra quebrada, a barra ta limpa.

Eu:demorou em cuzao-falo quando vejo ele parar o carro na minha frente

Th:to servindo de motoristas e ta reclamando caralho-fazemos um toque quando entro-cansou das férias? Bora pra quebrada-da partida

Eu:não vejo a hora porra, aquele lugar e minha vida e minha alma. Ninguem vai me tirar daquela porra-dou risada e ligo o som

Th:até parece, deixa xona pra tu ver-fala rindo- eu sou seu esquema, preferido- cantarola a música

Eu:ta tirando porra-dou um tapa na sua nuca-aonde já se viu bandido se apaixonar? Eu sou de todas e ninguém nunca vai me amarrar-falo e mudo a música

Th:ousado pra caralho-diz rindo

Começou a cantar o funk, na moral to felizao pra porra, tô voltando pra minha quebrada, aquela lugar tem minha alma e meu sangue, meu suor. Eu levantei aquela porra sozinho desde que aquele filha da puta morreu, ele acabou com a porra do morro e por pouco não perdemos, mais eu sozinho com a ajuda do TH levantei aquela porra, e ninguém nunca vai me tirar aquele morro... só morto.

Eu:AE  CARALHO  EU VOLTEI-grito subindo o morro

O meu povo aplaude outros nega com a cabeça, mais estou no fodasse pra eles, essas porra tinha que me agradecer de joelhos, eu arrumei a porra do lugar aonde eles mora, mesmo com esse meu jeito e mudando toda a lei do morro.

Th:pra boca?-pergunta

Eu:não, vou lá ver a coroa e avisa o pessoal que amanhã  vai rolar um bailão da porra e antes vai ter um churras só pros aliados-passo a visão pra ele

Th:ai sim-esfrega as mãos

Do nada parece uma puta no meio da rua e o TH freia com tudo, logo vejo a porra da Kátya vindo na minha direção

Katya:oie amor, sentir saudade-fala se apoiando na janela e tentando jogar seus peitos pra dentro

Olhos pro TH e ele da risada virando o rosto, eu vou até eles e dou um beijo e olho pra ela

Eu:cola mais tarde na 7-mando passando a mão nos seus peitos

Katya:pode deixa chefe-diz com uma voz manhosa

Essa marmitas do morro não vale porra nenhuma, são mais abertas do que o mar é que vim pagar de virgem fiel, essa é boa. O TH partiu pra goma, assim que desço do carro a coroa vem com tudo e me abraça

Mãe: da próxima vez, que me deixar desse jeito eu mesmo te mato-diz me enchendo  de beijo no meio da rua

Eu:bora entrar mãe, esses bando de bico tão  olhando-tento me soltar dela

Mãe:que se foda, você é meu filho e tenho que abraçar mesmo-ela me solta e me olha por completo, pra ve se está faltando algum pedaço-filha da puta-me da um tapa no braço e entra

Olho pro TH e ele tá rachando o bico e entra atrás dela, dou risada e entro. Minha mãe ela é tudo o que tenho, agente já passou pouca e boa nessa vida e ver ela feliz, isso me deixa... feliz também.

Gabi:Gui-ela desce a escada com tudo e se joga em cima de mim

Pego ela no colo e abraço ela, essa porra me enche o saco pra caralho, mais é outra que quero sempre  ver a porra do sorriso no rosto... ela não sabe o que já aconteceu na porra dessa casa e se soubesse concerteza não seria a mesma

Eu:tabom-digo soltando ela

Gabi:filha da puta- me bate

Eu:porra-dou risada

Th:igulazinho-diz se jogando no sofá

Gabi:da próxima vez, é melhor está morto viu, quase subo esse morro atrás de voce-diz indo pra cozinha

Eu:ve se posso com isso-me jogo no sofá

Depois de conversa com minha mãe, e respondeu umas de suas milhões de pergunta eu tomei uma ducha e desci pra boca, bandido não tem descanso a cada minuto tem um b.o pra resolver, se não é de droga ou de noia, e a porra dos moradores que não sabe resolver a porra dos problemas.

Eu:pode deixa, a sua cesta vai chegar na tua casa-digo encarando o TH

Peni:obrigada G6, é muito difícil criar seis crianças nessa crise-diz aos choros

Eu:então para de abrir a porra das pernas, pro traficantes. Agora pode sair-digo e ela se espanta

Ela me olha com raiva e sai pela porta, comigo não tem papo na língua não. Não mandei ela ficar dando por dinheiro, sei que ela dá o que é dela, mais tem que aguentar as consequências. Imagina seis crianças deus me livre, quero nem, uma imagina seis, tô fora. Se um dia alguém vim falar que tá prenha de um filho meu? É bala na barriga na hora sem recalque.

Eu:que papo é esse Th? Cadê a porra das cestas-pergunto a ele

Th:e eu que sei? Isso aí tu deixo na mão do neguinho lá-da de ombros saindo da sala

Filha da puta mesmo, nunca vi um cara ta o tranquilo e relaxado como esse, ele resolver as coisas de um jeito que nunca vou conseguir na vida, comigo e na régua ou na bala  não tem outra opção, se tá certo blz, se não tá é bala sem pensar duas vezes.

Eae neguinho/eu

Fala aí patrão/ neguinho

Na minha sala em 10/ eu

Digo e desligo o rádio, que história é essa? Essa porra acha que tô de brincadeira? Uma coisa que não falta nesse morro é cesta pros moradores, sei que a maioria passa mal necessidade do caralho e que a cesta ajuda eles a sobreviver, e ouvir que essa porra não foi entregue a três meses me deixou puto pra caralho.
Batem na porta, eu coloco a minha arma na mesa e aperto o botão pra abrir a porra da porta.

Neguinho:passa a visão patrão-entra na sala

Eu:o bagulho é o seguinte, cadê as porras das cestas que não foram entegue-mando logo a real sem enrolação

Neguinho:pó patrão, eu passei a visão pro magrinho que o bagulho que fornecia pra cesta fechou, e ele ficou pra arrumar outro, ele disse que foi tu que mandou-se explica

Olho pra cara dele e consigo sentir a firmeza e a verdade na tua voz e no teu olhar, eu sei bem quando alguém ta mentindo.

Eu:e a porra do dinheiro?-pergunto já sem paciência

Tem filha da puta tentando passar a perna em mim, logo com bagulho de comida essas porra são meus cria e é burro desse jeito, e ainda por cima sem respeito nenhum.

Neguinho:ele falou que tu, deu o comando pra ele, e o dinheiro foi junto-diz e eu bato na mesa com tudo

Eu vou até o cofre e pego um bolinho de cem, que da 10 mil reais e jogo na mão do neguinho.

Eu:tu vai lá resolver esse bagulho, até segunda quero o morro todo com cesta-me sento na cadeira- e fala pro Menor levar o magrinho pro galpão-digo pegando a seda no meu bolso

Neguinho:fechou  patrão-fala e sai da sala

Bolo meu baseado, pra acalmar. Essa porra acha que vai roubar ladrão ta é enganado, ele vai servir de exemplo pra esse bando de pau no cu do caralho, aqui é  G6, se não seguir a minha regra e bala na certa, eu corro pelo certo, e por quem faz o certo, comigo não tem essa de segundas chances ou essas porras todas, só se erra uma vez, ainda mais se for vapor meu é tiver mechendo com bagulho meu com a porra do meu nome.

Grávida De Um Traficante Onde histórias criam vida. Descubra agora